Projeto Político Pedagógico

O Técnico em Mecânica será habilitado para:
- Programar, controlar e executar processos de fabricação mecânica para máquinas e equipamentos mecânicos atendendo às normas e aos padrões técnicos de qualidade, saúde, segurança e meio ambiente.
- Planejar, aplicar e controlar procedimentos de instalação, de manutenção e inspeção mecânica de máquinas e equipamentos.
- Elaborar projetos de produtos relacionados a máquinas de equipamentos mecânicos especificando materiais para construção mecânica por meio de técnicas de usinagem, soldagem e conformação mecânica.
- Realizar inspeção visual, dimensional e testes em sistemas, instrumentos e equipamentos mecânicos, pneumáticos, hidráulicos e eletromecânicos de máquinas.
- Reconhecer tecnologias inovadoras presentes no segmento visando a atender às transformações digitais na sociedade.

Para atuação como Técnico em Mecânica, são fundamentais:
- Conhecimentos e saberes relacionados aos processos de planejamento, produção e manutenção de equipamentos mecânicos de modo a assegurar a saúde e a segurança dos trabalhadores e dos usuários.
- Conhecimentos e saberes relacionados à sustentabilidade do processo produtivo, às técnicas e aos processos de produção, às normas técnicas, à liderança de equipes, à solução de problemas técnicos e trabalhistas e à gestão de conflitos.

Indústrias de alimentos e bebidas, de instrumentos médico hospitalares, têxteis, de artigos de borracha e plástico, de produtos químicos, metalmecânica, de máquinas e equipamentos, aeroespaciais, automobilística e de instrumentos de medida.

Apesar do conhecimento técnico no sistema econômico ser muito valorizado, a formação técnica de um cidadão não perpassa apenas pelo ensino da técnica, visto que a compreensão das relações entre sociedade e sistema econômico é complexa e a formação integral tornou-se uma necessidade contemporânea. Dentre os cuidados diante deste pressuposto, é necessário proporcionar ao educando reflexões sobre a relação dos conhecimentos e técnicas estudadas com questões sociais envolvidas. Deste modo, dimensões econômicas, sociais, históricas, culturais, políticas e ambientais são fundamentais para tornar significativa e completa a sua formação técnica e cidadã. Ao relacionar tais aspectos, espera-se que possa compreender a relação da técnica no seu próprio desenvolvimento, ou no desenvolvimento de um mundo do trabalho melhor. Portanto, o curso Técnico em Mecânica de Araranguá buscará desenvolver capacidades gerais, não apenas técnicas, mas que se relacionam com o que foi exposto acima, conforme listado a seguir:
● Refletir sobre as dimensões ambientais, sociais, políticas, históricas e econômicas dos conhecimentos técnicos e científicos desenvolvidos;
● Compreender a importância de normas técnicas, símbolos e padrões para a qualidade da linguagem técnica e segurança em projetos, montagens, instalações e manutenção;
● Desenvolver trabalhos e procedimentos em grupo de forma autogerida;
● Conhecer e executar processos de Fabricação de peças mecânicas através de operações de usinagem, soldagem de ajustagem;
● Participar de projetos mecânicos de máquinas, mecanismos e equipamentos;
● Propor medidas de segurança em projetos; manutenção, instalação, montagem, e desmontagem, transporte de máquinas e equipamentos mecânicos e eletromecânicos;
● Realizar e/ou planejar a manutenção, montagem e desmontagem de máquinas e equipamentos mecânicos, eletromecânicos, sistemas hidráulicos e pneumáticos;
● Desenvolver e comunicar relatórios, manuais e apresentações técnicas;
● Realizar o controle da qualidade de processos e materiais.

Metodologia e desenvolvimento pedagógico do curso:
A preocupação com a “formação integral do cidadão, sujeito consciente, com visão crítica” é parte inerente do processo de ensino aprendizagem conforme preconiza a concepção de educação do IFSC (PDI, 2020). Entretanto, criar atividades com este enfoque é um desafio para organização de um currículo na educação profissional de nível técnico. Além da preocupação com interdisciplinariedade e transdisciplinariedade existem paradigmas que ainda precisam ser quebrados para tornar um processo de formação muito menos fragmentado e mais crítico. Acredita-se que algumas atividades dentro do currículo tradicional são possíveis de serem implementadas visando chegar mais próximo da formação integral almejada. Para contemplar essas preocupações, o curso Técnico em Mecânica de Araranguá possui diferentes unidades curriculares voltadas ao desenvolvimento das competências gerais. Mas, devido aos cuidados citados acima, com as concepções pedagógicas da instituição, algumas dessas competências foram incluídas com atenção à formação integral, que são elas:

a) Refletir sobre as dimensões ambientais, sociais, políticas, históricas e econômicas dos conhecimentos técnicos e científicos desenvolvidos;
b) Compreender a importância de normas técnicas, símbolos e padrões para a qualidade da linguagem técnica e segurança em projetos, montagens, instalações e manutenção;
c) Desenvolver trabalhos e procedimentos de forma cooperativa e colaborativa. Baseado nestas competências gerais as unidades curriculares com enfoque técnico são orientadas a planejarem, no início de cada semestre, atividades que possam desenvolver concomitantemente estas capacidades. As sugestões metodológicas relacionadas a seguir são apontadas para que possam ser adotadas e adaptadas conforme experiência e motivação dos docentes coordenadores de cada unidade curricular visando contribuir com a formação: Discussões gerais sobre o conhecimento abordado na unidade curricular; Planos de ensino por projetos; Exercícios teórico contextualizados e problematizados; Relatório de práticas; Visitas técnicas guiadas; Assistir a seminários com temas transversais; Montagem de seminários em grupo.
As atividades de “montagem de seminários'' e de “relatórios de práticas” também são sugeridas para desenvolvimento da competência “Desenvolver e comunicar relatórios, manuais e apresentações técnicas”. Tal competência também pode ser desenvolvida com outras atividades como produção de manuais técnicos de máquinas. Além das possibilidades já citadas, são sugeridas também aulas práticas em laboratórios usando equipamentos da prática profissional, bancadas didáticas, aplicativos de simulação e recursos audiovisuais para desenvolver as demais competências necessárias ao técnico em mecânica.

Chefe DEPE:
Fabiana Santos Fernandes. E-mail: ensino.aru@ifsc.edu.br. Telefone do Setor: (48)3311-5059.

Contato:
Coordenação de curso. E-mail: eletromecanica.aru@ifsc.edu.br. Telefone do Setor: (48)3311-5061.

Nome do coordenador/proponente do curso:
Ariel Teixeira. E-mail: ariel.teixeira@ifsc.edu.br

A avaliação no Curso Técnico Subsequente em Mecânica será desenvolvida numa perspectiva processual, contínua e cumulativa, assumindo a função diagnóstica e formativa. Considerando que o educando é um ser criativo, autônomo, participativo, reflexivo e capaz de transformações significativas na realidade, o processo avaliativo deve propiciar a busca da (re)construção do conhecimento de forma coerente e interativa com a formação integral dos sujeitos. Sendo assim, a avaliação não pode separar-se da aprendizagem: ambas são partes constitutivas de um mesmo processo.
A avaliação não deve privilegiar a mera polarização entre o “aprovado” e o “reprovado”, desta forma, reproduzindo as exclusões vigentes na sociedade que reforçam os fracassos já vivenciados pelos educandos e corroboram a crença de que não são capazes de aprender. Ela deve proporcionar-lhes a real possibilidade de mover-se em direção a novas aprendizagens. Para tanto, a avaliação deverá ser assumida como um instrumento de compreensão do estágio de aprendizagem em que se encontra o aluno, tendo em vista tomar decisões suficientes e satisfatórias para que possa avançar no seu processo de aprendizagem (LUCKESI, 2000).
Como a proposta deste projeto é oportunizar aos educandos conceitos e práticas do cotidiano do técnico em Mecânica, a avaliação servirá como importante instrumento orientador para os educadores, principalmente, quanto a metodologias e a estratégias adotadas no desenvolvimento do processo de ensino e de aprendizagem.
Os resultados do processo de ensino-aprendizagem serão avaliados coletivamente pelos docentes no conselho de classe ao fim do semestre letivo. Os conselhos de classe servirão como mais um instrumento colaborador na verificação da aprendizagem, levando em consideração o predomínio dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos, conforme as diretrizes da LDB Lei nº 9.394/96.
Ao avaliar os educandos devem ser contemplados os seguintes aspectos:
● Adoção de procedimentos de avaliação processual e contínua;
● Prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos;
● Inclusão de atividades contextualizadas;
● Manutenção de diálogo permanente com o aluno;
● Consenso dos critérios de avaliação a serem adotados e cumprimento do estabelecido;
● Disponibilização de apoio pedagógico para aqueles educandos que têm dificuldades de
aprendizagem;
● Adoção de estratégias cognitivas e metacognitivas como aspectos a serem considerados nas
avaliações;
● Adoção de procedimentos didático-pedagógicos visando à melhoria contínua da aprendizagem;
● Discussão dos resultados obtidos pelos estudantes nas atividades desenvolvidas;

● Observação das características dos alunos, seus conhecimentos prévios integrando-os aos saberes  sistematizados do curso, consolidando o perfil do cidadão trabalhador, com vistas à (re)construção do saber escolar.

Os instrumentos de avaliação devem ser variados. Entre outros que a prática pedagógica indicar, a título de exemplo, podem ser utilizados os seguintes: observação diária dos professores, trabalhos de pesquisa individual e coletiva, testes escritos, entrevistas e arguições, execução de experimentos ou projetos, relatórios e apresentações.
A recuperação de estudos deverá compreender a realização de novas atividades pedagógicas que possam promover o desenvolvimento das habilidades. As novas atividades ocorrerão no decorrer do processo de ensino e de aprendizagem, preferencialmente, no horário regular de aula, podendo ser criadas estratégias alternativas que atendam a necessidades específicas, tais como atividades sistemáticas em
horário de atendimento paralelo, estudos dirigidos e projetos específicos. Ao final dos estudos de recuperação, os conceitos anteriormente atribuídos aos educandos deverão ser revistos pelo professor tendo em vista o predomínio dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.
O registro da avaliação observará as normas do Regulamento Didático Pedagógico (RDP- 2018) lançando mão da ferramenta institucional vigente para o registro dessas avaliações.

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