Projeto Político Pedagógico

O Engenheiro Químico é um profissional de formação generalista, que atua no desenvolvimento de processos para a produção de produtos diversos, em escala industrial nas áreas de: alimentos, cosméticos, biotecnologia, fertilizantes, fármacos, cimento, papel e celulose, nuclear, tintas e vernizes, polímeros, meio ambiente, entre outras. Projeta, supervisiona, elabora e coordena processos industriais; identifica, formula e resolve problemas de engenharia relacionados à indústria química; supervisiona a manutenção e operação de sistemas. Desenvolve tecnologias limpas, processos de reciclagem e de aproveitamento dos resíduos da indústria química que contribuem para a redução do impacto ambiental. Coordena e supervisiona equipes de trabalho, realiza estudos de viabilidade técnico-econômica, executa e fiscaliza obras e serviços técnicos e efetua vistorias, perícias e avaliações, emitindo laudos e pareceres técnicos. Em suas atividades, considera aspectos referentes à ética, à segurança e aos impactos ambientais.

O Engenheiro Químico é habilitado para trabalhar no setor industrial, com alimentos, cosméticos, biotecnologia, fertilizantes, fármacos, cimento, papel e celulose; nos setores nuclear, automobilístico, de polímeros, de meio ambiente; nas áreas administrativa e comercial como engenheiro de produto, de processo, de pesquisa e de desenvolvimento; em instituições de pesquisa, em consultorias e no magistério superior.

Com base na Resolução CNE/CES nº 02, de 24 de abril de 2019, que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Graduação em Engenharia, a formação do egresso do curso de Engenharia Química do IFSC, Câmpus Lages, tem como objetivo desenvolver as seguintes competências e habilidades gerais:
I - formular e conceber soluções desejáveis de engenharia, analisando e compreendendo os usuários dessas soluções e seu contexto:
a) ser capaz de utilizar técnicas adequadas de observação, compreensão, registro e análise das necessidades dos usuários e de seus contextos sociais, culturais, legais, ambientais e econômicos;
b) formular, de maneira ampla e sistêmica, questões de engenharia, considerando o usuário e seu contexto, concebendo soluções criativas, bem como o uso de técnicas adequadas;
II - analisar e compreender os fenômenos físicos e químicos por meio de modelos simbólicos, físicos e outros, verificados e validados por experimentação:
a) ser capaz de modelar os fenômenos, os sistemas físicos e químicos, utilizando as ferramentas matemáticas, estatísticas, computacionais e de simulação, entre outras.
b) prever os resultados dos sistemas por meio dos modelos;
c) conceber experimentos que gerem resultados reais para o comportamento dos fenômenos e sistemas em estudo.
d) verificar e validar os modelos por meio de técnicas adequadas;
III - conceber, projetar e analisar sistemas, produtos (bens e serviços), componentes ou processos: a) ser capaz de conceber e projetar soluções criativas, desejáveis e viáveis, técnica e economicamente, nos contextos em que serão aplicadas;
b) projetar e determinar os parâmetros construtivos e operacionais para as soluções de Engenharia;
c) aplicar conceitos de gestão para planejar, supervisionar, elaborar e coordenar projetos e serviços de Engenharia;
IV - implantar, supervisionar e controlar as soluções de Engenharia:
a) ser capaz de aplicar os conceitos de gestão para planejar, supervisionar, elaborar e coordenar a implantação das soluções de Engenharia.
b) estar apto a gerir, tanto a força de trabalho quanto os recursos físicos, no que diz respeito aos materiais e à informação;
c) desenvolver sensibilidade global nas organizações;
d) projetar e desenvolver novas estruturas empreendedoras e soluções inovadoras para os problemas;
e) realizar a avaliação crítico-reflexiva dos impactos das soluções de Engenharia nos contextos social, legal, econômico e ambiental;
V - comunicar-se eficazmente nas formas escrita, oral e gráfica:
a) ser capaz de expressar-se adequadamente, seja na língua pátria ou em idioma diferente do Português, inclusive por meio do uso consistente das tecnologias digitais de informação e comunicação (TDICs), mantendo-se sempre atualizado em termos de métodos e tecnologias disponíveis;
VI - trabalhar e liderar equipes multidisciplinares: a) ser capaz de interagir com as diferentes culturas, mediante o trabalho em equipes presenciais ou a distância, de modo que facilite a construção coletiva;
b) atuar, de forma colaborativa, ética e profissional em equipes multidisciplinares, tanto localmente quanto em rede;
c) gerenciar projetos e liderar, de forma proativa e colaborativa, definindo as estratégias e construindo o consenso nos grupos;
d) reconhecer e conviver com as diferenças socioculturais nos mais diversos níveis em todos os contextos em que atua (globais/locais);
e) preparar-se para liderar empreendimentos em todos os seus aspectos de produção, de finanças, de pessoal e de mercado;
VII - conhecer e aplicar com ética a legislação e os atos normativos no âmbito do exercício da profissão:
a) ser capaz de compreender a legislação, a ética e a responsabilidade profissional e avaliar os impactos das atividades de Engenharia na sociedade e no meio ambiente.
b) atuar sempre respeitando a legislação, e com ética em todas as atividades, zelando para que isto ocorra também no contexto em que estiver atuando; e
VIII - aprender de forma autônoma e lidar com situações e contextos complexos, atualizando-se em relação aos avanços da ciência, da tecnologia e aos desafios da inovação: a) ser capaz de assumir atitude investigativa e autônoma, com vistas à aprendizagem contínua, à produção de novos conhecimentos e ao desenvolvimento de novas tecnologias.
Já as competências específicas do Engenheiro Químico são:
• Aplicar conhecimentos matemáticos, científicos, tecnológicos e instrumentais à engenharia
envolvida no processamento de matérias-primas;
• Projetar e conduzir experimentos e interpretar resultados;
• Conceber, projetar e analisar sistemas, produtos e processos;
• Planejar, supervisionar, elaborar e coordenar projetos e serviços de engenharia;
• Identificar, formular e resolver problemas da indústria química ou correlata;
• Desenvolver e/ou utilizar novas ferramentas e técnicas;
• Supervisionar a operação e a manutenção de sistemas;
• Avaliar criticamente a operação e a manutenção de sistemas;
• Comunicar-se eficientemente nas formas escrita, oral e gráfica;
• Atuar em equipes multidisciplinares;
• Compreender e aplicar a ética e responsabilidade profissionais;
• Avaliar o impacto das atividades da engenharia no contexto social e ambiental;
• Avaliar a viabilidade econômica de projetos de engenharia;
• Assumir a postura de permanente busca de atualização profissional.

Além das metodologias de abordagem descritas para as diferentes componentes curriculares da grade do curso, destacam-se as estratégias apresentadas a seguir para que seja possível alcançar o perfil profissional do egresso do curso de Engenharia Química proposto:
1. Atividades práticas: com aproximadamente 20% da carga horária total do curso reservada para a execução de atividades práticas, espera-se que os estudantes consolidem o conhecimento aprendido em sala de aula pela aplicação da teoria na prática, além de vivenciarem a prática cotidiana profissional.
2. Incentivo às atividades de pesquisa: esta estratégia tem como objetivos desenvolver o espírito investigativo dos alunos pela participação em projetos de pesquisa financiados pela instituição ou por agências de fomento externo; formar possíveis candidatos para futuros cursos de pósgraduação;
e preparar os egressos para trabalharem junto a empresas que atuam com pesquisa e desenvolvimento.
3. Disciplinas eletivas: disciplinas relevantes para o curso, estando em conformidade, evidentemente, com a disponibilidade de oferta pelos professores da área (Química e Engenharia Química principalmente), serão ofertadas a partir da 8ª fase. A ideia é conversar com os discentes constantemente a fim de que sejam atendidos os seus anseios e essas disciplinas se moldem a partir daí.
4. Monitoria de disciplinas: serão escolhidos, através de editais específicos do curso, monitores para algumas disciplinas que possuem carga horária em laboratório e para disciplinas cujo conteúdo tenha cunho teórico-prático e necessitar de monitores para auxiliar os alunos em atividades práticas em laboratórios ou em atividades extraclasse.
5. Trabalho de conclusão de curso: esta estratégia de ensino visa o exercício da autonomia e iniciativa para planejar, desenvolver e defender o seu trabalho, dentro das boas práticas científicas e consoante à responsabilidade ética, social e ambiental.
6. Estágio curricular obrigatório: será realizado nas empresas, em um primeiro momento, ambiente que proporcionará aos discentes o contato com novas tecnologias e a vivência do dia a dia da profissão.
7. Atividades de extensão: esta metodologia para formação do egresso engloba às atividades de extensão que estarão integralizadas à grade do curso (conforme resolução CONSUP nº 40/2016) e aos projetos de extensão propostos pelos docentes e pela instituição. Nestas atividades ou projetos, os alunos participarão de forma efetiva na aplicação de conceitos e técnicas para a resolução de problemas apresentados pela sociedade.
Em síntese, o processo metodológico do curso de Engenharia Química proposto visa abordar situações de aprendizagem teórica e prática centradas no aluno como sujeito da aprendizagem e apoiada no professor como facilitador e mediador do processo ensino-aprendizagem.

Chefe DEPE:
Prof. Dr. Vilson Heck Junior, e-mail: vilson.junior@ifsc.edu.br, fone: +55 (49) 3221-4200
Contato:
Prof. Dr. Gustavo Henrique Santos Flores Ponce, e-mail: gustavo.ponce@ifsc.edu.br, fone: +55
(49) 3221-4250
Nome do Coordenador/proponente do curso:
Prof. Dr. Gustavo Henrique Santos Flores Ponce, e-mail: gustavo.ponce@ifsc.edu.br, fone: +55
(49) 3221-4246

O discente será constantemente avaliado pelo professor, por diferentes instrumentos, seja em atividades práticas que exijam interação com colegas (avaliação socializada) ou em atividades individuais com intuito de observar e diagnosticar dificuldades de aprendizagem (avaliação individualizada), sempre na perspectiva de alcançar os objetivos pré-estabelecidos para cada disciplina.
Lembrando que a avaliação faz parte do ato educativo, do processo de ensino e aprendizagem. É fundamental que a avaliação deixe de ser um instrumento de classificação, seleção e exclusão social e se torne uma ferramenta para a construção coletiva dos discentes. A avaliação deve localizar as necessidades e se comprometer com sua superação. Deste modo, quando temos um educando, ou vários, que não estão acompanhando é preciso parar para atendê-los buscando alternativas de ensino e até mesmo de avaliação.
A aprendizagem dificilmente se dá de forma linear. Porém, uma base bem trabalhada, ainda que demore mais, leva a uma aprendizagem mais sólida. É preciso rever conceitos, repensar práticas de sala de aula, replanejar o calendário escolar e buscar alternativas.
Caberá ao professor dar ciência ao aluno do resultado da sua avaliação, informando a ele quais pontos ele deve melhorar. A atribuição do conceito avaliativo final da disciplina seguirá a normatização interna do IFSC, seja em termos de percentual mínimo de presença exigido para aprovação em cursos com modalidade presencial, seja em termos de escala de notas dadas.
Caso o aluno não atinja a nota mínima necessária para a aprovação, ao final do semestre, dentro do período letivo, caberá a cada professor realizar uma recuperação. A sistematização desta recuperação ficará a cargo de cada professor. A reprovação em uma disciplina implica ao aluno que ele realize nova matrícula na disciplina em que não obteve sucesso. O jubilamento de um aluno será realizado conforme regimento interno do IFSC.

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