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ARTHUR DANIEL REPOLHO VALENTE SOBRAL
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Caracterização Espaço-Sazonal da Qualidade da Água na Lagoa de Ibiraquera - SC
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Orientador : EDUARDO CARGNIN FERREIRA
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Data: 21/12/2020
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Os ecossistemas costeiros sofrem constante deterioração de suas características naturais devido às fortes alterações antrópicas em regiões litorâneas, ocasionadas especialmente pela urbanização e pelo adensamento populacional. As lagunas costeiras são sistemas importantes que ligam o oceano à porção continental. A Lagoa de Ibiraquera, entre Imbituba e Garopaba, no litoral sul de Santa Catarina, sofre pela urbanização de suas margens e pelos impactos ocasionados pelo aporte populacional na região. Portanto, visou-se caracterizar as águas de referida laguna, entre julho de 2019 a junho de 2020 através, em 14 pontos amostrais, abordando aspectos como a influência de variáveis climáticas e da sazonalidade das estações e a dinâmica de abertura e fechamento da barra que a conecta ao mar. As análises dos parâmetros ph, temperatura, turbidez, D.B.O., condutividade elétrica, salinidade, oxigênio dissolvido, coliformes totais, E. coli, fósforo total, potássio, nitrogênio amoniacal, nitrito, nitrato, sílica, sulfeto, detergentes (las) e fosfato foram realizadas in situ e em laboratórios do IFSC campus Garopaba e do CISAM-Sul; a obtenção de dados de temperatura do ar e da precipitação foi feita remotamente, através do EPAGRI/CIRAM. Empregou-se estatística descritiva, correlação de Pearson, e estatística multivariada para analisar o comportamento dos mesmos. Os resultados obtidos apontaram grandes variações dos parâmetros de qualidade da água; as variáveis meteorológicas não tiveram forte influência sobre o comportamento deles; a dinâmica de abertura e fechamento da barra influenciou bastante as características da água. Concluiu-se que em períodos de barra fechada, a laguna teve maior deterioração de suas águas, especialmente quanto aos parâmetros microbiológicos coliformes totais e E. coli, que apresentaram valores alarmantes. Quanto à sazonalidade, os meses de verão apresentaram maiores valores de coliformes totais, E. coli, nitrito, nitrato, nitrogênio amoniacal e fosfato na Lagoa de Ibiraquera, justificando-se pelo elevado aumento de contingente populacional devido ao turismo na região, e, denotando assim a grande quantidade de lançamento de efluentes clandestinos no corpo hídrico. Se aplicou o índice de Qualidade de Águas Costeiras – IQAC visando sintetizar informações da qualidade da água, que a classificou como ruim. Assim, sugeriu-se um monitoramento que abranja melhor as características do complexo lagunar, bem como mais atenção quanto aos parâmetros microbiológicos que podem oferecer risco a banhistas; também se enfatizou que o entorno da laguna merece mais atenção quanto à regularização estrutural, a fim e evitar maiores prejuízos ao corpo hídrico. A dinâmica de abertura e fechamento da barra deve ser pauta na gestão da Lagoa de Ibiraquera, ponderando-se prós e contras sobre a mesma.
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EVANDRO OSCAR MAFRA
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INFLUÊNCIA DA VARIABILIDADE METEO-OCEANOGRÁFICA NO OCEANO ATLÂNTICO SUDOESTE SOBRE A PESCA INDUSTRIAL DE ESPINHEL-DE-SUPERFICIE NA CAPTURA TUBARÃO-AZUL, Prionace glauca (Linnaeus, 1758)
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Data: 17/12/2020
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A pesca com espinhel-de-superfície é uma modalidade pesqueira mundialmente utilizada em oceano aberto. O tubarão-azul Prionace glauca (Linnaeus, 1758), é uma das espécies de elasmobrânquios pelágicos mais capturadas de espinhel-de-superfície no Brasil. Essa espécie é considerada
uma das mais abundantes dentre os grandes tubarões pelágicos presentes no Oceano Atlântico. É uma espécie oceânica, altamente migratória, que apresenta distribuição global entre as latitudes de 60°N e 50°S, ocorrendo em águas tropicais e temperadas, predominantemente naquelas com temperaturas entre 12°C e 20°C. O presente estudo visa avaliar a influência da variabilidade meteoceanográfica no Oceano Atlântico Sudoeste na captura do tubarão-azul Prionace glauca (Linnaeus, 1758), capturada pela frota industrial da modalidade de espinhel-de-superfície. Para a elaboração do estudo foram analisados os dados de desembarques da frota de espinhel-de-superfície que operam na região do Atlântico Sudoeste. Os dados de captura utilizados provêm de bancos de dados abertos de dois programas de monitoramento da pesca sendo um da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, e outro do Instituto da Pesca de São Paulo. Ainda, foram utilizados dados da Fundação Centro Brasileiro de Proteção e Pesquisa das Tartarugas Marinhas - Fundação Projeto Tamar. Séries temporais de dados mensais da temperatura da superfície do mar (TSM), clorofila-a (Chl-a) foram derivadas de observações de satélite para o Atlântico Sudoeste. Examinamos a variabilidade na área oceânica entre as latitudes 20° e 38°S e longitude 28° e 60°W. Informações sobre TSM e Chl-a derivadas de dados coletados pelo sensor MODIS, do satélite AQUA da NASA. Os parâmetros ambientais foram correlacionados com a Captura por Unidade de Esforço (CPUE) do tubarão-azul. Entre os anos de 1998 a 2018 foram estudados foram capturados 9.496.451,82 kg de tubarão- azul, as maiores taxas de CPUE foram no outono e inverno. Considerando as anomalias de média da TSM, foi observado um aumento de aproximadamente 0,5 °C. Os valores de clorofila foram baixos na região oceânica variando de 0,23 mg.m 3 em 2016 a 0,15 mg.m 3 em 2009. O modelo aditivo generalizado para área de estudo explicou que 52,3% da variabilidade da CPUE do tubarão- azul, está relacionada com as variáveis testadas, somente a clorofila, que apresentou quase nula com a CPUE (R 2 =0,0009). As variáveis espaços- temporais a “latitude” (R 2 =0,1443) e “profundidade” (R 2 =0,1355) foram as mais significativas. O efeito da “TSM” na CPUE do tubarão-azul representou 3,0% no rendimento das capturas para toda área de estudo, sendo que ocorre um aumento na CPUE entre as TSM 16° e 25°C, com uma diminuição a partir dos 26°C. Apesar de alguns fatores ambientais terem apresentado relação positiva
com a CPUE, estes foram menos determinantes do que os fatores espaciais temporais e de operação da frota, que altera o funcionamento do petrecho de acordo com a espécie-alvo de interesse. O presente trabalho demonstrou a complexidade da correlação entre a distribuição do tubarão-azul e os fatores ambientais. As zonas ecologicamente mais produtivas (e.g. Convergência Subtropical) tendem a ser mais propícias para a pesca. No entanto, correlações entre a CPUE e as variáveis ambientais, apesar de positivas, nem sempre foram determinantes para as capturas.
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MONICA APARECIDA DIAS WOLF
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Ocorrência de parabenos nas águas de uma microbacia hidrográfica na cidade de Itajaí-SC
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Orientador : THIAGO PEREIRA ALVES
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Data: 17/12/2020
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Os rios são utilizados como destino final de efluentes domésticos e industriais. Muitas substâncias presentes em diversos produtos utilizados pela população não são removidas pelos tratamentos de água convencionais, podendo impactar diferentes ecossistemas. Há mais de mil compostos que integram a lista dos contaminantes emergentes, como fármacos, agrotóxicos, produtos de limpeza e hormônios. Os parabenos são compostos químicos utilizados como conservantes principalmente em produtos como cosméticos, fármacos e alimentos. Neste trabalho, foram avaliados a presença e a concentração de quatro tipos de parabenos e de parâmetros físico-químicos nas águas do rio Itajaí-Mirim, na cidade de Itajaí. Seis campanhas de coletas de amostras foram realizadas, entre os meses de maio a novembro de 2019, em três pontos específicos, além de amostras de água de abastecimento público. As amostras coletadas foram submetidas ao método de microextração líquido-líquido (LLME) e análise por cromatografia líquida de alta eficiência com detector de arranjo de diodos (HPLC-DAD). Metilparabeno foi detectado em 100% das amostras de rio e de água de abastecimento público, comprovando sua presença constante no ambiente. As concentrações variaram de 9,5 μg L -1 a 1.167,6 μg L -1 . Os demais três tipos de parabenos apresentaram concentrações 10 vezes inferior quando comparado com metilparabeno. A presença de parabenos em água de abastecimento público demonstra que o tratamento convencional não remove este contaminante da água. Verificou-se que não há influência da pluviosidade sobre a presença e concentração de parabenos no rio. Os resultados indicam que há influência antrópica sobre o rio Itajaí-Mirim, com possível descarte de efluentes urbanos em suas águas. A presença de parabenos em recursos hídricos pode promover efeitos negativos na saúde da população. Recomenda-se, portanto, o aperfeiçoamento das técnicas de tratamento das águas de abastecimento e dos efluentes, tornando-as mais eficazes na remoção de parabenos.
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CRISTIANE ROSA
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Diagnóstico do lixo marinho em períodos de baixa e alta vazão do rio Itajaí-açu e ação de educação ambiental na praia de Navegantes/SC
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Orientador : WALTER MARTIN WIDMER
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Data: 10/08/2020
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O lixo marinho é uma ameaça para os oceanos pois constitui uma grande fonte de poluição marinha, resultando em diversos impactos ambientais. Desta forma, é necessária a realização de estudos que identifiquem a composição, abundância e o comportamento desses detritos diante das variáveis meteorológicas, afim de contribuir para que ações de prevenção e mitigação sejam realizadas de forma mais efetiva. O presente estudo buscou diagnosticar o lixo marinho na faixa de areia da Praia de Navegantes/SC quanto a sua composição, abundância e quais suas possíveis fontes, assim como relacionar sua abundância com a descarga fluvial do Rio Itajaí- Açu, buscando ao final do estudo resultados que venham a contribuir para os órgãos ambientais locais definirem melhores ações de prevenção e mitigação do lixo marinho. A partir desses resultados, também foi elaborada uma coleção didático-
científica de lixo marinho como ferramenta de educação ambiental. Foram encontradas grandes quantidades de macrolixo formado por itens plásticos, em quantidade significativamente maiores no regime de alta vazão. A origem mais provável dos itens observados foi dos usuários da praia, significativamente maior no regime de alta vazão. Uma quantidade expressiva de pellets plásticos (>20/m2) foi encontrada na praia, sem distinção entre os regimes de vazão. A Coleção didático-científica de lixo marinho foi elaborada levando em conta esses resultados e entregue ao órgão gestor municipal em formato digital. No documento foram apresentadas fotos dos itens encontrados durante as coletas nos dois regimes de vazão, bem como material educativo sobre a problemática do lixo marinho
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RAFAEL ALEXANDRE DE OLIVEIRA
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Contribuições para a elaboração de um plano municipal de adaptação dos efeitos das mudanças climáticas – São Francisco do Sul/SC.
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Orientador : WALTER MARTIN WIDMER
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Data: 05/08/2020
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O presente trabalho apresenta estratégias, ações de adaptação e gerenciamento de riscos às mudanças climáticas, aplicado à cidade litorânea e insular de São Francisco Sul, localizada no norte de Santa Catarina, especificamente quanto aos eventos relacionados à processos erosivos na linha de costa e elevação do nível do mar. Foram determinados 4 pontos representativos do município, abrangendo região dos balneários (Enseada, Ubatuba e Itaguaçu), Prainha, Porto de São Francisco do Sul e o Centro Histórico, considerando sua relevância humana, socioeconômica e ambiental. A metodologia aplicada consiste na realização de vistorias, afim de diagnosticar as condições da área em estudo e a aplicação da Análise Preliminar de Perigos, classificando eventos quanto à sua severidade e frequência. Os resultados indicam que a área em estudo apresenta riscos diferenciados, sendo a Prainha e os Balneários mais vulnerável à processos erosivos; e o Centro Histórico e Porto mais suscetíveis à elevação do nível do mar, sendo necessário gerenciamento de riscos e ações de adaptação. Tais riscos interferem no dinamismo ambiental e a infraestrutura local, impactando ne economia e na qualidade de vida da população. Após avaliação da exposição face
aos eventos estudados, foram desenvolvidas estratégias e ações de minimização. Indicam-se soluções de adaptação baseada em ecossistemas, com práticas de gestão, conservação e restauração de ecossistemas essenciais, como restingas, possibilitando soluções com excelente custo-benefício. A pesquisa demonstra a viabilidade da metodologia utilizada, podendo ser aplicada posteriormente a outros pontos do território municipal, gerando contribuições para um plano municipal de adaptação às mudanças climáticas, que eventualmente poderá ser replicado à outras cidades litorâneas, contribuindo com a melhoria da qualidade de vida da população costeira
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SERGIO ROBERTO SANCHES
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SISTEMA DE TRANSMISSÃO DE DADOS METEOROLÓGICOS EM TEMPO REAL PARA CELULARES DE USUÁRIOS DE MARINAS
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Orientador : CASSIO AURELIO SUSKI
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Data: 24/04/2020
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Os praticantes de esportes aquáticos ao ar livre necessitam informações sobre os
elementos meteorológicos no local onde o praticam, porém, as informações
disponíveis na maioria das vezes não levam em consideração as especificidades do
entorno e não contemplam a situação real. O objetivo deste estudo foi desenvolver
uma estação meteorológica com transmissão de dados em tempo real, para um
aplicativo de comunicação (WhatsApp) para aparelhos de celular dos praticantes de
esportes aquáticos. A metodologia dividiu-se em três etapas: elaboração de um
protótipo de estação meteorológica com sensores de baixo custo; comparação dos
elementos meteorológicos obtidos no protótipo e na estação IFSC Campus
Florianópolis e transmissão dos elementos meteorológicos medidos pelo protótipo via
rede 4G, em tempo real. Todo o processamento dos dados e gravação em mídia
magnética foi realizado por um microcontrolador do tipo Arduino. Os testes de campo
e ajustes na fase de desenvolvimento da estação meteorológica foram realizados no
Campus Florianópolis do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de
Santa Catarina (IFSC), por meio da comparação entre os dados da estação
desenvolvida e de uma estação meteorológica portátil da marca Vaisala modelo
WXT510 e uma segunda coleta de dados de direção do vento foi realizada no
município de Bombinhas com o objetivo de analisar uma possível influência do entorno
nas variações da direção do vento. Os registros dos elementos meteorológicos da
estação desenvolvida e da estação portátil foram obtidos por meio de um datalogger
em cada estação, a cada minuto, durante um período de 47 dias, com
acompanhamento semanal. A análise dos dados foi realizada a partir de testes
estatísticos com a comparação dos dados medidos nas duas estações, obtendo-se
valores muito próximos e um alto índice de correlação entre os valores medidos. A
transmissão dos dados se deu com o desenvolvimento de um módulo de comunicação
acoplado a celular com tecnologia OTG, respondendo uma mensagem enviada pelo
usuário com as informações sobre os elementos meteorológicos. Na comparação
entre os elementos meteorológicos medidos obteve-se correlação de Spearman de
0,972; 0,929; 0,989; 0,944 e 1, respectivamente para a velocidade do vento, direção
do vento, temperatura do ar, umidade relativa do ar e pressão atmosférica, indicando
que em todos os elementos meteorológicos medidos as séries temporais são
fortemente correlacionadas. Na coleta realizada na cidade de Bombinhas obteve-se
indícios que levam a inferir uma grande influência do entorno na medição da direção
do vento. Os produtos alcançados com esse estudo foram: um protótipo de estação
meteorológica com envio de dados para celulares de usuários de marinas; o registro
de patente do protótipo no Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI) e a
submissão de artigo para publicação em revista científica.
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ALINE JULYE PEREIRA
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DINÂMICA DO FITOPLÂNCTON E AVALIAÇÃO DE CIANOTOXINAS EM TANQUES DE PISCICULTURA E SUA ASSOCIAÇÃO AS VARIÁVEIS AMBIENTAIS
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Orientador : MATHIAS ALBERTO SCHRAMM
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Data: 30/03/2020
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Um dos maiores problemas encontrados em sistemas de piscicultura é a eutrofização, processo que leva a alteração da qualidade da água. Muitas vezes estes processos combinados com o aumento da temperatura, entre outras variáveis ambientais ocasionam o aumento das florações de cianobactérias tóxicas e a frequente morte de peixes. O presente estudo teve como objetivo avaliar a dinâmica do fitoplâncton com ênfase em cianobactérias e cianotoxinas presentes em tanques de piscicultura, relacionando aos parâmetros meteorológicos e físico-químicos da água. A metodologia foi estabelecida em um plano de amostragem sazonal qualitativa e quantitativa durante o verão e inverno de 2019, totalizando 56 amostras coletadas em quatorze tanques de cultivo de Oreochromis niloticus, em sete propriedades localizadas nas cidades de Blumenau, Gaspar e Massaranduba. As amostras para análise qualitativa foram coletadas na subsuperfície, através de arrasto horizontal com rede de plâncton, preservadas em formol a 4%. As amostras para análise quantitativa foram coletas com balde através de arrastos horizontais e preservadas com Lugol acético. Exemplares de tilápia foram coletados em cada tanque para posterior avaliação da bioacumulação de cianotoxinas. Os ensaios biológicos de identificação e contagem do fitoplâncton e de identificação e quantificação de cianotoxinas em amostras de água e tecidos de Oreochromis niloticus pelo método de Cromatografia Líquida e Espectrometria de Massas (LC-MS/MS) foram realizadas no Laboratório de Pesquisa e Monitoramento de Algas Nocivas e Ficotoxinas de Itajaí (LANF). Os dados climáticos foram obtidos no Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia de Santa Catarina (CIRAM). Parâmetros físicos-químicos da água foram determinados no Freitag Laboratórios em Timbó. Os resultados das análises do fitoplâncton presentes nos tanques na estação de verão totalizaram em 57 espécies, distribuídas em oito classes taxonômicas e no inverno 59 espécies, distribuídas em nove classes taxonômicas, sendo Chlorophyceae e Bacillariophyceae as classes mais bem representadas em número de espécies no verão e inverno. Três espécies de cianobactérias foram identificadas, pertencentes as ordens Nostocales e Chroococalles. Não foi detectada presença das cianotoxinas Microcistina e suas variáveis (-LA, -LF, -LR, -LW, -LY, -RR, -WR, -YR, dm-LR), Nodularina-R, Anatoxina, h-Anatoxina e Cilidrospermopsina nas análises de Cromatografia Líquida e Espectrometria de Massas nas amostras de água e tecidos de Oreochromis niloticus nos períodos de verão e inverno.
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MARCOS CORREA BURIGO
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ANÁLISE DA BALNEABILIDADE NA REGIÃO SUL DA ILHA DE FLORIANÓPOLIS: INFLUÊNCIA DAS VARIAÇÕES CLIMÁTICAS NA GERAÇÃO DE RISCOS
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Orientador : MARCELO RENNO BRAGA
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Data: 27/03/2020
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O litoral brasileiro está suscetível a ações antrópicas, devido a grande maioria da população estar concentrada nesta área. No Brasil usualmente as cidades litorâneas possuem sistemas de esgotos ligados a interceptores oceânicos, os quais normalmente são coletores de dejetos. Esse material usualmente recebe apenas o tratamento primário (peneiramento dos sólidos), despejando no mar detritos que poluem as praias, com consequências danosas para a população usuária dessa área de lazer. O objetivo deste trabalho é estabelecer padrões de interferência das variáveis ambientais e sociais na classificação da balneabilidade do Sul da Ilha de Florianópolis, de forma a compreender como estes afetam a geração de riscos ambientais. Serão analisados 12 pontos amostrais distribuídos em nove praias durante o período de 10 anos de 2007 a 2017. Os dados de balneabilidade serão obtidos através da Fundação do Meio Ambiente (FATMA). Os dados climáticos serão obtidos através de estação meteorológica do Aeroporto Internacional Hercílio Luz. A urbanização será investigada através de dados bibliográficos. Este trabalho visa contribuir para compreensão de como os fenômenos climáticos e processos de urbanização influenciam as condições de Balneabilidade no Sul da Ilha de Santa Catarina.
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CLEUSA MATIOLA
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A AVALIAÇÃO DOS ELEMENTOS CLIMÁTICOS, SOCIOECONÔMICOS E SUA RELAÇÃO COM O Aedes aegypti NOS MUNICÍPIOS DE CHAPECÓ/SC E ITAJAÍ/SC
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Data: 18/03/2020
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A dengue tem sido um dos principais problemas de saúde pública. O mosquito Aedes aegypti é o agente transmissor da dengue, febre do zika vírus e febre chikungunya. Em Santa Catarina, ocorrências dessas doenças foram registradas nos últimos anos, assim como o aumento dos focos de A. aegypti. As variações climáticas contribuem para o aumento dos focos, as condições socioeconômicas, também influenciam. O objetivo deste estudo foi avaliar a relação dos elementos climáticos e socioeconômicos com o A. aegypti nos municípios de Chapecó/SC e Itajaí/SC, no período de 2007 a 2017. Para isso, foi realizado: a) análise dos elementos climáticos e o A. aegypti, através de modelagem estatística do número de focos, obtidos da Diretoria de Vigilância Epidemiológica, com a distribuição da precipitação, médias de temperatura mínimas e máximas, fornecidos por Modern Era retrospective-Analysis For Research and Applications (MERRA2); b) distribuição espacial da infestação, a partir da geocodificação dos endereços aonde são encontrados os focos, integrando-os aos setores censitários; e c) análise dos elementos socioeconômicos através de correlações entre os endereços geocodificados dos focos, por setores censitários, com a base de informações do censo demográfico de 2010, obtidos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Os resultados obtidos mostram, que a faixa de temperatura favorável para o desenvolvimento do vetor, para o município de Chapecó está entre temperatura média mínima de 14 °C a 19 °C e temperatura média máxima de 25 °C a 29 °C. Para Itajaí, a faixa favorável está entre temperatura média mínima de 18 °C a 23 °C e temperatura média máxima de 25 °C a 28 °C. Com relação à precipitação, para os dois municípios, sugere-se que até 5 mm, no mês que antecede o registro do foco, influencia no desenvolvimento do vetor. As variações climáticas contribuem para o aumento dos focos, principalmente quando retroagidas. O mapa da distribuição espacial da infestação, além de ser uma excelente ferramenta para estudos que levam em consideração a localização geográfica dos focos, permite visualizar que as regiões com maiores concentrações de focos estão na faixa central do perímetro urbano. Para as análises socioeconômicas, as variáveis estudadas apresentaram resultados adversos, mostrando uma pequena correlação do A. aegypti com pessoas com idade acima de 60 anos. O produto deste estudo foi uma capacitação para técnicos e gestores da Diretoria de Vigilância Epidemiológica e apresentou a metodologia utilizada neste estudo, as dificuldades de trabalho com os endereços dos focos e os resultados obtidos, sendo ferramentas que auxiliam na discussão de estratégias de prevenção, controle e combate ao mosquito.
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JUCELIO GONCALVES
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GEOPROCESSAMENTO APLICADO AO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO NA DETERMINAÇÃO DO TEMPO DE CONCENTRAÇÃO DE SUB-BACIAS HIDROGRÁFICAS COSTEIRAS EM PALHOÇA, SC
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Orientador : MARIO FRANCISCO LEAL DE QUADRO
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Data: 28/02/2020
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A zona costeira Brasileira concentra grande parte da área urbanizada do Brasil. Esta ocupação tem sido estudada ao longo do tempo devido a uma variedade de fatores que contribuem para ocorrência de eventos que podem trazer prejuízos a comunidade. Nesse sentido, este trabalho busca observar a evolução da taxa de ocupação urbana em uma área do município da Palhoça, compreendendo a sub-bacia da baía da Palhoça, que ao longo das últimas três décadas passou por uma grande expansão e avaliar sua interferência no tempo de concentração das águas superficiais sobre a mesma. Esta característica é um dos fatores que justificar a ocorrência de eventos como inundações e enchentes, além de provocar impactos ambientais. Para o desenvolvimento do trabalho serão coletados dados do regime pluviométrico da região, imagens de satélite em três diferentes datas do período de estudo e mapas temáticos de topografia, hidrografia e tipos de solo. De posse destas informações serão gerados mapas de ocupação do solo que permitirão o cálculo do tempo do tempo de concentração da bacia e a posterior analise do aumento da área urbanizada sobre os eventos citados anteriormente. Esta análise visa contribuir com o planejamento da ocupação urbana da região, permitindo principalmente aos agentes públicos ações de organização deste espaço e implantação de políticas para o bem-estar da comunidade.
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ADRIAN JAN SCRENSKI
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PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE UMA TRILHA SUBAQUÁTICA NA PRAIA DA SEPULTURA EM BOMBINHAS-SC
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Orientador : MARCELO RENNO BRAGA
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Data: 27/02/2020
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Bombinhas tem sua base de sustentação no turismo e é considerada a capital catarinense do mergulho ecológico. A prática do mergulho, assim como outras atividades turísticas sem planejamento e controle, pode trazer diversos impactos negativos ao meio ambiente. Recentemente criou-se no município a Taxa de Preservação Ambiental (TPA) como forma de arrecadação para o fomento de práticas de educação ambiental e conservação da biodiversidade. Com o objetivo de incentivar a prática do turismo sustentável e visando a mitigação de impactos ambientais no mergulho de superfície, o presente trabalho apresenta as etapas contendo o diagnóstico do perfil do usuário e a audiência pública de apresentação e discussão do projeto de implantação de uma trilha subaquática guiada na Praia da Sepultura no município de Bombinhas em Santa Catarina. O projeto visa o turismo costeiro qualificado por meio de práticas de educação ambiental com abordagem nas mudanças climáticas, voltado ao mergulho de superfície. O projeto e o resultado da audiência foram entregues ao poder público municipal, como forma de apresentar as ideias, demandas e sugestões recebidas para a trilha subaquática e para melhoria da gestão das praias e do turismo local.
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MARCOS PAULO BERRIBILLI
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CARACTERIZAÇÃO DA MORFODINÂMICA E MAPEAMENTO DAS CORRENTES DE RETORNO DAS PRAIAS DO ATALAIA E CABEÇUDAS, ITAJAÍ - SC
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Orientador : THIAGO PEREIRA ALVES
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Data: 13/02/2020
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Variações naturais do nível do mar, mudanças climáticas e ações antrópicas fazem do ambiente costeiro um local dinâmico. O entendimento dos processos costeiros que ocorrem nas praias em escala global apresenta-se cada vez mais necessário para analisar as mudanças que ocorrem na morfodinâmica associadas às variações climáticas. O presente trabalho teve como objetivo analisar a variação morfológica e sedimentologia durante as estações do ano no período de agosto de 2017 a agosto de 2018 e mapear as correntes de retorno durante a temporada de verão (2017/2018) com os respectivos acidentes por arrastamento, identificandor os locais com maiores riscos aos banhistas. 8 perfis transversais ao longo das duas praias (4 em Cabeçudas e 4 na Atalaia) foram monitoradas por levantamento topográficos com periocidade mensal, analisando o volume e largura de cada perfil e obtendo a variação sazonal em ambos. As larguras das praias das praias variam entre 32 a 115 m e o volume de 35,63m³/m a 179,62m³/m. A sedimentologia foi analisada demonstrou quea granulometria variou entre 0,22 a 0,39 mm na praia de Cabeçudas inserido na classe de areia fina a média e 0,14 a 0,20 mm na praia do Atalaia com classificação de areia fina. Com os parâmetros analisados constatou que a classificação morfodinâmica da praia de Cabeçudas foi reflectiva e da praia do Atalaia reflectiva. O mapeamento das correntes de retorno, utilizando um equipamento de DGPS identificou a incidência de 6 pontos na praia de Cabeçudas com um total de 15 ocorrências e 7 pontos de incidência com o total de 35 acidentes por arrastamento na praia do Atalaia. Conclui-se que a praia do Atalaia mais preservada e menos urbanizada se encontra mais estável com acréscimo de sedimento e, enquanto a praia de Cabeçudas com maior urbanização encontra-se mais instável e com variação entre acréscimo e perda de sedimentos. A praia do Atalaia apresenta um maior perigo aos banhistas com maiores locais de incidência de correntes e maior índice de acidentes por arrastamento.
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