Projeto Político Pedagógico

O aluno egresso do Curso Técnico em Informática é o profissional com competências e
habilidades para desenvolver softwares, prover soluções em redes de computadores, construir e
administrar sites, auxiliar na administração de banco de dados, bem como dar suporte nos serviços
de tecnologia da informação (TI) e manutenção de hardware. O profissional Técnico em
Informática é um facilitador dentro das organizações com capacidade de utilizar a TI em todas as
suas formas de aplicação, auxiliando na resolução de problemas relacionados à tomada de decisão
de forma criativa, ética e empreendedora.

Ver Projeto Pedagógico do Curso.

Durante sua formação, o Técnico em Informática deverá desenvolver competências para:
1) Compreender os conceitos básicos e históricos relacionados à informática, organização e
funcionamento do computador, bem como da Internet e suas principais ferramentas;
2) Utilizar softwares para automação de escritório (processador de textos, planilha eletrônica
e software de apresentação);
3) Configurar o software básico de equipamentos computacionais para uso como estações
cliente ou servidor;
4) Especificar, instalar e configurar computadores e periféricos;
5) Compreender as técnicas, os comandos, as estruturas de controle e armazenamento para o
desenvolvimento de algoritmos/programas;
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6) Conhecer os conceitos relativos às redes de computadores e infraestrutura de redes locais
e de longa distância;
7) Analisar as relações entre os aspectos técnicos, sociais, econômicos, legais, éticos e
profissionais da informática;
8) Aplicar os princípios de administração e organização de empresas, com uma visão
sistêmica e empreendedora;
9) Conhecer as soluções e boas práticas de gestão em TI nas organizações, bem como o seu
papel estratégico;
10) Conhecer os principais conceitos (confidencialidade, integridade e disponibilidade da
informação) e normas de segurança da informação;
11) Compreender e analisar um sistema computacional, identificando as necessidades dos
usuários em relação à segurança da informação;
12) Compreender as estruturas básicas e as terminologias fundamentais de programação
orientada a objetos, bem como a sua aplicabilidade na construção de sistemas de informação;
13) Reconhecer, analisar e compreender conceitos básicos relativos à codificação de
linguagem cliente/servidor, de acordo com os padrões web;
14) Projetar um banco de dados utilizando o mapeamento objeto-relacional e implementá-lo
utilizando um SGBD padrão aberto;
15) Conhecer e aplicar os princípios, métodos e técnicas de modelagem em projetos de
sistemas;
16) Planejar, organizar, construir e administrar sites dinâmicos para a Internet, integrados
com banco de dados;
17) Sistematizar e aplicar as competências adquiridas nas diversas unidades curriculares na
elaboração de um projeto de conclusão de curso na área de informática;
18) Conhecer os principais conceitos, componentes e o processo de construção de aplicações
para dispositivos móveis;
19) Analisar, interpretar e redigir textos, bem como utilizar a expressão verbal e corporal
para comunicar-se;
20) Compreender textos redigidos em inglês na área técnica de Informática.

O Curso Técnico em Informática tem sua matriz curricular organizada em semestres e seu
processo de avaliação centrado em competências. Esta opção requer dos professores a busca de
metodologias diferenciadas daquelas que visam apenas a transferência de conhecimentos.
A elaboração do currículo por competências implica em ações pedagógicas que possibilitem
ao aluno de forma solidária a construção do conhecimento. Nesse processo, a construção de novos
saberes se dá em espaços em que alunos e professores são sujeitos de uma relação crítica e criadora.
Assim, a intervenção pedagógica se dá mediante atividades que privilegiam a relação aluno
professor e aluno-aluno.
Na perspectiva de identificar a prática pedagógica dentro de princípios norteadores de uma
ação educativa pautada na responsabilidade de formar cidadãos críticos e conscientes do seu papel
na sociedade, partimos do entendimento segundo Grinspun (1999), “que a fundamentação básica da
educação tecnológica, resume-se no saber-fazer, saber-pensar e criar, que não se esgota na
transmissão de conhecimentos, mas inicia-se na busca da construção de conhecimentos que
possibilite transformar e superar o conhecido e ensinado […].”
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Sob essa ótica e na perspectiva do fazer pedagógico da educação profissional, pautada na
concepção curricular da construção de competências, centrada na aprendizagem, destacam-se as
linhas norteadoras deste Projeto de Curso no que diz respeito à metodologia:
a) A intervenção pedagógica será estruturada com base na educação de jovens e adultos, na
construção do conhecimento e na pedagogia de projetos, tendo como pressupostos: o aprender a
aprender, a contextualização, a pesquisa, a problematização, a aprendizagem significativa, a
interdisciplinaridade, e a autonomia;
b) O papel do professor consistirá em mediar, facilitar, o ensino e a aprendizagem, a partir
de ações planejadas, com objetivo de propiciar o exercício contínuo e contextualizado dos processos
de mobilização, articulação, reelaboração e aplicação do conhecimento;
c) Os recursos didáticos serão constituídos a partir das unidades curriculares e dos eixos
temáticos, na perspectiva de criar situações de aprendizagem, nas quais o aluno participe ativamente
na construção das suas competências e habilidades;
d) A avaliação será processual e diagnóstica, acompanhando o desempenho do aluno na
constituição das competências e habilidades requeridas para o exercício profissional, numa
constante prática de ação – reflexão – ação de todos os elementos envolvidos no processo ensino
aprendizagem.
e) Os conteúdos das unidades curriculares serão desenvolvidos de forma integrada, de modo
que haja uma contextualização do conhecimento adquirido e a prática.

Ver Projeto Pedagógico do Curso.

A atividade de avaliação é uma característica intrínseca do ser humano, do seu
conhecimento vital, pois ela orienta, de forma válida, as decisões individuais e coletivas. “Conhecer
algo equivale a avaliá-lo, atribuir-lhe um valor, um significado, a explicá-lo, e isto tanto na
experiência comum quanto nos mais sistemáticos processos científicos” (BARTOLOMEIS, 1981).
A avaliação no processo de construção do conhecimento na nova educação profissional deve
ser um instrumento que possibilite a identificação do desenvolvimento (atitudes, conhecimentos e
habilidades) do aluno e que forneça elementos para orientações necessárias, complementações,
enriquecimento, no processo. O parâmetro para a avaliação será naturalmente aquilo que se definiu
alcançar. É certo que, para isso, é preciso definir as evidências da aprendizagem realizada ou da
competência constituída.
Assim também o é com o processo de avaliação, na formação profissional por competências,
os professores e os alunos precisam ter clareza de que competências serão construídas e
estabelecerão acordos para seu alcance, definindo as evidências e os critérios a serem considerados
no caminho, para que possam colher elementos que sinalizem como estão seguindo e o que podem
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fazer para avançar na direção proposta.
O processo exige a adoção de metodologias dinâmicas que considerem o aluno da educação
profissional como ator e coautor de seu desenvolvimento na interação com os professores, colegas,
mundo produtivo e acadêmico, dentre outros.
No processo de formação por competências as notas tradicionais fazem pouco sentido. Para
fins da certificação e habilitação, entretanto, torna-se necessária uma classificação final que possa
traduzir o grau de capacidade que o aluno evidencia no processo de formação, após ter participado
do conjunto diversificado de atividades curriculares oferecidas.

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