Oficina

Atualmente, no ensino de biologia, a botânica frequentemente é uma área que provoca pouco interesse nos e nas estudantes. Por outro lado, a partir das grandes navegações e da descoberta de novos continentes, as plantas despertaram um grande fascínio nos naturalistas. São várias as ilustrações que representam a natureza nessas expedições. No entanto, são raras as mulheres naturalistas na história e sua contribuição ainda é pouco conhecida. Em outra abertura, a antotipia e a fitotipia são duas técnicas de impressão fotográfica que utilizam pigmentos vegetais de flores e folhas, respectivamente, para impressão de uma imagem. Historicamente, essas técnicas foram desenvolvidas nos primórdios da fotografia no século XIX, quando ainda não existiam outras técnicas capazes de fixar uma imagem permanentemente em um suporte. Com o desenvolvimento de técnicas mais sofisticadas elas foram abandonadas. No entanto, hoje, muitos artistas e pesquisadores tem buscado resgatar métodos de impressão de imagens utilizando-se desses pigmentos delicados efêmeros. A oficina é um desdobramento do projeto "Desfazendo invisíveis: as mulheres naturalistas e suas obras em impressões fotográficas experimentais de fitotipia e antotipia" (contemplado pelo edital 18/2019/PROEX/PROPPI Câmpus Florianópolis). No projeto, foram utilizadas diferentes espécies de plantas nas técnicas da antotipia e fitotipia para produzir imagens de algumas mulheres naturalistas. A proposta da oficina é socializar as técnicas e a história das mulheres naturalistas com os/as participantes e desenvolver com eles/as antotipias e fitotipias.