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Estela Ramos de Souza de Oliveira (UFSC / IFSC)
Qual a função do professor, do pesquisador, do intelectual? Que potência há no exercício da docência, pesquisa, extensão e produção escrita? Quais estratégias possíveis para a atuação dentro de um contexto caracterizado por transformações múltiplas, inserção de paradigmas e respeito à diversidade? Esses questionamentos sugerem alguns dos desafios permanentes dos sujeitos que se propõem a formar para a ciência e/ou docência. Por isso, a partir dessas perguntas norteadoras, este workshop é uma proposta de reflexão que visa à contribuição do desenvolvimento do olhar sensível ao outro e a si como ferramenta de constituição do intelectual. Possível de ser replicável ou adaptado para novos espaços de formação, esta atividade trata-se de uma intervenção que busca muito mais impulsionar do que concluir qualquer questão. Para o debate que se apresenta, será inicialmente exposta a trajetória do escritor e biólogo moçambicano Mia Couto e as concepções intrínsecas à atuação dele: escuta, acolhida, inserção, registro e intervenção social. Além da apresentação expositiva, estão previstas como metodologia predominante do encontro a leitura coletiva, discussão em pares e uma proposta de escrita individual. No que se refere a esta última, serão encaminhadas atividades que privilegiarão as concepções de escrita sobre si e a aplicação do conceito de escrevivência (um jogo com as palavras escrever, viver, se ver, proposto pela escritora e pesquisadora Conceição Evaristo). Pensada inicialmente para atender a docentes que atuam na formação de professores, ressalta-se que as possibilidades de recepção desta atividade transcendem os objetivos iniciais e poderão proporcionar aos participantes, independentemente da área e da etapa de formação, o desenvolvimento da autoformação e a confirmação da escuta e da escrita como ferramentas de ser e estar no mundo de forma autônoma (FREIRE), sensível (CÂNDIDO) e possível (TODOROV). |
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