Projeto Político Pedagógico

De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para cursos de Design (Conselho Nacional de Educação, 2004) o curso de graduação em Design deve ensejar, como perfil desejado do formando, capacitação para a apropriação do pensamento reflexivo e da sensibilidade artística, para que o designer seja apto a produzir projetos que envolvam sistemas de informações visuais, artísticas, estéticas culturais e tecnológicas, observados o ajustamento histórico, os traços culturais e de desenvolvimento das comunidades bem como as características dos usuários e de seu contexto socioeconômico e cultural. Assim, segundo o MEC (2010) o Bacharel em Design atua na criação, desenvolvimento e execução de projetos e de sistemas que envolvam informações visuais e sua atividade demanda conhecimento e domínio de produtos e materiais, observando aspectos históricos, traços culturais e potencialidades tecnológicas de unidades produtivas. Elabora a criação de novos produtos e customiza os já existentes às novas condições sociais, às transformações tecnológicas e às necessidades do usuário. Interage com especialistas de outras áreas, utilizando conhecimentos diversos e atuando em equipes interdisciplinares na elaboração e na execução de pesquisas e projetos. Coordena e supervisiona equipes de trabalho. Em sua atuação considera a ética, a segurança e as questões socioambientais. Portanto, considerando o contexto socioeconômico regional, o perfil profissional do egresso no Curso de Bacharelado em Design do IFSC possui ênfase em Projeto de Produto. As informações sobre nome do curso, carga horária mínima e máxima, segundo o MEC (2010) são apresentados no Quadro 1.

Quadro 1 - Informações sobre Cursos de Graduação em Design – Bacharelado. 
Ord.: 21 /Nome do Curso - Grau: Design - Bacharelado/ Carga Horária mínima (horas): 2400 / Integralização (anos): 4 / Código OCDE: 214D05
Fonte: MEC (2010).

De acordo com MEC (2010), o Bacharel em Design pode atuar como pesquisador em Instituições de Ensino Superior, empresas e laboratórios de pesquisa científica e tecnológica; em gráficas e editoras; em escritórios de Design; na produção industrial (automobilística, eletroeletrônicos, embalagens de produtos, logomarcas, mobiliário, joalheria, calçados, vestuário, entre outras); em empresas de comunicação visual. Também pode atuar de forma autônoma, em empresa própria ou prestando consultoria. De acordo com a estrutura curricular, o perfil da instituição e a infraestrutura presente no curso, o egresso está apto a atuar em áreas relacionadas do Design com ênfase em Projeto de Produto.

O egresso do Curso de Bacharelado em Design oferecido pelo IFSC Campus Florianópolis irá possuir, em consonância com as Diretrizes Curriculares Nacionais para cursos de Design (Conselho Nacional de Educação, 2004), as seguintes competências:

 Capacidade criativa para propor soluções inovadoras, utilizando domínio de técnicas e de processo de criação;  Identificar necessidades, sugerindo novos produtos industrializáveis que as venham suprir pela introdução de novos conceitos, materiais e processos;
 Analisar produtos existentes, identificando suas virtudes e deficiências sob os pontos de vista da funcionalidade, ergonomia, estética e fabricabilidade;
 Sugerir ajustes e modificações que melhorem o desempenho dos produtos segundo os pontos citados;
 Capacidade para o domínio de linguagem própria expressando conceitos e soluções em seus projetos, de acordo com as diversas técnicas de expressão e reprodução visual, possibilitando a geração de documentação técnica de apresentação de projetos;
 Visão sistêmica de projeto, manifestando capacidade de conceituá-lo a partir da combinação adequada de diversos componentes materiais e imateriais, processos de fabricação, aspectos econômicos, psicológicos e sociológicos do produto; 
 Domínio das diferentes etapas do desenvolvimento de um projeto, a saber: definição de objetivos, técnicas de coleta e de tratamento de dados, geração e avaliação de alternativas, configuração de solução e comunicação de resultados;
 Avaliar a fabricabilidade da solução técnica gerada e opinar sobre os processos e materiais mais indicados, aprimorando a qualidade, produtividade e custos de produção;
 Capacidade de interagir com especialistas de outras áreas de modo a utilizar conhecimentos diversos e atuar em equipes interdisciplinares na elaboração e execução de pesquisas e projetos;
 Atuar na gestão do design, focando a importância da inserção do design na indústria, assim como sua importância no planejamento estratégico empresarial, na administração de recursos humanos e no desenvolvimento de produtos industriais;
 Conhecimento do setor produtivo, revelando sólida visão setorial, relacionado ao mercado, materiais, processos produtivos e tecnologias abrangendo mobiliário, confecção, calçados, jóias, cerâmicas, embalagens, softwares, artefatos de qualquer natureza, traços culturais da sociedade e outras manifestações regionais;
 Domínio de gerência de produção, incluindo qualidade, produtividade, arranjo físico de fábrica, estoques, custos e investimentos, além da administração de recursos humanos para a produção;
 Visão histórica e prospectiva, centrada nos aspectos socioeconômicos e culturais, revelando consciência das implicações econômicas, sociais, antropológicas, ambientais, estéticas e éticas de sua atividade.
 Inserir-se no mercado como contratado pelas indústrias ou agências de projeto, seja como profissional liberal ou ainda como empresário, fabricando os produtos de seu próprio desenho.

O Curso de Bacharelado em Design do IFSC tem a sua estrutura curricular organizada em semestres com unidades curriculares afins, definidas pelos conteúdos necessários para atingir o perfil profissional. É um curso com metodologia diferenciada, consolidada na integração não só entre unidades curriculares, através de projetos integradores, mas também entre professores, entre acadêmicos e entre professores e acadêmicos. Entre as estratégias utilizadas, destaca-se o Projeto Integrador. Em consonância com o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI, 2015-2019), trata-se de uma estratégia metodológica norteada pelos princípios concebidos na estruturação do curso, tais quais a aprendizagem significativa e colaborativa, o trabalho coletivo, a educação profissional, a integração entre ensino, pesquisa e extensão, para construção do conhecimento, a discussão coletiva do processo e a integração entre os saberes, e a formação integral do cidadão. Na educação profissional, entende-se que a prática, o exercício de saberes e o aprimoramento dos valores devem orientar o trabalho dos educadores. A educação profissional é, em primeiro lugar, educação, construção do sujeito no seu contexto históricosocial, mas também é profissional, construção de um cidadão-trabalhador, consciente de seus deveres e direitos, capaz de intervir na sociedade. O contexto histórico-social é dinâmico, assim como são dinâmicas as técnicas. A educação exige o desenvolvimento da capacidade de aprender e criar na busca de soluções para os problemas técnicos e socioeconômicos do seu tempo (PDI, 2015-2019, pág. 2.6).

Chefe DEPE: Fernando José Fernandes Gonçalves; fernandojose@ifsc.edu.br; 048 32116075
Coordenador/proponente do curso: Roberto Angelo Pistorello; roberto.pistorello@ifsc.edu.br; 048 32116074

Avaliação da aprendizagem: A avaliação é parte integrante do processo de ensino e aprendizagem, para que este último se torne mais sólido, ou seja, uma aprendizagem significativa. De acordo com o PDI (2015-2019) a avaliação é um processo que necessita de metodologias que trabalhem com a diversidade, considerando as diferenças sociais, linguísticas e culturais dos alunos. A avaliação é aplicada como um instrumento de construção coletiva dos envolvidos para uma educação de qualidade. Uma avaliação consciente é diagnóstica, somativa e formativa. Ou seja, é preciso diagnosticar avanços e entraves, para intervir, agir, pois a aprendizagem não se dá de forma linear. Assim, a avaliação diagnóstica tem por objetivo obter informações sobre os conhecimentos prévios dos alunos, enquanto que na avaliação formativa, o principal objetivo é acompanhar o processo de ensino-aprendizagem. Através dela, o professor enfatiza os resultados da aprendizagem e estabelece um comparativo entre os diferentes resultados obtidos pelo mesmo aluno. Por fim, a avaliação somativa tem por objetivo realizar um diagnóstico do aluno no final de um período (semestre letivo). A avaliação diagnóstica implica avaliar o processo e não somente o produto final. A avaliação vista por esse prisma se torna impulsionadora do processo de construção do conhecimento. Assim, toma-se consciência do que o aluno aprendeu e do que não aprendeu, sendo esse novamente o ponto de partida. Desta forma o processo de recuperação do aprendizado pode, então, dar-se de maneira concomitante ao ensino, ou seja, processual (PDI, 2015-2019). A avaliação como ato diagnóstico e como processo contínuo deve ter por objetivo a inclusão, subsidiando ações que viabilizem tanto o domínio técnico como o domínio dos demais aspectos relevantes à formação do cidadão. O diagnóstico visa a apreciar atos, situações e pessoas, para então tomar decisões conscientes em relação ao que se está buscando ou construindo. Proceder por diagnóstico é oferecer condições de encontrar o caminho para obter melhores resultados na aprendizagem. (PDI, 2015-2019, pág. 2.9) A avaliação da aprendizagem no Curso de Bacharelado em Design do IFSC foi estruturada respeitando o Regimento Didático Pedagógico da Instituição. É entendida como um processo sistemático, constante e integral, com caráter diagnóstico e formativo. Entende-se que não só o discente deva ser avaliado, mas também todos os envolvidos no processo. Avaliação das componentes curriculares De acordo com a Resolução CONSUP Nº 20 de 25/06/2018 que aprova o Regulamento DidáticoPedagógico (RDP) do IFSC, em seu art.161, a avaliação da aprendizagem terá como parâmetros os princípios do PPI e o perfil do egresso do curso apresentado neste projeto pedagógico. A avaliação, portanto, compreende, o diagnóstico, a orientação e a reorientação do processo de aprendizagem visando a construção dos conhecimentos. É estimulada a prática de diversificação dos instrumentos de avaliação que deverão constar no plano de ensino do componente curricular. Devem incentivar o aluno a: pesquisa, reflexão, iniciativa, criatividade, laboralidade e cidadania. Sugere-se que o número mínimo de atividades avaliativas, por unidade curricular, por semestre, seja de 3 (três) avaliações, realizadas em tempo adequado à realidade de cada componente curricular. A avaliação de cada componente curricular segue as diretrizes institucionais constantes no Regimento Didático Pedagógico do IFSC (RDP, 2018). O resultado da avaliação da componente curricular será registrado pelo professor, no sistema acadêmico, em valores inteiros de 0 (zero) a 10 (dez), sendo que o resultado mínimo para aprovação em um componente curricular é 6 (seis). É exigida uma frequência às atividades de cada componente curricular, havendo reprovação caso o aluno não compareça, no mínimo, a 75% (setenta e cinco por cento) das aulas. É importante ressaltar que cabe ao aluno acompanhar a sua frequência às aulas no sistema acadêmico. Ao aluno que comparecer a menos de 75% (setenta e cinco por cento) da carga horária da componente curricular será atribuído o resultado 0 (zero). A avaliação será realizada, em cada componente curricular, considerando os objetivos propostos no plano de ensino. A recuperação compreenderá a realização de novas atividades pedagógicas no decorrer do período letivo, que possam promover a aprendizagem. As novas atividades ocorrerão no horário regular de aula, podendo ser criadas estratégias alternativas que atendam necessidades específicas, tais como atividades sistemáticas em horário de atendimento paralelo e estudos dirigidos, a critério do professor e da coordenação de curso. É importante ressaltar que, a decisão do resultado final, pelo professor, dependerá da análise do conjunto de avaliações, suas ponderações e as discussões do conselho de classe final. Avaliação do Projeto Integrador A avaliação dos projetos integradores acontece durante o semestre letivo, dadas as observações das atitudes no desenvolvimento das habilidades necessárias à construção das competências exigidas, realizadas pelo acompanhamento dos professores. A avaliação final soma esses quesitos nos seguintes itens de avaliação: I.capacidade de correlacionar conhecimentos:  Relação entre teoria e prática;  Tratamento interdisciplinar no projeto;  Capacidade de comunicar – escrita e oralmente – o processo;  Demonstração da concatenação entre as diferentes fases do projeto; II.contribuição para o projeto:  Nível de comprometimento com as atividades do projeto;  Satisfação dos colegas com o desempenho do integrante na equipe (avaliado em instrumento específico); III.aplicação da metodologia:  Uso adequado das ferramentas em cada etapa do processo;  Inter-relacionamento entre as ferramentas aplicadas no processo de projeto;  Elaboração do planejamento de projeto;  Gerenciamento do processo de projeto; IV.resultado da produção:  Documentação – forma, estrutura, conteúdo e redação;  Apresentação e defesa – postura, linguagem e recursos utilizados;  Modelos físicos e virtuais;  Produto final – adequação da solução às necessidades definidas. A nota final do projeto integrador será atribuída por todos os professores do grupo de unidades curriculares em co-requisito e será incluída na composição da nota da unidade curricular de Projeto Integrador. A avaliação final do projeto é realizada por meio de uma banca composta pelos professores das unidades curriculares em co-requisito, em data pré-definida antecipadamente, que irá julgar os trabalhos de acordo com os critérios apresentados.

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