Projeto Político Pedagógico

O Técnico em Nutrição e Dietética é o profissional cidadão que realiza ações de seleção e preparo de alimentos; estudos das necessidades nutricionais de indivíduos e coletividades, em todas as fases do ciclo vital; elabora e implementa cardápios adequados ao público; acompanha eorienta as atividades de controle de qualidade higiênico-sanitárias no processo de produção de refeições e alimentos; acompanha e orienta os procedimentos culinários de preparo de refeições e alimentos; coordena atividades de porcionamento, transporte e distribuição de refeições; realiza a pesagem de pacientes e aplica outras técnicas de mensuração de dados corporais para subsidiar a avaliação nutricional; avalia as dietas de rotina de acordo com a prescrição dietética; e participa de programas de educação alimentar. As ações do Técnico em Nutrição e Dietética previstas no Catálogo Nacional de Cursos Técnicos, descritas acima, estão em consonância com as atribuições do profissional previstas na Resolução n.º 605, de 22 de abril de 2018, do Conselho Federal de Nutricionistas.

Segundo o Catálogo Nacional dos Cursos Técnicos do MEC, as áreas de atuação do TND são: restaurantes industriais e comerciais; panificadoras e confeitarias; hotéis; cozinhas experimentais; creches; escolas; supermercados; hospitais, clínicas e instituições de longa permanência. De acordo com a Resolução n.º 605, de 22 de abril de 2018, do Conselho Federal de Nutricionistas são áreas de atuação profissional do Técnico em Nutrição e Dietética: Nutrição em Alimentação Coletiva: em serviços de alimentação coletiva em empresas e instituições, hotéis, hotelaria marítima, comissarias, hospitais, clínicas, bancos de sangue, spas, serviços de terapia renal substitutiva, instituições de longa permanência para idosos (ILPI) e similares, comunidades terapêuticas e outros, alimentação escolar em rede privada de ensino, restaurantes comerciais e similares, bufê de eventos e serviço ambulante de alimentação. Nutrição Clínica: em hospitais, clínicas em geral, spas clínicos, instituições de longa permanência para idosos, serviço de terapia renal substitutiva, ambulatórios, consultórios, banco de leite humano, postos de coleta de leite humano, lactário, central de terapia nutricional. Nutrição em Saúde Coletiva: em Políticas e Programas Institucionais, como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), Vigilância em Saúde (Vigilância Sanitária e Epidemiológica) e Fiscalização do exercício profissional. Nutrição na Cadeia de Produção, na Indústria e no Comércio de Alimentos: em locais como: agroindústria de alimentos, mercados e similares, padarias e confeitarias, laticínios, açougues e similares, hortifrutigranjeiros, produtos naturais e dietéticos, comidas congeladas, sorveterias, lojas de conveniência e delicatessen. Ainda segundo a Resolução n.º 605 (CFN / 2018), nas áreas nutrição em alimentação coletiva, nutrição clínica e nutrição em saúde coletiva, o TND deve atuar prioritariamente sob a supervisão de nutricionista. Na cadeia de produção, indústria e no comércio de alimentos pode atuar sem a supervisão de nutricionista, desde que não haja preparações, refeições e/ou dietas especiais, para indivíduos ou coletividades e/ou exigência legal para a obrigatoriedade do nutricionista

Atuar para a promoção da saúde de indivíduos e coletividades, sob a supervisão de nutricionista - onde for aplicável 1 - contribuindo em ações como: desenvolvimento, produção e distribuição de alimentos e de preparações culinárias saudáveis, seguros, adequados aos comensais e de acordo com a cultura alimentar local. Contribuir nas avaliações nutricionais por meio de coleta de dados antropométricos. Desenvolver programas de educação alimentar e nutricional para indivíduos e coletividades, adequando a linguagem ao público-alvo. Atuar com ética e responsabilidade socioambiental. Colaborar para o cumprimento e a aplicação das normas de segurança ocupacional na produção de alimentos. Utilizar linguagem clara e adequada ao público-alvo, no desenvolvimento de programas de educação alimentar e nutricional para indivíduos e coletividades. Auxiliar no gerenciamento de unidades de alimentação e nutrição, sob a supervisão de nutricionista - quando for aplicável 1 - atuando na elaboração de cardápio, nas compras e controle de custos, nas rotinas ligadas à equipe de funcionários da área de alimentação e nutrição e no monitoramento de programas de qualidade. Desenvolver iniciativas empreendedoras, analisando oportunidades e planejando a criação de serviços e/ou produtos inovadores na sua área de atuação.

 

1A Resolução n.º 605 (CFN / 2018) define as áreas onde o TND deve atuar sob a supervisão de nutricionista e as áreas onde não há obrigatoriedade.

O Curso Técnico em Nutrição e Dietética orienta-se pelo Plano de Desenvolvimento Institucional 2020-2024 (PDI) e pelo Regimento Didático Pedagógico do IFSC. O Campus Florianópolis-Continente do IFSC desenvolve uma política de formação permanente para os seus educadores, através de um conjunto de incentivos que vão desde o desenvolvimento de projetos de pesquisa, projetos de extensão, cursos de especialização eaperfeiçoamento e incentivo à pós graduação. Durante o curso, são propostas reuniões de avaliação (Pré-Conselho e Conselho de Classe) entre estudantes, professores, coordenação de curso e núcleo pedagógico, a fim de alinhar as ações de ensino e aprendizado, bem como levantar apontamentos e melhorias de cunho pedagógico. Também são realizadas reuniões, no início e ao longo de cada semestre, para alinhar os detalhes relativos às atividades interdisciplinares, as quais são realizadas em todos os semestres. O currículo elaborado prima pela relação teoria-prática, de modo que o conhecimento é significado por ações pedagógicas concretas, que possibilitem ao estudante a construção de seu conhecimento. Além disso, o espaço constituído na escola possibilita interação permanente entre estudantes, docentes e demais servidores, de modo que essa gere ações críticas, reflexivas e construtivas. O fazer pedagógico se concretiza através de atividades em sala de aula com aulas expositivo-dialogadas, aulas práticas em laboratórios, atividades práticas pedagógicas de extensão, estudos dirigidos, apresentações, seminários e desenvolvimento de projetos. Visitas técnicas/culturais pedagógicas, estudos de caso, levantamento de problemas e busca de soluções para problemas da área de estudo buscam aproximar o profissional técnico do setor de trabalho e da área profissional, assim como o desenvolvimento do espírito científico e a formação integral do cidadão. Destaca-se que até 20% da carga horária das unidades curriculares desse curso serão desenvolvidas à distância, de forma não presencial, conforme item 36 deste PPC. O curso busca trabalhar questões relacionadas à sustentabilidade em todos os componentes curriculares a fim de que o profissional cidadão tenha pleno conhecimento dos impactos das suas ações profissionais no ambiente em que está inserido. A realização de projetos que associam o ensino, a pesquisa e a extensão, com a participação dos estudantes, são incentivados, contribuindo assim para a sua formação.

Profª Elinete Eliete deLima, elinete@ifsc.edu.br, 3877-8417 

A avaliação como ato diagnóstico e processo contínuo tem por objetivo a inclusão, subsidiando ações que viabilizem tanto o domínio de conhecimentos científicos, como dos aspectos relevantes à formação do cidadão. Ela serve para indicar avanços e dificuldades na ação educativa, devendo subsidiar a reflexão da prática pedagógica. De acordo com o exposto na Resolução 041/2014/CONSUP, que dispõe sobre oRegulamento Didático Pedagógico (RDP), os instrumentos de avaliação serão diversificados e sempre devem estimular o estudante à pesquisa, reflexão, iniciativa, criatividade, laboralidade e cidadania. O descritivo de cada componente curricular apresentado neste documento indica os instrumentos avaliativos que serão adotados. São exemplos de atividades avaliativas: provas objetivas e dissertativas, seminários, criação de preparações culinárias (como atividades interdisciplinares), estudos de casos, apresentação de relatórios técnicos, entre outros. Os instrumentos, estratégias e formas de aplicação das atividades avaliativas constam nos planos de ensino de cada unidade curricular. Entre os princípios considerados pela Instituição, e em consonância com o RDP do IFSC, a avaliação prima pelo caráter diagnóstico e formativo, devendo ser processual, somativa, continuada e diversificada, consistindo em um conjunto de ações que permitam recolher dados, visando à análise da constituição das competências por parte do discente, previstas no projeto de curso. O processo avaliativo integra o conjunto de conhecimentos e habilidades, conforme descrito nas matrizes curriculares, bem como de atitudes gerais, conforme descrito a seguir: Cumprimento das normas de higiene e de uso de laboratório da escola. Postura ética e crítica em relação aos temas e conteúdos abordados. Assiduidade e pontualidade nas aulas. Participação nas aulas e empenho nas atividades propostas. Iniciativa, disponibilidade, criatividade e organização. Respeito às diferenças. Trabalhos em grupos e compartilhamento de responsabilidades. Respeito à comunidade acadêmica e zelo pelo patrimônio escolar. A avaliação da aprendizagem terá por finalidade promover o avanço educacional do discente, aprimorando o processo de aprendizagem, tanto individual quanto coletivamente. Ela é um processo que indica avanços e dificuldades na ação educativa, além contribuir na reflexão do professor sobre sua prática. Para isso, é necessário que as metodologias utilizadas em sala contemplem a diversidade, considerando as diferenças sociais, linguísticas e culturais dos discentes. Assim, a avaliação não deve ser um instrumento de classificação, seleção e exclusão social, mas de construção coletiva dos sujeitos e de uma escola de qualidade. Neste sentido, são consideradas funções primordiais da avaliação: Obter evidências sobre o desenvolvimento do conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes, visando a tomada de decisões sobre o encaminhamento dos processos de ensino-aprendizagem e a progressão do discente. Analisar a consonância do trabalho pedagógico com as finalidades educativas previstas no Projeto Pedagógico do Curso. Estabelecer previamente, por componente curricular, critérios que permitam visualizar avanços e dificuldades dos discentes na constituição das competências. Os critérios de avaliação servirão de referência para o estudante avaliar sua trajetória e para que o professor tenha indicativos que sustentem tomadas de decisões sobre o encaminhamento dos processos de ensino e aprendizagem e a progressão dos mesmos. Os registros das avaliações, para fins de documentos acadêmicos, serão efetivados ao final de cada semestre letivo em diário de classe disponível no sistema acadêmico (SIGAA). Nele deve ser apontado a situação do estudante quanto à constituição de competências, conforme nomenclatura prevista no RDP. A partir da avaliação efetuada pelo professor, serão realizadas avaliações coletivas em reuniões que terão o caráter de avaliação integral do processo didático-pedagógico em desenvolvimento no Componente Curricular. As avaliações coletivas envolverão estudantes, professores, Coordenação de Curso e profissionais do Núcleo Pedagógico. Esses encontros serão realizados, pelo menos, em dois momentos institucionalizados como os Conselhos de Classe Intermediário (na metade do semestre) e Conselho de Classe Final (no encerramento do semestre). As atividades de avaliação acontecerão durante todo o processo de ensino-aprendizagem, valorizando o crescimento do estudante qualitativa e quantitativamente, com a previsão de recuperação paralela de conhecimentos e avaliações ao longo do semestre. A recuperação de estudos deverá compreender a realização de novas atividades pedagógicas no decorrer do período letivo, que possam promover a aprendizagem. As novas atividades ocorrerão, preferencialmente, no horário regular de aula, podendo ser criadas estratégias alternativas que atendam necessidades específicas, tais como atividades sistemáticas em horário de atendimento paralelo e estudos dirigidos. Ao final dos estudos de recuperação, o estudante será submetido à avaliação, cujo resultado será registrado pelo professor. Para a aprovação, o estudante deverá atingir, no mínimo, 75% de frequência em cada Componente Curricular e nota mínima 6,0 (seis).

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