Projeto Político Pedagógico

De acordo com o Currículo de Referência para cursos de Computação, proposto
pela Sociedade Brasileira da Computação, e com base nas diretrizes curriculares da área
de computação, espera-se que os alunos egressos dos cursos de Ciência da
Computação:
• Possuam sólida formação em Ciência da Computação e Matemática que
os capacitem a construir aplicativos de propósito geral, ferramentas e
infraestrutura de software de sistemas computacionais, além de gerar20
conhecimento científico e inovação e que os incentivem a estender suas
competências à medida que a área se desenvolva;
• Possuam visão global e interdisciplinar de sistemas e entendam que esta
visão transcende os detalhes de implementação dos vários componentes
e os conhecimentos dos domínios de aplicação;
• Conheçam a estrutura dos sistemas de computação e os processos
envolvidos na sua construção e análise;
• Conheçam os fundamentos teóricos da área de Computação e como
eles influenciam a prática profissional;
• Sejam capazes de agir de forma reflexiva na construção de sistemas de
computação por entender que eles atingem direta ou indiretamente as
pessoas e a sociedade;
• Sejam capazes de criar soluções, individualmente ou em equipe, para
problemas complexos caracterizados por relações entre domínios de
conhecimento e de aplicação;
• Reconheçam que é fundamental a inovação e a criatividade e entendam
as perspectivas de negócios e oportunidades relevantes.
Ainda, de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais do curso de
Bacharelado em Ciência da Computação, os cursos que têm a computação como
atividade fim visam à formação de recursos humanos para o desenvolvimento científico e
tecnológico da computação. Os egressos desses cursos devem estar situados no estado
da arte da ciência e da tecnologia da computação, de tal forma que possam continuar
suas atividades na pesquisa, promovendo o desenvolvimento científico ou aplicando os
conhecimentos científicos de forma a obter o desenvolvimento tecnológico. Deve ser dada
nesses cursos uma forte ênfase no uso de laboratórios para capacitar os egressos no
projeto e construção de software e no projeto de hardware. A instituição sede de um curso
desta categoria deve desenvolver atividades de pesquisa na área de computação para
que os alunos levem para o mercado de trabalho ideias inovadoras e tenham a
capacidade de alavancar e/ou transformar este mesmo mercado. Assim, são recursos
humanos importantes para o mercado do futuro, através do desenvolvimento de
atividades empreendedoras, como as indústrias de software e de computadores. Os
egressos desses cursos são também candidatos potenciais a seguirem a carreira
acadêmica, por meio de estudos de pós-graduação.Considerando as diretrizes curriculares e o contexto regional no qual a oferta do curso de Ciência da Computação está inserido, pretende-se formar um profissional
preparado para contribuir com a evolução do conhecimento científico e tecnológico, que
seja capaz de propor e desenvolver soluções computacionais que colaborem para o
crescimento da Serra Catarinense.

A Ciência da Computação abrange teoria e prática para o desenvolvimento de
soluções computacionais de ponta. O curso de Ciência da Computação oferece uma base
que permite ao aluno adaptar-se às inovações tecnológicas. A seguir, são listadas
algumas possibilidades de carreira deste profissional:
1 - Design e implementação de software. Refere-se ao trabalho do
desenvolvimento de software, que inclui aspectos de desenvolvimento para web, design
de interface, questões de segurança, computação móvel, entre outros. Este é o caminho
que a maioria dos graduados em Ciência da Computação segue. Enquanto um nível de
bacharelado é geralmente suficiente para entrar neste tipo de carreira, muitos
profissionais retornam à faculdade para obter um mestrado. Oportunidades ocorrem em
uma ampla variedade de setores, incluindo grandes ou pequenas empresas de softwares,
grandes ou pequenas companhias de serviços computacionais e grandes organizações
de todos os tipos (indústria, governo, bancos, setor da saúde, etc.).
2 - Elaboração de novas maneiras de usar computadores. Refere-se a inovações
na aplicação da tecnologia computacional. A possibilidade de carreira nesta área pode
envolver níveis de pós-graduação avançados, seguidos por uma posição de pesquisador
em universidades ou em laboratórios de desenvolvimento industrial. Pode também
envolver atividade empresarial ou até mesmo uma combinação das duas.
3 - Desenvolvimento de maneiras mais eficientes de solucionar problemas
envolvendo computação. Refere-se à aplicação ou ao desenvolvimento da teoria da
Ciência da Computação e do conhecimento de algoritmos para assegurar as melhores
soluções possíveis para problemas computacionais.
4 – Planejamento e gerenciamento de infraestruturas tecnológicas de
organização.
Um bom motivo para o aluno ingressar no curso de Ciência da Computação tem a
ver com a posição de destaque ocupada por essa área na economia brasileira e mundial,
que oferece inúmeras oportunidades de trabalho e salários atrativos. Entre os cursos deComputação - sejam eles de nível tecnológico ou de bacharelado - o de Ciência da
Computação é o que proporciona a formação mais abrangente na área de software, uma
vez que estuda de modo profundo tanto fundamentos quanto tecnologias de software. Os
fundamentos formam uma base teórica estável que permite acompanhar com facilidade
as rápidas mudanças tecnológicas. O curso também oferece suporte ao hardware,
embora este não seja o foco principal.

Serão desenvolvidas as seguintes competências, conforme Diretrizes Curriculares
Nacionais do curso de Bacharelado em Ciência da Computação, publicadas no parecer
MEC/CNE/CES nº 136/2012, aprovado em 9/3/2012:
1. Compreender os fatos, essências, os conceitos, os limites, os princípios e as
teorias relacionadas à Ciência da Computação e às aplicações de software e
hardware;
2. Identificar problemas que têm uma solução algorítmica e resolvê-los usando
linguagens e ambientes de programação;
3. Empreender, tomar decisões, inovar, adaptar-se e exercer liderança em sua
área de atuação profissional, com base no conhecimento do funcionamento
e das características técnicas de hardware e da infraestrutura de software
dos sistemas de computação;
4. Identificar e analisar requisitos e especificações para problemas específicos
e planejar estratégias para suas soluções;
5. Especificar, projetar, implementar, manter, adequar e avaliar criticamente
sistemas baseados em computação, empregando teorias, práticas e
ferramentas adequadas;
6. Reconhecer e gerenciar os riscos que podem estar envolvidos na operação
de equipamentos de computação;
7. Empregar metodologias que visem garantir critérios de qualidade ao longo
de todas as etapas de desenvolvimento de uma solução computacional;
8. Aplicar temas e princípios recorrentes, como abstração, complexidade,
compartilhamento de recursos, segurança, concorrência, computação
gráfica, portabilidade, inteligência artificial, matemática computacional e
evolução de sistemas;
9. Gerir a sua própria aprendizagem e desenvolvimento, incluindo a gestão detempo e competências organizacionais, além de preparar e apresentar seus
trabalhos e problemas técnicos, bem como as suas soluções para
audiências diversas;
10.Ser capaz de realizar trabalho cooperativo.

Além das metodologias a serem utilizadas nas diversas atividades de ensino
previstas para as disciplinas que fazem parte da estrutura curricular do curso, serão
descritas mais 8 (oito). Com isso, espera-se chegar o mais próximo possível do perfil do
egresso do curso de Ciência da Computação proposto. A primeira estratégia será o uso intenso de atividades práticas em laboratório. O objetivo maior desta estratégia está em permitir que os alunos vivenciem a prática
cotidiana profissional. A segunda estratégia é o incentivo às atividades de pesquisa. O objetivo é criar e
formar possíveis candidatos para futuros cursos de pós-graduação e preparar os egressos para atuarem em empresas de desenvolvimento científico e tecnológico presentes nas incubadoras instaladas na região.
A terceira estratégia está relacionada às disciplinas eletivas. Elas constituem um canal de flexibilidade, pois deverão ser ofertadas de maneira diversificada e relevante para o curso, permitindo ao aluno escolher as disciplinas que deseja cursar, de acordo com seu interesse pessoal ou profissional.
A quarta estratégia é a monitoria de disciplinas. Serão escolhidos, através de editais específicos do curso, monitores para aquelas disciplinas que possuem carga horária em laboratório e para aquelas disciplinas cujo conteúdo a ser trabalhado necessita de monitores para auxiliar os alunos em atividades práticas em laboratórios ou em atividades extraclasse. A quinta estratégia está relacionada às Atividades Complementares. A oferta de
Atividades Complementares tem a finalidade de permitir ao aluno a inserção inicial na área, seja através da participação em congressos ou em cursos de curta duração. O aluno poderá participar de atividades que sejam do seu interesse e necessidade, uma vez que, ao serem flexíveis, caberá ao aluno a escolha e a realização de uma carga horária mínima para colar grau.  A sexta estratégia de ensino utilizada pelo curso para formar o egresso é o
Trabalho de Conclusão de Curso. Nele o aluno deve exercer autonomia e iniciativa para desenvolver, escrever e defender o seu trabalho.  A sétima estratégia de formação do egresso está associada aos projetos de
extensão propostos pela instituição. Nestes projetos, os alunos participarão de forma a aplicar conceitos e técnicas na resolução de problemas.  A oitava e última estratégia para formação dos egressos é a promoção de visitas técnicas e palestras com o objetivo de apresentar aos alunos novas tecnologias e tendências de mercado, de forma que ele possa estar cada vez mais próximo e conectado ao mundo do trabalho. Em síntese, o processo metodológico do curso proposto visa abordar situações de aprendizagem teóricas e práticas através da relação didático-pedagógica, baseadasem diversas e diferentes estratégias. Tais estratégias serão centradas no aluno como
sujeito da aprendizagem e apoiada no professor como facilitador e mediador do processo ensino-aprendizagem.

Marcos André Pisching - Email: marcos.pisching@ifsc.edu.br 
Juliano Lucas Gonçalves  - Email: juliano.goncalves@ifsc.edu.br 
Vilson Heck Junior  - Email: vilson.junior@ifsc.edu.br 

Alexandre Perin de Souza - Email: alexandre.perin@ifsc.edu.br

A avaliação proposta para o curso de Ciência da Computação é definida como
sendo o processo responsável pelo acompanhamento do desempenho do aluno em
relação aos objetivos delineados por cada disciplina que faz parte da estrutura curricular
do curso de Ciência da Computação proposto.Assim, considerando a especificidade do curso de Ciência da Computação proposto, que trabalha constantemente com conteúdos complexos, abstratos - e, algumas
vezes, com profundidade - em várias de suas disciplinas, o processo de avaliação deve
privilegiar uma abordagem qualitativa em vez de uma abordagem voltada à verificação de
conteúdos. Além disso, deve ocorrer de forma contínua (ou seja, ao longo de cada
disciplina), com o objetivo de diagnosticar tanto o trabalho do aluno como o trabalho do
professor. Nesta perspectiva de processo de avaliação, o aluno deve ser constantemente
avaliado pelo professor, por diferentes instrumentos, seja em atividades práticas que
exijam interação com colegas ou em atividades individuais com o intuito de observar e
diagnosticar dificuldades de aprendizagem, sempre na perspectiva de alcançar os
objetivos pré-estabelecidos para uma dada disciplina. Durante o decorrer de uma disciplina, será assegurado ao aluno o direito de ser avaliado pelo menos 2 (duas) vezes. O docente poderá lançar mão de diferentes
instrumentos de avaliação, se assim julgar necessário, para uma melhor tomada de
decisão em relação ao desenvolvimento dos alunos. Caberá ao professor dar ciência ao
aluno do resultado da sua avaliação, informando quais pontos ele deve melhorar.
A atribuição do conceito avaliativo final da disciplina seguirá a normatização
interna do IFSC, seja em termos de percentual mínimo de presença exigido para
aprovação em cursos com modalidade presencial, seja em termos de escala de
representação de conceitos. Caso o aluno não atinja o conceito mínimo necessário para a
aprovação, ao final do semestre, dentro do período letivo, caberá a cada professor
realizar uma recuperação. A sistematização dessa recuperação ficará a cargo de cada
professor. A reprovação em uma disciplina requer que o aluno realize nova matrícula na
disciplina em que não obteve sucesso. O jubilamento de um aluno será realizado conforme regimento interno do IFSC.

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