Projeto Político Pedagógico

Esta revisão do Projeto Pedagógico de Curso de Bacharelado em Engenharia Elétrica visa trabalhar o perfil do egresso original de acordo com o que foi definido para a vocação e o potencial de crescimento da região. Além disso, busca-se também o desenvolvimento de conhecimento científico e tecnológico da pesquisa básica e aplicada, uma vez que este é o alicerce da inovação das empresas e está alinhado com a Missão do IFSC de contribuir para o desenvolvimento socioeconômico da região. Também considera-se o eixo tecnológico de atuação do Câmpus, articulando com as necessidades locais e regionais, sua infraestrutura e os recursos humanos disponíveis sem deixar de ponderar a situação política e econômica atual. Por fim, busca-se formar um Engenheiro Eletricista qualificado para atuar na indústria metal-mecânica, eletroeletrônica, máquinas elétricas e controle e automação, bem como em sistemas elétricos de potência, que compreende a geração, transmissão e distribuição de energia elétrica. Podendo este sempre ser ampliado em função de novas demandas apresentadas pelo mundo do trabalho.

 

O perfil segue em acordo com os “Referenciais Nacionais Dos Cursos de Engenharia”, documento do Ministério da Educação – MEC, no qual o perfil do egresso do Engenheiro Eletricista consiste em: “O Engenheiro Eletricista é um profissional de formação generalista, que atua na geração, transmissão, distribuição e utilização da energia elétrica. Em sua atuação, estuda, projeta e especifica materiais, componentes, dispositivos e equipamentos elétricos, eletromecânicos, eletroeletrônicos, magnéticos, de potência, de instrumentação, de automação, de aquisição de dados e de máquinas elétricas.

 

O engenheiro eletricista planeja, projeta, instala, opera e mantém instalações elétricas, sistemas de medição e de instrumentação, de eletroeletrônicos, de acionamentos e automação de máquinas e processos, de iluminação, de proteção contra descargas atmosféricas e de aterramento. Além disso, elabora projetos e estudos de conservação e de eficientização de energia e utilização de fontes alternativas e renováveis. Coordena e supervisiona equipes de trabalho, realiza estudos de viabilidade técnico-econômica, executa e fiscaliza obras e serviços técnicos; e efetua vistorias, perícias e avaliações, emitindo laudos e pareceres. Em suas atividades, considera a ética, a segurança, a legislação e os impactos ambientais.”

 

O Engenheiro Eletricista será capacitado para atuar em Engenharia Elétrica, com foco em eletrotécnica. Todavia, o paradigma da estrutura curricular visa formar um profissional que tenha habilidades para trabalhar em equipes multidisciplinares, prover soluções com inovação tecnológica e ter a capacidade de adaptação em diferentes locais de trabalho.

 

Muitas dessas habilidades e competências não constam explicitamente nos conteúdos programáticos, mas devem ser desenvolvidos implicitamente nas diversas atividades no decorrer do curso de engenharia. Resumidamente, a lista abaixo contém as principais habilidades e competências do perfil do profissional egresso em Engenharia Elétrica: Conhecimento sólido em áreas científicas básicas, matemática, física e ferramentas computacionais aplicadas à Engenharia:

  • - Formação tecnológica científica que habilite o profissional a gerar e absorver novos conhecimentos e metodologias;
  • Capacidade para buscar, selecionar e interpretar informações para resoluções de problemas;
  • - Habilidades para realizar estudos aprofundados, projetos, simulações numéricas, análises e resoluções de problemas em engenharia elétrica;
  • - Equacionamento de problemas de Engenharia Elétrica, utilizando conhecimentos de eletricidade, matemática, física, química e informática, propondo soluções adequadas e eficientes;
  • - Coordenação, planejamento, operação e manutenção de sistemas de Engenharia Elétrica;
  • - Práticas de pesquisa e desenvolvimento, iniciação científica e preparação para vida acadêmica;
  • - Postura profissional ética, humana, criativa e proativa;
  • - Dinamismo e adaptação às necessidades;
  • - Organizar, planejar e se expressar de forma clara e objetiva; 
  • - Capacidade de liderança para trabalhos em equipe e empreendedorismo;
  • - Visão ampla, sistêmica e multidisciplinar da engenharia;
  • - Resolução de problemas de maneira racional, reflexiva e sustentáveis;
  • - Capacidade de concepção, negociação e realização de projetos e estudos diversos em engenharia elétrica.

 

Dessa forma, o curso propõe uma formação abrangente, fundamentada em conhecimentos clássicos e métodos modernos de modelagem, análises e resoluções de problemas em engenharia. O principal intuito é propiciar ao engenheiro amplas habilidades e competências para as necessidades contemporâneas do mercado de trabalho, possibilitando a concepção de soluções inovadoras e exercendo liderança nos desafios profissionais no setor de eletroeletrônica, automação e máquinas elétricas, conforme detalhado na próxima seção.

O Engenheiro Eletricista é habilitado para trabalhar em indústrias ou prestadoras de serviços nas áreas de eletro-eletrônica, automação e controle, concessionárias de energia nos setores de geração, transmissão ou distribuição, em empresas de automação e controle, atendendo ao mercado industrial e aos sistemas de automação predial; em projetos, manutenção e instalações industriais, comerciais e prediais, atendendo às necessidades de implantação, funcionamento, manutenção e operação dos sistemas; na definição do potencial energético de bacias hidrográficas, eficientização de sistemas energéticos, conservação de energia, fontes alternativas e renováveis de energia; com simulação, análise e emulação de grandes sistemas por computador; na fabricação e na aplicação de máquinas e equipamentos eletroeletrônicos.

 

As habilitações permitidas ao engenheiro são regidas pelo Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CONFEA) por meio de sua Resolução nº 1.010 de 2005, como:

  • - Gestão, supervisão, coordenação, orientação técnica;
  • - Coleta de dados, estudo, planejamento, projeto, especificação;
  • - Estudo de viabilidade técnico-econômica e ambiental;
  • - Assistência, assessoria, consultoria;
  • - Direção de obra ou serviço técnico;
  • - Vistoria, perícia, avaliação, monitoramento, laudo, parecer técnico, auditoria, arbitragem;
  • - Desempenho de cargo ou função técnica;
  • - Treinamento, ensino, pesquisa, desenvolvimento, análise, experimentação, ensaio, divulgação técnica, extensão;
  • - Elaboração de orçamento;
  • - Padronização, mensuração, controle de qualidade;
  • - Execução de obra ou serviço técnico;
  • - Fiscalização de obra ou serviço técnico;
  • - Produção técnica e especializada;
  • - Condução de serviço técnico;
  • - Condução de equipe de instalação, montagem, operação, reparo ou manutenção;
  • - Execução de instalação, montagem, operação, reparo ou manutenção;
  • - Operação, manutenção de equipamento ou instalação; e
  • - Execução de desenho técnico.

 

Todavia, as atuações profissionais do engenheiro dependem da sua formação técnica específica. A Resolução N° 1.010 em seu Anexo II - SISTEMATIZAÇÃO DOS CAMPOS DE ATUAÇÃO PROFISSIONAL define as áreas de atuação do engenheiro em suas diversas "modalidades" e "setores". Especificamente no tocante à modalidade "Elétrica", os possíveis "Setores de Atuação" são:

  • - Eletricidade Aplicada e Equipamentos Eletroeletrônicos;
  • - Eletrotécnica;
  • - Eletrônica e Comunicação;
  • - Biomédica;
  • - Controle e Automação;
  • - Informática Industrial;
  • - Engenharia de Sistemas e de Produtos;
  • - Informação e Sistemas;
  • - Programação;
  • - Hardware;
  • - Sistemas de Comunicação;
  • - Tecnologia de Comunicação e Telecomunicações.

O Conselho Nacional de Educação, por meio da Câmara de Educação Superior, instituiu diretrizes
curriculares dos cursos de engenharia através de sua Resolução CNE/CES N° 11 de 11 de março de 2002.
O Artigo 4° deste documento trata das mínimas habilidades e competência que deve ter um profissional em engenharia:
I. Aplicar conhecimentos matemáticos, científicos, tecnológicos e instrumentais à engenharia;
II. Projetar e conduzir experimentos e interpretar resultados;
III. Conceber, projetar e analisar sistemas, produtos e processos;
IV. Planejar, supervisionar, elaborar e coordenar projetos e serviços de engenharia;
V. Identificar, formular e resolver problemas de engenharia;
VI. Desenvolver e/ou utilizar novas ferramentas e técnicas;
VII. Supervisionar a operação e a manutenção de sistemas;
VIII. Avaliar criticamente a operação e a manutenção de sistemas;
IX. Comunicar-se eficientemente nas formas escrita, oral e gráfica;
X. Atuar em equipes multidisciplinares;
XI. Compreender e aplicar a ética e responsabilidade profissionais;
XII. Avaliar o impacto das atividades da engenharia no contexto social e ambiental;
XIII. Avaliar a viabilidade econômica de projetos de engenharia;
XIV. Assumir a postura de permanente busca de atualização profissional.
 

De  um  modo  geral,  nas  engenharias,  as  transformações  científicas  e  tecnológicas  ocorrem  com
rapidez. O engenheiro deve possuir a capacidade de acompanhar essas transformações e poder resolver problemas  concretos  da  sua  área  de  atuação,  além  de  adaptar-se  às  novas  situações  encontradas  no ambiente de trabalho.

No processo educativo, as atividades de ensino/aprendizagem deverão ter enfoque no aluno, isto é, o aluno como efetivo sujeito da aprendizagem. Nesse sentido, no curso de Bacharelado em Engenharia Elétrica se privilegiará a construção do conhecimento crítico e criativo para a resolução de problemas e não a simples acumulação de conteúdo.

 

Ensinar e aprender passa, necessariamente, pelo caminho metodológico decorrentes dos objetivos de aprendizagem que se tem para a unidade curricular, fase ou curso. Os movimentos metodológicos deverão ser planejados, teoricamente fundamentados e implementados pelo professor no processo pedagógico, organizados de forma intencional e sua efetividade pode ser avaliada por indicadores como: presença, envolvimento e mobilização dos alunos, demonstrações implícitas e explícitas de satisfação com o estudo, participação dos alunos no processo, compreensão de conceitos e fatos, habilidades e atitudes desenvolvidas, enfim, nos resultados de aprendizagem esperados.

 

As atividades de ensino do Curso de Bacharelado em Engenharia Elétrica serão desenvolvidas com base em metodologias voltadas para a aplicação teórico-prática do conhecimento. Englobará propostas de construção de conceitos, debates de temas transversais em sala e utilização de tecnologias de comunicação e informação. Tudo isso, a fim de aumentar a proximidade do aluno com a realidade e mundo do trabalho, além de proporcionar contato com profissionais da área de Engenharia Elétrica, seja na instituição ou em empresas parceiras. Vivenciarão a execução de ensaios e experimentos em laboratórios específicos, pesquisa de temas diversos, com seminários e apresentações de trabalhos, incentivo à pesquisa aplicada e publicação de artigos. Ainda como diferenciais formativos para o desenvolvimento do curso, são desenvolvidas outras atividades de aprendizagem, entre as quais se destacam: projetosintegradores, monitorias; atividades externas (visitas a empresas, viagens de estudo), entre outras.

 

A presença de exposições orais e dialogadas, assim como a realização de debates constituem-se no curso como os espaços para que os estudantes possam confrontar suas ideias com seus interlocutores – professor, colegas, referenciais teóricos estudados – em um processo cujo objetivo é problematizar e aprofundar os conhecimentos já construídos pelos acadêmicos sobre os temas abordados. Nesse processo, tem-se a possibilidade de resgatar os conhecimentos prévios dos acadêmicos, tomando-os como referencial para a construção de novos conhecimentos.

 

Os trabalhos em equipe são desenvolvidos tendo em vista, entre outros aspectos, oportunizar aos estudantes práticas próximas ao contexto de atuação profissional, no qual os engenheiros realizarão suas funções após o término do curso, inseridos em núcleos multidisciplinares e multiprofissionais de pesquisa, análise e desenvolvimento.

 

Para além da formação profissional, toma-se como estratégia de formação atitudinal as atividades desenvolvidas ao longo do curso, como os trabalhos em grupo, seminários e apresentações, atividades recreativas, esportivas e culturais, palestras e debates de temas transversais com o fim de sensibilização, a fim de fortalecer a cidadania e a responsabilidade social, cultural, política e ambiental.

Nesse processo, justifica-se e torna imperativo no curso a utilização de metodologias ativas, entendidas como “[…] processos interativos de conhecimento, análise, estudos, pesquisas e decisões individuais ou coletivas, com a finalidade de encontrar soluções para um problema” (BERBEL, 2011, p.29).

 

Como possibilidades de metodologias ativas estimula-se o uso de atividades teórico-práticas como:

  • - Estudo de caso: Caracteriza-se pelo estudo de um caso real, fictício ou adaptado à realidade. É recomendado para possibilitar aos alunos um contato com situações que podem ser encontradas na profissão e habituá-los a analisá-las em seus diferentes ângulos antes de tomar uma decisão. (BERBEL, 2011);
  • - Método de projetos: É um modelo de ensino que consiste em permitir que os alunos confrontem as questões e os problemas do mundo real que consideram significativos, determinando como abordá-los e, então, agindo cooperativamente em busca de soluções (BENDER, 2014);
  • - Pesquisa científica: A pesquisa acadêmica caracteriza-se como um processo de construção de conhecimento pautado em metodologias e instrumentos, com o objetivo de ampliar, modificar ou reafirmar concepções sobre determinadas temáticas, as quais se tomam como problemas de investigação;
  • - Aprendizagem baseada em problemas (PBL): Metodologia baseada na resolução de problemas propostos pelo professor, com a finalidade de que o aluno estude e aprenda determinados conteúdos. Prepara-se um elenco de situações que o aluno deverá saber/dominar para o exercício de sua profissão. A esfera cognitiva do PBL deve garantir que o aluno estude situações suficientes para se capacitar a procurar o conhecimento por si mesmo quando se deparar com uma situação problema. (BERBEL, 2011);
  • - Problematização com o arco de Maguerez: O arco de Maguerez, apresentado inicialmente por Bordenave e Pereira (1982), como metodologia da problematização, possui cinco etapas: observação da realidade e definição de um problema, pontos-chave, teorização, hipóteses de solução e aplicação à realidade. (BERBEL, 2011);
  • - Peer Instruction: Metodologia que tem como objetivo fazer com que os alunos interajam entre si ao longo das aulas por meio da busca do entendimento e da aplicabilidade dos conceitos estudados. Para tal, necessit de estudo prévio ao momento da aula. (MAZUR, 1997);
  • - Visita técnica orientada: Possibilidade metodológica para articulação entre teoria e prática. Trata-se de um trabalho – antes, durante e depois - com um campo determinado, além da sala de aula. (MONEZI e ALMEIDA FILHO, 2005).

 

Essas metodologias inovadoras constituem-se em ferramentas importantes para a análise crítica de uma situação real à luz das fundamentações teórico-científicas, possibilitando a articulação da teoria com a prática.

 

As especificidades das unidades curriculares que compõem a matriz curricular do curso de Engenharia implicam a utilização de métodos, técnicas, recursos e estratégias diferenciadas que permitam a promoção da autonomia de estudantes. Portanto, a elaboração dos planos de ensino deverão se constituir em oportunidade para que o professor, a partir das competências, habilidades e atitudes delineadas para ocurso e Unidade Curricular, faça escolhas metodológicas e utilize um sistema de avaliação coerente com essas intencionalidades.

Chefe DEPE:

Edson Sidnei Maciel Teixeira
ensino.gw@ifsc.edu.br
(47) 3276-9600 / (47) 3276-9615.

 

Contato (NDE - Núcleo Docente Estruturante):

John Jefferson Antunes Saldanha / john.saldanha@ifsc.edu.br / (47) 3276-9600;
Júlio César Lopes de Oliveira / julio.oliveira@ifsc.edu.br / (47) 3276-9600;
Laline Broetto / laline.broetto@ifsc.edu.br / (47) 3276-9600;
Marcelo Silva de Jesus / marcelo.jesus@ifsc.edu.br / (47) 3276-9600;
Marco Antônio Torrez Rojas / marco.rojas@ifsc.edu.br / (47) 3276-9600;
Rogério Luiz Nascimento / rogerio.nascimento@ifsc.edu.br / (47) 3276-9600.
Vitor Teles Correia / vitor.correia@ifsc.edu.br / (47) 3276-9600.

 

Nome do Coordenador/proponente do curso: Prof. Rogério Luiz Nascimento, MSc. Eng.

No Instituto Federal de Santa Catarina, conforme Projeto Pedagógico Institucional (PPI), a concepção de educação é histórico-crítica, democrática e emancipadora. Nesse sentido, coerente com essa concepção de educação, a avaliação deixa de ser um instrumento de classificação, seleção e exclusão social e se torna uma ferramenta para a construção coletiva dos sujeitos e de uma escola de qualidade. A avaliação privilegia o diagnóstico e sua posterior análise, tomamos consciência do que o aluno aprendeu e do que o aluno não aprendeu, sendo esse novamente o ponto de partida. Proceder por diagnóstico é oferecer condições de encontrar o caminho para obter melhores resultados na aprendizagem. Avaliar é localizar necessidades e se comprometer com sua superação.

 

O ensino no IFSC deve organizar-se conforme as Diretrizes Curriculares Nacionais, especialmente para a educação profissional e tecnológica, que deve construir competências associadas aos perfis profissionais de formação de nossos cursos. No planejamento educacional das unidades curriculares, através dos Programas de Aprendizagem, o desenvolvimento das competências, gerais e específicas, entendidas enquanto as capacidades pessoais de mobilizar, articular e colocar na ação conhecimentos, habilidades e atitudes para o enfrentamento de uma situação-problema específica, são avaliadas a partir do uso de diferentes instrumentos avaliativos. Na realização da avaliação, deve-se considerar uma seleção de instrumentos que alcancem as várias dimensões dos domínios das competências. Dentre os possíveis instrumentos avaliativos, temos: prova discursiva com respostas longas (dissertativa ou ensaio); prova discursiva com respostas curtas; provas objetivas (questões de lacuna/completamento, questões de múltipla escolha); provas práticas; estudos de casos; seminários; autoavaliação; observação diária dos professores; trabalhos de pesquisa individual ou coletiva; testes escritos, com ou sem consulta; entrevistas e arguições; resoluções de exercícios; execução de experimentos ou projetos; relatórios referentes aos trabalhos, experimentos, visitas e estágios; trabalhos práticos; avaliação de desempenho do estágio curricular obrigatório; etc.

 

O processo de avaliação deve estar integrado ao processo de aprendizagem, servindo de incentivo e motivação para a aprendizagem, o que deve ser feito através do acompanhamento de todo o processo de aprendizagem do estudante. Assim, no processo avaliativo, os diferentes instrumentos devem ser utilizados de forma a diagnosticar, de forma individual ou coletiva, as várias dimensões de domínio e desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e atitudes em estudo. Para tanto, a definição dos critérios de avaliação é fundamental para a prática avaliativa, e devem ser apresentados aos alunos no início do semestre, através do planejamento semestral das unidades curriculares.

 

Os procedimentos de acompanhamento e de avaliação, utilizados nos processos de ensinoaprendizagem, atendem à concepção do curso definida neste documento, permitindo o desenvolvimento e a autonomia do discente de forma contínua e efetiva, e resultam em informações sistematizadas e disponibilizadas aos estudantes, com mecanismos que garantam sua natureza formativa, sendo adotadas ações concretas para a melhoria da aprendizagem em função das avaliações realizadas.

 

A opção por determinado instrumento de avaliação deverá levar em conta as vantagens e limitações de cada tipo. Os instrumentos de avaliação tornam-se mais efetivos quando os critérios e indicadores estiverem claros e direcionarem o olhar do professor sobre a aprendizagem de fatos, conceitos, procedimentos ou atitudes que estão sendo desenvolvidas ou construídas pelos alunos, com a mediação do professor.

 

No curso de Bacharelado em Engenharia Elétrica diferentes critérios serão observados, nos diferentes instrumentos, com o objetivo de avaliar se as competências, habilidades e atitudes previstas no perfil do egresso estão sendo desenvolvidas/construídas:

  • - Aplicação de conceitos teóricos e pertinência da fundamentação teórica;
  • - Apresentação de características mais relevantes; de alternativas de soluções; de metodologia coerente com o projeto; de trabalho escrito de acordo com a norma culta e ABNT; 
  • - Capacidade de analisar, hierarquizar, sintetizar e expressar ideias; de análise e de síntese;
  • - Clareza e coerência na apresentação da temática a ser discutida ou relatada; na apresentação do problema a ser discutido; na definição dos termos; na descrição dos problemas; na exposição das ideias; nas perguntas e respostas formuladas;
  • - Coerência, logicidade e objetividade;
  • - Comparação de dados e informações;
  • - Leitura, compreensão e interpretação;
  • - Consistência da argumentação;
  • - Capacidade de análise de dados;
  • - Consistência na apresentação das hipóteses;
  • - Criatividade e originalidade;
  • - Delimitação do tema, apresentação de objetivos, clareza na descrição do problema, relevância da temática expressa na justificativa;
  • - Discussão e participação nas aulas;
  • - Domínio de fatos, conceitos e procedimentos em estudo;
  • - Encadeamento lógico de ideias;
  • - Exame crítico e criterioso de casos e exemplos dados;
  • - Justificativa das opiniões;
  • - Participação individual e coletiva nas atividades propostas;
  • - Raciocínio dedutivo e indutivo;
  • - Raciocínio lógico;
  • - Relação teoria-prática;
  • - Riqueza de argumentação;
  • - Utilização de dinâmicas e/ou recursos audiovisuais;
  • - Outros.

 

Assim entendida, a avaliação deve ser um ato acolhedor, integrativo, inclusivo. O processo de avaliação tem por base acolher uma situação, para, então, ajuizar sua qualidade, tendo em vista dar-lhe suporte de mudança, se necessário.

 

A avaliação das competências relacionadas à unidade curricular é feita pelo docente e/ou docentes que orientam a unidade curricular. Para registro das avaliações, atribuem-se notas inteiras de 0 a 10, sendo que a composição das diferentes avaliações realizadas ao longo do semestre, respeitando-se os pesos e especificidades de cada unidade curricular comporá a nota final.

Ao final da unidade curricular, o aluno é considerado aprovado ou reprovado, respeitando-se os seguintes critérios de aprovação. O aluno considerado reprovado em uma unidade curricular não poderá ingressar nas seguintes que a tiverem como pré-requisito.

 

a) O educando é considerado aprovado na unidade curricular se todas as condições a seguir forem satisfeitas:

  • - Se a sua frequência na unidade curricular for igual ou superior a 75%;
  • - Se obtiver nota igual ou superior a 6,0.

 

b) O educando é considerado reprovado na unidade curricular senão atender a qualquer uma das condições estabelecidas.

 

No decorrer do processo avaliativo, os alunos que demonstrarem dificuldades na construção das competências desenvolvidas no módulo, terão direito à recuperação paralela aos estudos desenvolvidos durante o semestre. A avaliação de recuperação paralela está vinculada à participação do aluno nas atividades de recuperação de conteúdo, podendo ocorrer através de aulas programadas em horários extras, listas de exercícios, trabalhos práticos, ou outras formas propostas pelos professores, visando ao melhor desenvolvimento do processo ensino e aprendizagem.

 

Durante o processo de avaliação, o aluno que se sentir prejudicado com o conceito recebido em uma determinada avaliação poderá recorrer à coordenação do curso num prazo de dois dias, após a divulgação do conceito, para requerer revisão, e a coordenação do curso terá cinco dias para formar uma banca a fim de emitir um parecer.

 

Durante o processo de avaliação, o aluno que se sentir prejudicado com o conceito recebido em uma determinada avaliação poderá recorrer à coordenação do curso num prazo de dois dias, após a divulgação do conceito, para requerer revisão. A coordenação do curso terá cinco dias para formar uma comissão a fim de emitir um parecer, conforme explicita a Organização Didática. A comissão, depois de instalada, terá um prazo de 3 (três) dias úteis para analisar e emitir parecer sobre a manutenção ou alteração do conceito.

 

Para a consolidação do processo de avaliação é realizada uma reunião, denominada de conselho de classe, após as 10 primeiras semanas do semestre letivo e outra ao final do semestre. Essa reunião possui caráter deliberativo, e tem como objetivos: a reflexão, a decisão, a ação e a revisão da prática educativa, e ainda a emissão dos pareceres avaliativos dos docentes. Além do aspecto pedagógico da avaliação, a reunião de avaliação possibilita um momento de auto avaliação institucional, pois é planejada para que docentes e educandos se auto avaliem e façam a avaliação da atuação dos demais envolvidos no seu processo educacional.

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