Projeto Político Pedagógico

Os egressos do CST em Sistemas de Energia devem possuir conhecimentos científicos e tecnológicos para utilizar metodologias, processos, equipamentos de medição e registro de grandezas elétricas dos diferentes processos que envolvam o uso das energias, como também realizar, controlar e avaliar a qualidade do uso dessas energias nos diferentes processos, sejam eles de uso residencial, comercial ou industrial.


As oportunidades de mercado a serem aproveitadas pelos Tecnólogos em Sistemas de Energia são muitas vezes ocupadas por profissionais de outras áreas de formação que adaptam conhecimentos tecnológicos apenas suficientes para desempenho dos aspectos técnicos da atividade. É objetivo do CST em Sistemas de Energia, também, formar um profissional com competências além do domínio tecnológico, capazes de pautarem suas atividades também por valores ligados ao homem e à sociedade, em sintonia com o desenvolvimento sustentável, no que resultará um ganho social na retribuição que esta instituição dá àqueles que a mantém.
O profissional formado no CST em Sistemas de Energia deverá ser capaz de manter diálogo com a alta administração de uma empresa, com os técnicos e com equipes de engenharia, de forma a apresentar as vantagens advindas de sua formação, e transmitir informações técnicas e operacionais àqueles envolvidos nos processos de seu uso, assim como estar em contínua atualização para o efetivo domínio de novas tecnologias e metodologias aplicadas ao planejamento energético e ao uso racional e eficiente das energias.

A abrangência do campo de trabalho para o Tecnólogo em Sistemas de Energia pode ser verificada levando em conta o porte das empresas que constituem a indústria de energia elétrica – empresas geradoras, transmissoras, distribuidoras e comercializadoras de energia elétrica, que poderão ser contratantes deste profissional, que vão desde grandes empresas estatais federais e estaduais (Eletrosul, Eletronorte, Furnas, CHESF, Petrobrás, Celesc, entre outras), empresas de geração de energia (Baesa, Enercan, Endesa, Statkraft, Engie Energia, entre outras), empresas de comercialização de energia (Camerge, Comerc, RBEnergia, entre outras), agentes do setor elétrico (ANEEL, ONS, CCEE, EPE por exemplo), a pequenos empreendimentos de geração de energia elétrica, entre os quais se destacam as fontes renováveis de energia: Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), Usinas eólicas, de biomassa e de aproveitamento solar fotovoltaico, que constituem as gerações distribuídas (GD). Adicionalmente, existem ainda uma demanda por profissionais qualificados na área de desenvolvimento de produtos voltados para o setor elétrico (empresas como a Paradigma e a Way2, por exemplo) e profissionais para atuarem na gestão e eficiência energética de grandes consumidores, como indústrias com grande consumo energético (Embraco, WEG, Sadia, Perdigão, Seara, Brastemp, Consul, assim como siderúrgicas, como a Tupi, ente outras).


Uma outra forma de inserção deste profissional no mercado será como empreendedor, possibilidade, aliás, incentivada pela matriz curricular que prestigia a formação de competências ligadas ao desenvolvimento da criatividade, da capacidade empreendedora e à gestão de negócio, atuando principalmente na área de mercado de energia e nas áreas relacionadas ao uso racional das energias e ao desenvolvimento sustentável e consumo responsável – que apontam a necessidade de formação de profissionais que busquem o uso das energias renováveis e deste comportamento racional no uso das energias.

Os profissionais do CST de Sistemas de Energia do IFSC estarão aptos a desenvolver, de forma plena e inovadora, as atividades nas seguintes áreas:

  • Analisar o mercado consumidor em sistemas de energia e suas tendências;
  • Analisar a viabilidade econômico-financeira de projetos de investimento no setor de energia;
  • Assessorar a elaboração de projetos de contratação de insumos energéticos substitutivos nos diferentes processos industriais;
  • Acompanhar e auditar a implantação de projetos de substituição de insumos energéticos;
  • Identificar os diversos tipos de sistemas de energia utilizados na indústria;
  • Interpretar a regulação técnica e econômica de sistemas energéticos;
  • Executar análise de sistemas tarifários comerciais e industriais;
  • Assessorar a elaboração de planos de conservação de energia em instalações elétricas;
  • Implementar técnicas e metodologias de Eficiência Energética em sistemas de energia;
  • Analisar a viabilidade técnica e econômica de aproveitamentos energéticos com ênfase em fontes alternativas de energia;
  • Executar compra e/ou contratação de materiais e equipamentos e serviços em sistemas de energia;
  • Gerenciar políticas de manutenção industrial;
  • Gerenciar recursos energéticos da indústria;
  • Analisar projetos de instalações elétricas residenciais, prediais e industriais;
  • Implementar políticas de gerenciamento energético;
  • Planejar as ações voltadas a sistemas energéticos integrados com as políticas de meio ambiente.

A metodologia de ensino do curso pretende facilitar o desenvolvimento das competências profissionais tecnológicas gerais (relacionadas ao perfil do egresso) e específicas (relacionadas às unidades curriculares). Nas diversas UCs a metodologia abrange aulas expositivas, elaboração de trabalhos, seminários, estudos de casos, visita a empresas, elaboração de artigos para possível publicação em periódicos e congressos da área e outras atividades visando oferecer experiências pedagógicas e científicas diversificadas aos discentes.


As UCs do CST em Sistemas de Energia foram concebidas de forma a desenvolverem, de modo articulado, as competências profissionais tecnológicas e a compreensão dos impactos sociais, econômicos e ambientais resultantes da produção, gestão e incorporação de novas tecnologias. As UCs das áreas de Base Científica e Base em Ciências de Engenharia desenvolvem, sempre de forma articulada, as competências específicas que irão, na parte final do curso, possibilitar o desenvolvimento pleno das competências profissionais relacionadas à área de Sistemas de Energia constantes no perfil do egresso.


Entretanto, os conteúdos necessários ao desenvolvimento dessas competências específicas e gerais se entrecruzam de forma transversal nas diversas UCs. A inter-relação das UCs é discutida entre a coordenação de curso e o corpo docente no período de planejamento que antecede o início de cada semestre letivo e retomada, sempre que necessária, em reuniões pedagógicas, NDE, colegiado do curso e do departamento ou atividades extraordinárias.


Existem temas no CST em Sistemas de Energia que são tratados deliberadamente de forma transversal em várias UCs. A questão do desenvolvimento sustentável, por exemplo, além de elaborado especificamente na unidade curricular Energia, Sociedade e Meio Ambiente é abordado por várias UCs, principalmente às da área de Sistemas de Energia.


A interdisciplinaridade no CST em Sistemas de Energia busca não apenas a integralização das competências profissionais tecnológicas, mas também a formação do cidadão ativo e crítico em relação à interferência do processo tecnológico/industrial na sociedade.


O desenvolvimento do espírito científico dos discentes é dada por meio de trabalhos de pesquisa na produção de artigos nas próprias UCs do curso, ou em projetos de pesquisa científica através de seu corpo docente.


O CST em Sistemas de Energia pretende desenvolver atividades de extensão mantendo o curso em estreita relação com a comunidade. Neste aspecto, através das possibilidades criadas pela Lei Nº 11.892 de 29 de dezembro de 2008, que transformou o IFSC em Instituto Federal, projetos no âmbito da extensão universitária podem ser desenvolvidos através do PROEXT do Ministério da Educação (mais detalhes no item 34 do PPC).


Além disso, o CST em Sistemas de Energia tem como base uma forte formação em Ciências de Engenharia conjugada com formação na área de Gestão, com especialização em produção, distribuição, comercialização e utilização de energias, em especial para a área das energias renováveis. Contempla ainda uma formação que permite ao educando reconhecer as inter-relações entre a energia e as dimensões sociais, econômicas e ambientais, reforçando o correto exercício das atividades de tecnologia, fazendo-os perceber o quanto e como os processos humanos são influenciados, conformados e desenvolvidos por valores sociais. O curso se desenvolve de forma transversal nas diferentes áreas que envolvem conhecimentos de eletricidade, instalações elétricas, de sistemas de energia elétrica, de combustíveis, de água e efluentes, e de todos os aspectos ligados à regulamentação técnica e econômica do setor de energia elétrica e meio ambiente. Dessa forma, tem por objetivo o desenvolvimento de competências e habilidades em nível operacional, tático e estratégico, possibilitando a formação mais completa do profissional para suprir a demanda de recursos humanos dessa área de atuação.


O Projeto Integrador (PI) consiste em atividade com habilidades e competências adquiridas dentro da unidade curricular e/ou em conjunto de componentes curriculares, visando à integração do conhecimento e no início de estudos relacionados à área do curso. Esse projeto tem como resultado um sistema, equipamento, protótipo, ensaios, relatórios, pesquisas ou estudos de caso.

Responsável: Prof. Daniel Tenfen
E-mail: cstse.fln@ifsc.edu.br
Telefone: (48) 3211-6120
Titulação: Doutor
Formação Acadêmica: Engenheiro Eletricista
Regime de trabalho: 40h DE

No contexto pedagógico do curso, construir competência significa ser capaz de mobilizar, articular, produzir e colocar em ação conhecimentos, habilidades, atitudes e valores para desenvolver e implantar soluções, bem como compreender, situar-se e interferir no mundo do trabalho no qual ele está ou será inserido, indicando um modelo que aplica três dimensões: conhecimento, habilidade e atitude. Essas dimensões englobam questões técnicas, pedagógicas, bem como a cognição e as atitudes relacionadas ao trabalho. O desenvolvimento de competências ocorre por meio da aprendizagem individual e coletiva, no processo de ensino possibilitando o desempenho em diferentes ambientes da sua vivência, sejam estes acadêmicos, empresariais ou sociais.


Para a consolidação do processo de avaliação devem ser realizadas reuniões de avaliação, conforme previsto na(s) regulamentação(ões) pedagógica(s) vigente(s). Além do aspecto pedagógico da avaliação, a reunião de avaliação possibilita um momento de autoavaliação institucional, pois é planejada para que docentes e educandos se autoavaliem e façam a avaliação da atuação dos demais envolvidos no seu processo educacional.
As ações decorrentes destes processos de autoavaliação e também a avaliação institucional proporcionam condições para o CST em Sistemas de Energia buscar a melhoria dos processos de ensino.


Cabe ao NDE e ao colegiado discutir as práticas realizadas no âmbito da instituição, do currículo, ensino, pesquisa, extensão e gestão. As implementações de ações baseadas nas avaliações institucionais levam à reflexão constante dos processos no âmbito pedagógico e administrativo visando a tomada de decisão. As avaliações de curso são sistemáticas e solicitadas pelo MEC.

Os docentes são avaliados semestralmente pelos discentes e pela chefia imediata que informam os pontos a melhorar. Os resultados das avaliações são utilizados para aprimoramento constante do curso, inserido em um processo cíclico, contínuo, reflexivo e participativo, que visa melhorar os processos e redimensioná-los para promover as mudanças necessárias a fim de se alcançar as finalidades e metas do IFSC.


O processo de avaliação da aprendizagem está vinculado à concepção da relação do saber, aprender e ensinar. A avaliação é parte integrante do currículo, na medida em que a ele se incorpora como uma das etapas do processo pedagógico. A avaliação da aprendizagem deve sempre ter a finalidade diagnóstica, que se volta para o levantamento das dificuldades dos educandos buscando a correção de rumos, à reformulação de procedimentos didático-pedagógicos e até mesmo de objetivos e metas. Portanto a avaliação é um processo contínuo, permanente, permitindo a periodicidade no registro das dificuldades e avanços dos educandos.


A avaliação abrange todos os momentos e recursos que o docente utiliza, tendo como objetivo principal o acompanhamento do processo formativo dos educandos, verificando como a proposta pedagógica vai sendo desenvolvida ou se processando, na tentativa de sua melhoria, ao longo do próprio percurso. A avaliação não privilegia a mera polarização entre o aprovado e o reprovado, mas sim a real possibilidade de mover os educandos na busca de novas aprendizagens. Além disso, pode se tornar um mecanismo de integração, inclusão ou exclusão, sendo diagnóstica, têm por objetivos a inclusão e nãoexclusão, assim como aprimorar coisas, atos, situações, pessoas, tendo em vista tomar decisões no sentido de criar condições para obtenção de uma maior satisfação daquilo que se esteja buscando ou construindo.


A avaliação da UC é efetuada pelo docente que orienta a UC, conforme a(s) regulamentação(ões) pedagógica(s) vigente(s). Ao final da UC, o educando é considerado APROVADO, caso obtenha nota superior ou igual a seis, ou REPROVADO, caso obtenha nota inferior a seis e/ou frequência inferior à 75%, respeitando-se os critérios dispostos na(s) regulamentação(ões) pedagógica(s) vigente(s). O educando considerado reprovado em uma UC não poderá ingressar nas seguintes que a tiverem como pré-requisito.


Durante o processo de avaliação, o educando que se sentir prejudicado com a nota recebida em uma determinada avaliação poderá recorrer, conforme previsto na(s) regulamentação(ões) pedagógica(s) vigente(s). No decorrer do processo de aprendizagem, os educandos que demonstrarem dificuldades na construção das competências desenvolvidas terão direito a recuperação de estudos, a qual compreenderá a realização de novas atividades pedagógicas no decorrer do período letivo, que possam promover a aprendizagem, conforme previsto na(s) regulamentação(ões) pedagógica(s) vigente(s). Assim como o acesso aos monitores de UCs disponíveis conforme edital de monitoria que regulamenta a atividade de monitor de UC.


O conselho de classe é uma instância para o diagnóstico sobre a avaliação do processo de ensinoaprendizagem e deve ser realizado conforme previsto na(s) regulamentação(ões) pedagógica(s) vigente(s).


Neste sentido, nesta instância, a avaliação do processo é efetuada conjuntamente entre a classe discente, os docentes das UCs e a coordenadoria pedagógica, para a apuração das dificuldades institucionais e didático-pedagógicas que recaem sobre os discentes, os docentes e os técnicos administrativos.

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