Political-Pedagogic Project

O perfil de formação técnica tem como base o Catálogo Nacional de Cursos Técnicos publicado pelo MEC.

A área de telecomunicações compreende tecnologias relacionadas à comunicação e processamento de dados e informações, abrangendo ações de concepção, desenvolvimento, implantação, cooperação, avaliação e manutenção de sistemas e tecnologias relacionadas a informática e telecomunicações.

 

Entende-se que o técnico deve trabalhar com soluções integradas, envolvendo a instalação física de cabeamento e equipamentos, instalação e configuração de sistemas operacionais e de acesso a rede, resolução de problemas de conectividade, instalação e testes de sistemas específicos (servidores VoIP, etc). As redes de telecomunicações, hoje, são convergentes envolvendo telefonia e dados. Nesse cenário, foram identificados três perfis para atuação do técnico de telecomunicações:

Trabalho de campo: O técnico deve ter uma visão do sistema como um todo e seus blocos constituintes. O técnico deve visualizar o sistema e os serviços disponibilizados ao cliente, a rede de acesso, os equipamentos necessários, os requisitos de energia e possíveis interferências, dispositivos de proteção, etc. Além do que, deve realizar a instalação física dos equipamentos e cabeamento e a configuração física e lógica dos equipamentos. Conhecimento da rede elétrica, aterramento e interferências, redes lógicas. Conhecer diferentes tecnologias de acesso, como HPNA, ADSL, FFTH, WDM, etc.

Trabalho de configuração lógica, operação e manutenção de sistemas: Instalação, configuração, administração, operação e manutenção dos sistemas lógicos. Configuração de redes, incluindo endereçamento IP, redes locais, segmentação de redes e redes virtuais, etc. Uso de aplicativos de acesso remoto, ferramentas para teste de conectividade e análise de tráfego como ping, traceroute, tcpdump, wireshark, etc. Conhecimento de Linux. Dar suporte técnico a distância para técnicos de campo ou usuários.

 

Trabalho de bancada e projetistas: Devem conhecer os equipamentos por dentro. Perfil mais voltado ao tecnólogo, pessoal de nível superior ou técnicos de eletrônica.

O perfil do Técnico em Telecomunicações aqui apresentado está contemplado nas competências gerais previstas na Resolução CNE/CEB n º 04/99 para a Área de Telecomunicações, a qual aponta que o Técnico em Telecomunicações poderá atuar em:

  • Empresas de telefonia fixa e móvel;

  • Empresas de radiodifusão;

  • Indústrias de Telecomunicações;

  • Agências reguladoras;

  • Provedores de Internet. 

O Técnico em Telecomunicações é o profissional que atua na instalação, configuração, operação e manutenção de Equipamentos de Redes de Telecomunicações (Equipamentos Terminais, Equipamentos de Transmissão e Centrais Telefônicas Públicas e Privadas), utilizando ferramentas técnicas e instrumentos de medidas, identificando principais componentes e suas características funcionais, bem como possíveis defeitos. Além disso, atua interpretando manuais e prospectos, esquemas elétricos/eletrônicos e a normatização.

 

Pode executar serviços que envolvam a administração e a gerência de Redes de Computadores, atuando na implantação de uma Rede Local, bem como configurando aplicações e serviços, equipamentos de rede e protocolos. Além disso, como profissional técnico, também pode analisar serviços oferecidos por operadoras de telecomunicações, devendo estar preparado para propor ações que contribuam para o melhor funcionamento dos sistemas e equipamentos. Para tanto, deve possuir ampla visão do processo de trabalho da área, respondendo às situações novas com crítica, flexibilidade e criatividade, de modo a enfrentar desafios, propor inovações e buscar atualização constante, por meio de estudos e pesquisas que lhe permita identificar e incorporar novos métodos, técnicas e tecnologias.

 

Seu trabalho exige permanente relacionamento com outros técnicos. Portanto, exige a capacidade para trabalhar em equipe, mantendo comportamento ético e adequado relacionamento interpessoal.

Espera-se que os egressos sejam capazes de compreender, analisar e atuar na área de Telecomunicações, buscando relacionar os conhecimentos teóricos e práticos (socioculturais e tecnológicos), proporcionando não somente o aprender a fazer, mas ampliando a visão do aprender a aprender e do aprender a ser. O curso busca capacitar o egresso para utilizar as ferramentas de Telecomunicações no contexto das transformações do mundo globalizado.

 

Os projetos integradores previstos nas ações integrativas devem fazer parte do plano de ensino de todas as Componentes Curriculares. Os temas transversais que irão nortear os quatro projetos devem, preferencialmente, surgir a partir dos próprios alunos a luz do que está mais próximo do interesse da maioria. A criação e condução da cada projeto integrador deve considerar a presença do maior número de professores dos Componentes Curriculares de todo o ciclo que se inicia em um semestre e termina no subsequente, sempre sob a coordenação de um dos integrantes do grupo.

 

Os procedimentos metodológicos serão diversificados, compreendendo: aulas expositivas e dialogadas, atividades práticas em laboratório, trabalhos em grupo, resolução de exercícios, análise e solução de situações-problema, desenvolvimento de projetos, entre outros, buscando relacionar a teoria aos problemas, situações e desafios verificados na rotina típica de um técnico em telecomunicações.

 

Aulas práticas, portanto, devem ser consideradas para alcançar tais objetivos. Para tanto, os laboratórios dos Componentes Curriculares a área de Telecomunicações devem ser utilizados para atender às aulas práticas necessárias à formação do aluno pois são periodicamente atualizados com equipamentos, itens de consumo e kits didáticos que auxiliam na preparação de aulas mais dinâmicas e motivadoras.

 

Jorge Henrique Busatto Casagrande (coordenador) casagrande@ifsc.edu.br (48) 3381-2850. Possui toda sua formação pela Universidade Federal de Santa Catarina onde concluiu a graduação em Engenharia Elétrica (1989), o mestrado em Engenharia de Produção (2000) na área de concentração de Inteligência Aplicada e Mídia e Conhecimento e o doutorado (2015) pelo Departamento de Automação e Sistemas (DAS) na área de concentração de sistemas computacionais. É professor efetivo do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) Campus São José desde 1996. Tem experiência na área de Engenharia Elétrica e Eletrônica, com ênfase em Sistemas de Telecomunicações em projeto, instalação e manutenção de equipamentos afins. Interesse especial nas áreas de redes de computadores, inteligência artificial, e-business e reconhecimento de padrões aplicados a segurança e automação de sistemas, especialmente aqueles relacionados com visão computacional e sistemas de telecomunicações.

A avaliação far-se-á de acordo com as normas estabelecidas no Regulamento Didático-Pedagógico (RDP) do IF-SC (Resolução CEPE Nº 41, de 20 de Novembro de 2014).

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