Dissertações/Teses

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2024
Descrição
  • MARINA STELLA BAPTISTA
  • ANÁLISE DE VULNERABILIDADE COSTEIRA DA ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL (APA) COSTA BRAVA (BALNEÁRIO CAMBORIÚ, SC).

  • Orientador : THIAGO PEREIRA ALVES
  • Data: 26/02/2024
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  • As regiões costeiras são altamente vulneráveis a alterações climáticas, como o aumento acelerado do nível médio do mar, eventos extremos de ondas de tempestade, entre outras. O litoral catarinense equivale a 7% do litoral brasileiro e, assim como outras regiões, apresenta uma diversidade de atividades antrópicas, entre as quais se destaca o turismo. A APA Costa Brava instituída pela Lei N°9.985/2000, como Unidade de Conservação de uso sustentável, dispõe de um Plano de Manejo (2020) que se caracteriza por um diagnóstico ecológico-econômico, bem como pelos planos de gestão. A APA foi criada pela Lei N°1.985/2000, como medida compensatória em decorrência aos impactos ambientais da implantação da Avenida Rodesindo Pavan a qual dá acesso às praias agrestes de Balneário Camboriú, conhecida como Interpraias. A APA inclui as praias de Taquarinhas, Taquaras, Pinho, Estaleiro e Estaleirinho localizadas no litoral centro-norte catarinense. As praias devido a suas características naturais e regionais estão sujeitas a eventos extremos de elevação repentina do nível do mar, como o registro de um tsunami meteorológico e ressacas, cujo eventos causam perdas materiais significativas relacionadas à ocorrência. O Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas define vulnerabilidade como o grau em que um sistema está suscetível ou incapaz de lidar com os efeitos adversos das mudanças climáticas. O presente estudo visa obter mapas de vulnerabilidade de alta resolução para as praias de Taquarinhas, Taquaras, Pinho, Estaleiro e Estaleirinho, considerando diferentes cenários, a fim de se conhecer as possíveis respostas ambientais associadas aos eventos naturais extremos de forma a possibilitar um aprimoramento do manejo. Especificamente o trabalho propõe avaliar o estado da granulometria das praias para o ano de 2021; avaliar o comportamento do limite superior da praia com a vegetação nos anos de 1957; 1978, 2004, 2009 e 2021; classificar o grau de vulnerabilidade nas praias a fatores naturais e eventos extremos utilizando a metodologia de Gornitz (1991), com base em informações secundárias, como o Plano de Manejo (2020) e metodologias já aplicadas para a região. O IVC de Gornitz (1991) está pautada em sete variáveis: (1) relevo; (2) tipo de rocha; (3) geomorfologia; (4) taxa de variação relativa do nível do mar; (5) taxa de mudanças horizontais na linha; (6) amplitude de maré e (7) altura de onda. Para o cálculo do IVC geral foi feita a média aritmética entre os setores (norte, central e sul) de cada praia em estado das forçantes naturais resultaram para as praia de Taquarinhas e Taquaras em um grau de vulnerabilidade costeira “moderadas” (13,52 e 10,47), quando associadas a eventos extremos o valor sobe de grau “moderada” para “muito alta” (Taquarinhas - 30,24 e Taquaras - 23,42), já para as praias do Pinho, Estaleiro e Estaleirinho foram ambas classificada como de grau “baixo” (8,55), quando influenciadas pelos eventos extremos, são classificadas a praia do Pinho em “alta” (19,12), e as praias do Estaleiro e Estaleirinho em “moderada” (13,52). O Produto Técnico e Tecnológico (PTT) desenvolvido foi um folder explicativo de como as praias se comportam e os processos associados a esse evento de movimentação praial, o quanto suscetível esse ambiente pode estar em casos de eventos extremos que intensificam as forçantes naturais. A importância da preservação da vegetação costeira, para conter a erosão das praias voltados a educação ambiental.

2023
Descrição
  • DANIELA DE OLIVEIRA ANDRE
  • AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DE MUDAS DE BUTIA CATARINENSIS TRANSPLANTADAS EM EXTREMOS SAZONAIS NO MUNICÍPIO DE IMBITUBA/SC.

  • Orientador : THIAGO PEREIRA ALVES
  • Data: 08/12/2023
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  • O Butia catarinensis é uma espécie endêmica do litoral sul do Brasil, desenvolve-se na restinga e possui grande importância socioambiental, tem sido usada pelas populações locais do litoral de Santa Catarina para uso e sustento familiar, no entanto, encontra-se ameaçada de extinção. O transplante é uma estratégia para conservar uma espécie vegetal. O aperfeiçoamento da técnica do transplante pode trazer resultados expressivos na recuperação da espécie, além de ajudar a reposição de áreas degradadas. Neste contexto, este estudo tem como objetivo avaliar a influência das variáveis meteorológicas na fase inicial do desenvolvimento de mudas de Butia catarinensis transplantadas no município de Imbituba/SC. Foram transplantadas 60 mudas de Butia catarinensis, sendo 30 no início do inverno e as demais no início do verão e mensurados mensalmente o crescimento em diâmetro e altura da estipe. Paralelamente foram mensuradas as variáveis meteorológicas de temperatura do ar, precipitação acumulada, umidade relativa do ar e radiação solar global. Numa avaliação mais ampla, observou-se que os diâmetros médios das plantas transplantadas no inverno apresentaram um melhor desenvolvimento, enquanto que na altura não houve esta diferença. A variável meteorológica que melhor correlacionou com o desenvolvimento das espécies foi à umidade relativa, ocorrendo uma associação inversa, indicando que os períodos de limitação de crescimento coincidem com os períodos com uma maior umidade relativa, consequentemente com a menor disponibilidade de luz. Estas análises mostraram que o melhor momento para efetuar o transplante das mudas de butiás é no inverno.

     

  • EMERSON LUIS DE OLIVEIRA
  • ANÁLISE DA DINÂMICA DE DEPOSIÇÃO E EROSÃO SEDIMENTAR ASSOCIADOS A EVENTOS METEOROLÓGICOS

  • Orientador : DANIEL SAMPAIO CALEARO
  • Data: 07/11/2023
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  •       O ambiente costeiro é marcado por processos morfológicos contínuos, resultado da interação do meio com forçantes naturais e mais recentemente por ações antrópicas de forma direta ou indireta. Apesar de não generalizado, um dos principais problemas desse ambiente está relacionado com a erosão costeira, onde tornam-se necessárias obras de engenharia para proteção da linha de costa. Grandes cidades também estabeleceram-se nessas regiões, configurando novos espaços com uma sociedade cada vez mais urbanizada. Esse número elevado de habitantes em determinados locais, configuram verdadeiros desafios ao gerenciamento costeiro. O estado atual dos ambientes costeiros reflete a hidrodinâmica com participação da geologia e do conhecimento do comportamento da linha de costa em função das variáveis que nela atuam. Desta forma, é fundamental para fins de planejamento, ordenamento e mitigação dos problemas associados, estudar as características dinâmicas do litoral. A região de estudo localiza-se no litoral centro norte de Santa Catarina, uma região privilegiada em belezas naturais e com grande importância socioeconômica. O presente estudo, visa apresentar uma análise sistemática da dinâmica da faixa arenosa na praia Central de Balneário Piçarras no período de dois anos, associando a eventos meteorológicos. Para isso serão utilizadas imagens comparativas de locais pré-selecionados na linha de costa. As imagens registradas ao longo do período determinado, serão editadas para analisar o processo de deposição e erosão de forma sintetizada, relacionando com padrões atmosféricos. Serão utilizados marcadores com medidas de referência para demonstrar o balanço sedimentar em um local prédeterminado na linha de costa. Os dados observados referentes às variáveis meteorológicas, direção e velocidade do vento, temperatura e precipitação foram obtidos na Estação Meteorológica EPAGRI 1060 situada em Balneário Barra do Sul SC, associando com os campos atmosféricos e aos sistemas meteorológicos reinantes durante os períodos de observação. Para demonstrar o processo de deposição e erosão de uma praia de forma didática será confeccionado um modelo em escala reduzida para representar a movimentação dos sedimentos. Desta forma, com os resultados obtidos, o trabalho pretende contribuir para o estudo desse ambiente que demonstra-se dinâmico principalmente por sua vulnerabilidade associados à ocupação humana e a eventos meteorológicos.

  • CAIO GUERRA DE OLIVEIRA
  • REGIONALIZAÇÃO DO CLIMA EM SANTA CATARINA

  • Orientador : MARIO FRANCISCO LEAL DE QUADRO
  • Data: 31/10/2023
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  • A complexidade geográfica do Estado de Santa Catarina (SC) e a interação de diversos sistemas meteorológicos conduzem a uma multiplicidade de variações climáticas. Utilizando dados horários das estações meteorológicas automáticas (EMAs) da rede do INMET entre 2000 e 2022, este estudo elaborou climatologias espacializadas para as variáveis de precipitação e temperatura, cujos resultados são consistentes com as literaturas anteriores. A comparação dos dados das EMAs com as normais climatológicas do INMET validou sua representatividade para a Região Sul do Brasil (RSB). Adicionalmente, climatologias horárias espacializadas foram geradas para estas variáveis, proporcionando uma perspectiva mais detalhada do ciclo diurno. Em uma etapa subsequente, com a finalidade de identificar padrões climáticos regionais, dois métodos de clusterização, o agrupamento hierárquico e o k-means, foram aplicados às variáveis de precipitação, temperatura, velocidade dos ventos e umidade relativa do ar. Apesar de ambos os métodos terem sido utilizados, o agrupamento hierárquico demonstrou uma maior facilidade de uso e consistência, apresentando resultados únicos e estáveis. Por outro lado, o k-means ofereceu diferentes soluções de agrupamento. Como resultado dessa análise, seis mesorregiões distintas foram encontradas em SC. Para cada uma dessas mesorregiões, foram geradas climatologias, considerando as variações das estações do ano nos ciclos diurnos para precipitação, temperatura e umidade relativa. Adicionalmente, o ciclo diurno dos ventos foi detalhado, permitindo a identificação de comportamentos característicos, como circulação de brisa. Esses gráficos e análises oferecem uma visão mais profunda das características climáticas de cada mesorregião.

  • FABIANO DUARTE ROSA
  • ANÁLISE DOS ACIDENTES COM EMBARCAÇÕES DE PESCA E SUA RELAÇÃO COM CONDIÇÕES METEOCEANOGRÁFICAS NO LITORAL DO BRASIL.

  • Orientador : THIAGO PEREIRA ALVES
  • Data: 29/09/2023
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  • A pesca comercial está entre as atividades laborais mais perigosas do mundo. A escassez nas capturas obrigou a frota pesqueira a se deslocar para áreas mais distantes do litoral e por períodos de tempo mais longos, tornando as viagens de pesca mais suscetíveis às mudanças bruscas nas condições meteorológicas e consequentemente no estado do mar. Neste estudo foram investigados os registros históricos dos Inquéritos Administrativos e Fatos da Navegação – IAFN da Autoridade Marítima para o período de 2015 a 2020 e confrontados com os Avisos de Mau Tempo emitidos pelo Centro de Hidrografia da Marinha do Brasil para avaliar a influência das condições meteorológicas e oceanográficas, como fatores determinantes para a ocorrência dos acidentes com barcos de pesca. Os resultados indicam uma tendência de redução no número de acidentes para o período em análise. Os acidentes de maior ocorrência são os naufrágios e situação de homem ao mar. Este último apresentou a maior letalidade associada. A maior incidência no número de acidentes está relacionada com a região do 5° Distrito Naval (SC e RS), o que pode estar relacionado a maior incidência de fenômenos meteorológicos e oceanográficos adversos, como a passagem de frentes frias e ciclones extratropicais. Embarcação miúdas e de pequeno porte demonstraram uma maior susceptibilidade à influência das condições meteoceanográficas adversas como fator contribuinte para a ocorrência de determinados tipos de acidente.

  • MARCOS CESAR KOSSOSKI
  • ANÁLISE DE ÍNDICES DE RISCO DE INCÊNDIO ASSOCIADOS ÀS CONDIÇÕES CLIMÁTICAS NO ESTADO DE SANTA CATARINA

  • Orientador : MICHEL NOBRE MUZA
  • Data: 27/09/2023
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  • Os incêndios florestais têm causado enormes prejuízos ambientais e econômicos ao longo dos anos. Neste contexto, tem-se buscado encontrar relações do clima com o controle para a ocorrência dos incêndios. A atribuição de um índice de risco de incêndio baseado nas condições meteorológicas é uma maneira de trazer ferramentas para os órgãos responsáveis pela prevenção e combate aos incêndios florestais. Neste trabalho foi desenvolvida computacionalmente uma aplicação para o Estado de Santa Catarina de análise e produto tecnológico com base em 3 (três) índices de risco de incêndio: Fórmula de Monte Alegre (FMA), Fórmula de Monte Alegre Alterada (FMA+) e o Fator de Risco de Ängstrom (FRA). O período de estudo e validação foi 2010 a 2022, utilizando as variáveis: precipitação, umidade relativa do ar, velocidade do vento e temperatura do ar, com valores obtidos no Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), contemplando 23 estações meteorológicas. Esses dados foram comparados com os registros de incêndios obtidos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) para o mesmo período. Os resultados mostram diversos aspectos mesorregionais da de altas temperaturas e baixa umidade relativa contribuindo para os registros de incêndio, bem como o fato da precipitação significativa ocorrer de forma isolada em poucos dias durante o ano. Considerando que o propósito de empregar índices de risco de incêndio é para a prevenção e ação imediata quando ocorrem tais eventos, é relevante notar que tais eventos são raros, ocorrendo em aproximadamente 7% dos dias considerados. Diante disto, é apropriado focar na observação dos índices FMA e FMA+. No entanto, em situações em que os dados das estações meteorológicas não estiverem disponíveis, como a velocidade do vento, ainda é viável calcular o índice FMA. Na ausência de informações sobre a precipitação, é possível recorrer ao uso do Fator de Risco de Ängstrom. Os resultados demonstram coerentes variações interanuais da ocorrência de incêndios e suas relações com as condições atmosféricas que viabilizam a operacionalidade dos índices de detecção sobre o Estado de Santa Catarina.

  • MARCELO MANOEL DOMINGOS
  • Modelo de previsão de ocorrências de lesões provocadas por águas-vivas durante as temporadas de verão no município de Garopaba, Santa Catarina.

  • Orientador : MARCELO RENNO BRAGA
  • Data: 26/09/2023
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  • As praias arenosas são um destino comum da população para acesso ao mar e atividades sociais, no entanto existem alguns perigos aos seus usuários, sendo a interação com cnidários e suas potenciais lesões associadas, uma ameaça crescente em nível mundial, buscou-se neste esforço evidenciar as condições ambientais que influenciam no aumento dos registros dessas ocorrências durante a temporada de verão no município de Garopaba, explorando a hipotética relação entre as ocorrências de lesões provocadas por águas-vivas registradas pelo Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina, as variáveis ambientais e climáticas, utilizando modelos matemáticos. Foram Ajustados Modelos Aditivos Generalizados dos quais dois se destacaram por explicar 33,5% e 34,6% dos registros de lesões provocadas por águas-vivas, esses continham as variáveis altura da maré, temperatura da água e do ar, chuva e praias. Contudo a falta de dados que indicavam a quantidade de pessoas nas praias dificulta a estimativa da abundância de águas-vivas durante os registros.

  • CARLA CLAUDINO
  • VARIABILIDADE CLIMÁTICA E O PLANEJAMENTO URBANO: ESTUDO DE CASO DE ITAJAÍ-SC

  • Data: 06/09/2023
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  • Com o crescimento urbano, há uma tendência de aumento de temperatura em determinadas regiões devido à emissão de calor por fontes antropogênicas e ao acúmulo e reemissão de radiação pelas edificações, agravado pela falta de áreas verdes, possibilitando a formação de ilhas de calor. Deste modo, este estudo analisou a relação entre ilhas de calor e a cobertura vegetal em Itajaí - SC durante os períodos mais frio e mais quente do ano, bem como sua interação com os indicadores da população, com o objetivo de fornecer informações para o planejamento urbano. O período de estudo compreendeu os anos de 1991 a 2020, com a utilização dos dados da estação meteorológica automática A868-Itajaí e o produto da reanálise MERRA-2 para determinação dos períodos com temperatura mais elevada e temperatura mais amena em cada ano no município de Itajaí. Para os respectivos períodos, foram elaborados mapas LST com imagens dos sensores da série LANDSAT, e cálculo do NDVI, com imagens da Coleção 2 Nível 2 disponíveis no site Earth Explorer da USGS. Para os anos de 1998 e 2018, foram realizadas análises estatísticas entre as variáveis LST, NDVI, bairros, tipo de uso e cobertura da terra, altitude e trechos de massa d’água. Com a espacialização das prováveis ilhas de calor e obtenção da sua intensidade, foram avaliados os indicadores de renda e alfabetização. Resultados indicaram uma relação complexa entre fatores socioeconômicos e ambientais. A correlação negativa entre NDVI e temperatura sugeriu influência da vegetação na mitigação do calor urbano. A análise dos anos 1998 e 2018 revelou Áreas Urbanizadas como prováveis Ilhas de Calor, e áreas de Rio, Lago e Oceano, Formação Florestal e Silvicultura como prováveis Ilhas de Frescor. A altitude também influenciou a temperatura. Trechos de massa d’água apresentaram temperaturas mais baixas que o solo circundante. Foi obtido também que os dados do produto da reanálise, MERRA-2, são estatisticamente distintos dos dados observados na estação meteorológica automática A868 – Itajaí, mas estão altamente correlacionados. Como produto foi elaborada a ementa para uma disciplina sobre o tema deste estudo. Para pesquisas futuras, sugere-se análises com dados de censo mais recentes e extensão para municípios vizinhos.

  • GABRIELA LAMIM
  • IMPACTOS DA EMISSÃO DE GASES DE EFEITO ESTUFA (GEE) DO SISTEMA MODAL NA ROTA DE CARGAS PORTUÁRIAS DE SANTA CATARINA

  • Orientador : CASSIO AURELIO SUSKI
  • Data: 01/09/2023
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  • As mudanças climáticas têm se intensificado nas últimas décadas em virtude do aumento da concentração de Gases de Efeito Estufa (GEE) provenientes, principalmente, de atividades antrópicas. O setor de transporte é um dos responsáveis pelo aumento destas concentrações em virtude da queima incompleta de combustíveis fósseis na utilização dos diferentes modais, como o rodoviário e ferroviário. No entanto, a importância destes para o escoamento da produção brasileira, importação de produtos, bem como demais necessidades humanas e o desenvolvimento é evidente. Diante disso, o presente estudo analisou os impactos da emissão de GEE dos sistemas modais rodoviário e ferroviário na rota de cargas portuárias no Estado de Santa Catarina. Para tanto, foram utilizados dados de movimentação para os portos catarinenses, para os modais rodoviário e ferroviário, referente ao ano de 2020 e analisados por meio da utilização da ferramenta do Protocolo Brasileiro de Gases de Efeito Estufa - GHG Protocol, na versão 2022, bem como o modelo WRF-Chem. Por meio da ferramenta GHG Protocol foram analisados os dados base e outros cinco cenários, com diferentes incrementos que incentivam a ampliação do uso de ferroviárias como estratégia na redução de emissões. Como resultados, observou-se menores emissões de dióxido de carbono equivalente (CO2e) quando utilizado o modal ferroviário, em comparação com o rodoviário, se comparado o cenário 5 com o atual, ocorrendo uma redução de 43% nas emissões de GEE. O setor alimentar foi o que apresentou maior representatividade em todos os cenários, com emissão de 217.009,92 tCO2e no cenário atual, seguido pelo setor de máquinas, aparelhos e materiais elétricos com 60.315,08 tCO2e, de máquinas e equipamentos com 58.449,66 tCO2e e de madeira com 3.264.078,89 tCO2e. Em relação ao WRF-Chem foi possível observar a dispersão de CO2 ao longo do Estado de Santa Catarina, considerando o cenário atual. Os resultados demonstram maiores concentrações nas regiões com as rodovias mais movimentadas no estado. Tais constatações deixam claro a importância de incentivar o planejamento estratégico e investimentos para promover a intermodalidade e otimizar a eficiência logística em Santa Catarina, através da diversificação da matriz de transporte, como forma de promover a sustentabilidade e mitigação dos efeitos climáticos.

  • ELISARDO DO PRADO PORTO
  • ESTUDO DO EFEITO DOS ELEMENTOS METEOROLÓGICOS NA EFICIÊNCIA DA GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA EM CÉLULAS FOTOVOLTAICAS

  • Orientador : CASSIO AURELIO SUSKI
  • Data: 30/08/2023
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  • A produção de energia elétrica limpa, que não agride sistemas ambientais, tem sido uma das principais corridas globais dos últimos tempos. As faixas de radiação ultravioleta, enviadas através da luz solar, que podem ser captadas por células fotovoltaicas e transformam a luz em energia elétrica, tornam o sol na fonte mais promissora para suprir as necessidades elétricas dos seres humanos. O clima tem uma considerável importância na captação de energia solar, pois a eficiência de um sistema de células está relacionada diretamente com as condições climáticas locais. O presente estudo tem por objetivo analisar a influência dos elementos meteorológicos na eficiência da geração de energia fotovoltaica e seu efeito climático. A metodologia se baseia na mensuração da geração de energia elétrica por meio de células fotovoltaicas, na compilação dos elementos meteorológicos e temperatura de placa, no estudo da relação entre a geração de energia elétrica por meio de células fotovoltaicas e os demais parâmetros e no levantamento dos parâmetros para melhoria da eficiência da geração de energia limpa. Os resultados mostram uma relação entre a geração de energia elétrica por meio de células fotovoltaicas e os demais parâmetros, proporcionando uma geração média 15% mais alta em direções de vento entre 330 e 360°, bem como possibilitou uma alternativa de redução de até 5,3 % da emissão de gases de efeito estufa por meio da ampliação da geração de energia fotovoltaica e redução da geração de energia por hidrelétricas e termelétricas, que atualmente se posicionam como as maiores fontes no Brasil.

  • PEDRO CARDOSO DE SALES FILHO
  • INFLUÊNCIA DOS FLUXOS DE UMIDADE DA AMAZÔNIA NO OESTE CATARINENSE E DISPONIBILIDADE HÍDRICA NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO IRANI - SC

  • Orientador : ADRIANO VITOR
  • Data: 29/08/2023
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  • Este estudo investiga a relação entre a evapotranspiração de uma área da Bacia Amazônia, transportada através dos Jatos de Baixos Níveis (JBN), nos períodos onde a Zona de Convergência do Atlântico Sul estava inativa (NZCAS), e a precipitação na Bacia do Rio Irani, situada no estado de Santa Catarina, Sul do Brasil. Através de análises estatísticas e técnicas de detecção de padrões atmosféricos, foi examinada a relação entre estas variáveis para determinar a caracterização detalhada da bacia hidrográfica. O trabalho foi desenvolvimento de um sistema de detecção dos JBN, permitindo a identificação mais precisa e detalhada desses eventos troposféricos. Para a detecção dos JBN em diferentes níveis de pressão foi elaborado uma rotina computacional aplicada aos dados das reanálises CFSR e CFSv2, ambos do NCEP. Os dados de Precipitação foram extraídos do modelo MERGE-INPE/CPTEC. Os resultados indicaram uma relação significativa entre a evapotranspiração da região amazônica e a precipitação na Bacia do Rio Irani. Verificou-se também que o JBN desempenha um papel crucial no transporte de umidade da Amazônia para a região estudada. Durante os meses de verão, os eventos de JBN foram mais recorrentes quando a Amazônia está mais ativa em termos de convecção e formação de sistemas convectivos com a ZCAS inativa (NZCAS). Nessa condição o transporte de umidade se dá para o Paraguai, Argentina e Sul do Brasil, mas especificamente na Bacia Hidrográfica do Rio da Prata, resultando em uma maior influência na distribuição espacial e temporal da precipitação na bacia. A análise das vazões na bacia hidrográfica também revelou padrões sazonais e variações significativas ao longo do tempo.
2022
Descrição
  • AMABILLY SCHVAMBACH COSTA
  • EFEITO DA IMPLANTAÇÃO DO PLANO DE MOBILIDADE URBANA DO MUNICÍPIO DE BRUSQUE/SC NA EMISSÃO DE GASES DE EFEITO ESTUFA

  • Orientador : CASSIO AURELIO SUSKI
  • Data: 06/10/2022
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  • A mudança climática é um desafio global que demanda atividades de mitigação, tanto em nível local, como em nível internacional. O setor de transporte possui uma importante participação para o aumento das emissões de GEE, que é uma das causas das mudanças climáticas, e possui significativas emissões de CO2. A Lei da Mobilidade Urbana menciona sobre a obrigatoriedade da realização do Plano de Mobilidade Urbana - PMU para municípios com mais de vinte mil habitantes. O PMU é um documento técnico que define metas e estabelece orientações futuras, visando a melhoria da mobilidade urbana, tendo como uma das premissas o desenvolvimento sustentável das cidades. O presente trabalho teve o objetivo de analisar o potencial de redução da emissão de GEE, a partir da implantação do PMU do município de Brusque/SC, sendo que para isso foi utilizado o Programa Brasileiro GHG Protocol. Além do mais, foi determinada a influência dos GEE na variação da temperatura do município e em esfera global, até o ano de 2121 e foi elaborada uma Calculadora de Emissões de GEE para Mobilidade. Os cenários contemplaram os meios de transporte: coletivo público, motorizado individual, bicicletas e caminhadas. Como resultado obteve-se que o transporte individual corresponde ao maior quantitativo das emissões totais do setor de transporte urbano e que a aplicação dos cenários correspondeu a uma redução de aproximadamente 20% de dióxido de carbono (fóssil e equivalente), metano e óxido nitroso. Verificou-se também uma tendência de diminuição da temperatura, a partir da aplicação dos cenários propostos, sendo que utilizando o método UCAR (2022) obteve-se uma diminuição de 0,90°C e com o método Ellis (2008) obteve-se o decréscimo de 0,92°C. A elaboração da Calculadora de Emissões de GEE para Mobilidade possibilitará que os munícipes possam analisar a sua contribuição para emissões GEE para a cidade, para uma de suas atividades cotidianas, que é o transporte e podendo também verificar o quantitativo de árvores que são necessárias a ser plantadas na Mata Atlântica como forma de compensar sua emissão. Com a realização do trabalho conclui-se que a permanência da execução das ações atuais de mobilidade, sem a introdução de ações voltadas para mobilidade urbana coletiva e mais sustentável, acarretará em maiores emissões de gases poluentes à atmosfera, com consequências para o ambiente e para a população.

  • MARINA PAIOTTI DO CANTO
  • PROPOSTA DE APRIMORAMENTO DA PREVISÃO DO NÍVEL DO MAR PARA O LITORAL DE SANTA CATARINA ATRAVÉS DE FORÇANTES ATMOSFÉRICAS

  • Orientador : ADRIANO VITOR
  • Data: 30/09/2022
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  • A Região Sul do Brasil é uma área bastante influenciada por perturbações meteorológicas que provocam intensas alterações no tempo predominante e no nível do mar. As marés são variações cíclicas do nível do mar e podem ser observadas no cotidiano e previstas pelas tábuas de maré (modelo harmônico de previsão), sendo por vezes, subestimadas ou superestimadas. A ocorrência de desníveis no nível do mar observados (positivos ou negativos) são algumas das alterações naturais que podem acarretar sérias implicações para as atividades humanas na zona costeira, sendo então necessário o aprimoramento dos métodos de predição do nível do mar. A pesquisa teve como objetivo desenvolver e aplicar um modelo híbrido de predição do nível do mar considerando indiretamente variáveis meteoceanográficas (velocidade e direção do vento, componentes u’ e v’ e pressão atmosférica instantânea), através de técnica estatística de regressão não-linear múltipla por mínimos quadrados e algoritmo genético. A proposta de utilização de dados em série, das sete estações maregráficas da EPAGRI ao longo do litoral de Santa Catarina, apresentou resultados satisfatórios e pode gerar subsídios para aplicação de outras técnicas de modelagem. Os ganhos, em média, pela aplicação do modelo ficaram em torno de 51%, sendo o mais baixo de 26,22% ao sul do Estado, em Balneário Rincão, e o mais alto de 66,61% ao norte, em Itapoá. Nota-se a melhoria significativa na predição sentido sul-norte, atestando que o sistema de alimentação da estação atual com os dados das estações anteriores é válido para este tipo de estudo. O resultado também corrobora que, estes sinais que induzem os desníveis do mar em relação ao previsto, são sistemas atuantes na região e podem ser monitorados em série com certa antecedência. Espera-se que os resultados possam auxiliar no aprimoramento e na incorporação dos estudos sobre os processos costeiros em geral no Brasil, principalmente em órgãos e empresas responsáveis pelo monitoramentos destes fenômenos.

  • JAISA VEDANA
  • ESTUDO AMBIENTAL COM ÊNFASE NOS PARABENOS ENCONTRADOS EM AMBIENTES LACUSTRES DE FLORIANÓPOLIS/SC

  • Orientador : THIAGO PEREIRA ALVES
  • Data: 29/09/2022
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  • Os parabenos são conservantes químicos encontrados em produtos de higiene pessoal, fármacos e alimentícios, inseridos no meio ambiente através de atividades antropogênicas. Devido ao uso cada vez maior desses materiais, percebe-se um incremento das concentrações dessa classe de conservante no ambiente aquático. Dessa forma, foi investigada e avaliada a ocorrência de parabenos, suas relações com a urbanização e forçantes meteorológicas em dois ambientes lacustres de Florianópolis, SC. Para tanto, realizou-se cinco campanhas de coletas, distribuídas por 14 pontos de amostragem, em que foram obtidos resultados com valores baixos para OD e pH, juntamente com elevadas concentrações de nutrientes, mostrando que esses ambientes estão passando por processos de pressão antropogênica. Há indícios que o regime pluviométrico tem influência expressiva na disponibilidade hídrica, estabelece relação direta com o carreamento de nutrientes e inversa com a quantidade de parabenos disponíveis na água. A repercussão negativa foi principalmente para os pontos relativos aos canais, onde ocorreram as maiores concentrações de parabenos e valores consideráveis de nutrientes, indicando contaminação por esgoto doméstico. Em momentos de seca, os espelhos d’água apresentaram as maiores concentrações de parabenos junto dos pontos de maior aglomeração urbana, altas concentrações de nutrientes e baixos valores de OD e pH. O crescimento urbano demonstra afetar a qualidade ambiental, principalmente próximo às áreas de maior concentração populacional, caracterizando a relação entre a presença humana e a degradação imediata da qualidade ambiental.

  • RAFAELLE FRAGA DE SANTIS
  • ANÁLISE DA OCORRÊNCIA DE VÓRTICES CICLÔNICOS ASSOCIADOS À ZONA DE CONVERGÊNCIA DO ATLÂNTICO SUL

  • Orientador : MARIO FRANCISCO LEAL DE QUADRO
  • Data: 28/09/2022
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  • Desastres naturais associados aos grandes volumes de chuva acarretam em grandes perdas e danos socioeconômicos e prejuízo à sociedade. Em vista disso, o objetivo geral deste trabalho é identificar a ocorrência da formação de vórtices ciclônicos de mesoescala (VCM) durante episódios de Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) e relacionar seus impactos ao longo da zona de convergência por meio de um algoritmo computacional. As análises foram feitas dos casos de ZCAS de 1991 a 2020 com dados de reanálises do modelo numérico Climate Forescast System Reanalysis / Climate Forecast System Version 2 (CFSR / CFSv2) e analisadas as componentes zonal e meridional do vento para identificação dos vórtices e a precipitação do produto de precipitação MERGE do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climático (CPTEC). O algoritmo detectou 7.151 vórtices durante o período. Os VCMs foram detectados em maior número nos meses do início e do auge do verão e com maior frequência nos meses após o ápice do verão, com maior ocorrência no período noturno ao diurno e nos níveis mais baixos da troposfera em relação aos médios níveis. No que fiz respeito a precipitação, 85% dos VCMs tem precipitação associada a sua ocorrência e os vórtices com menos profundidades apresentaram a maior frequência entre os casos com precipitação superior a 120 mm. Quanto à distribuição espacial, VCMs associados a precipitações superiores a 30 mm em todas as profundidades tiveram diversas ocorrências próximas a vales e serras. Nos 7 estudos de caso do verão de 2021/2022 houveram casos com vórtices de profundidade superior ao máximo climatológico, VCMs localizados próximos a casos de situação de emergência e com a tendência de atuar preferencialmente na porção sul da zona de convergência. Não houve uma correlação forte entre o número de vórtices e as anomalias de ENOS.

  • THIAGO VIDAL
  • BALANÇO HIDRICO CLIMATOLÓGICO PARA O CULTIVO DE SOJA (Glicyne max sp.) NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO URUSSANGA, FRENTE AO CENÁRIO DE CLIMAS FUTUROS.

  • Orientador : MICHEL NOBRE MUZA
  • Data: 26/09/2022
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  • Observamos desde 2017 a expansão no cultivo da soja na região do extremo sul catarinense, em particular dentro da bacia hidrográfica do rio Urussanga, região de tradicional cultivo de milho, tabaco, arroz, maracujá, banana, entre outros. Objetivou-se neste trabalho, calcular e analisar o balanço hídrico do clima presente e futuro considerando o cultivo da soja nessa região. Para a análise do clima presente, foram coletados os dados das estações meteorológicas convencional e automática da EPAGRI/CIRAM/INMET, localizada em Urussanga no período (1987-2019), das seguintes variáveis climáticas: precipitação acumulada, temperaturas máxima e mínima do ar e duração do fotoperíodo. Para identificar e avaliar as causas e os efeitos das variáveis agroclimáticas foram aplicadas as técnicas estatísticas da Correlação, Correção de Viés, RMS e Média Móvel que determinaram a acuracidade dos dados coletados. Desconsiderou-se a correlação entre diferentes manejos feito pelo agricultor, a topografia, as características da cultivar de soja utilizada na semeadura. Para o clima futuro, calculou-se o balanço hídrico utilizando as informações extraídas dos modelos CanESM5 e MIROC6 utilizando as narrativas SSP370 e SSP585 para o período 2021-2040 e 2041-2060. Também foram produzidos mapas para melhor representar cada decêndio de cultivo da soja. Observou-se em vários decêndios que o balanço hídrico se torna negativo durante os meses de cultivo da soja (outubro-março), onde a evapotranspiração da cultura é maior que a precipitação. No período vegetativo (outubro e novembro) as variáveis que mais impactam o período do cultivo são, precipitação, temperaturas máximas e mínimas, radiação e fotoperíodo. Entre o final do período vegetativo e o início do reprodutivo (novembro e dezembro), as variáveis mais impactantes são a precipitação e a radiação. Como forma de validar os dados observacionais da estação meteorológica, utilizamos a técnica de reanálise (Merra2), que é a integração de dados observacionais, de sensoriamento remoto e modelo climático tratados com técnicas de assimilação de dados pré e pós processamento. A correlação entre dados observacionais e de reanálise apresentou correlação entre 0,82 e 1,00. Dessa forma, espera-se que as informações apresentadas neste trabalho sejam utilizadas por quem planeja o desenvolvimento agropecuário na região, auxiliando na tomada de decisão, procurando minimizar os riscos envolvidos na atividade agropecuária.

  • FLAVIA NAU TRAMONTE
  • DETERMINAÇÃO DA ÉPOCA DE DEFESO DO CARANGUEJO Ucides cordatus (DECAPODA, OCYPODIDAE) EM PALHOÇA/SC

  • Orientador : EDUARDO CARGNIN FERREIRA
  • Data: 21/09/2022
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  • O caranguejo U. cordatus, conhecido como Caranguejo-Uçá, é um crustáceo decápodo bentônico endêmico de estuários tropicais e subtropicais, sendo o animal símbolo dos manguezais brasileiros. Apesar da sua importância ecológica, social e econômica, seu manejo desordenado nas últimas décadas já mostrou prejuízos na abundância destes animais. Logo, ações de defeso são necessárias para garantir a preservação da espécie. Atualmente a legislação vigente no sul do país inclui a proibição de captura entre os meses de outubro e dezembro. O período reprodutivo da espécie foi estipulado por diversos autores nas épocas mais quentes do ano, em períodos em que o defeso não os protege. O período de reprodução está diretamente relacionado com a temperatura ambiental, e parâmetros climáticos são influentes em todas as fases da vida dos caranguejos. A determinação da influência da climatologia, no período reprodutivo, no município de Palhoça/SC, visa estabelecer futuramente o emprego da época de defeso adequada pela legislação. No ano de 2020, foram capturados 179 caranguejos (154 machos e 25 fêmeas). Os valores de peso e largura do cefalotórax indicaram que em Palhoça os animais são maiores e mais pesados do que nos manguezais nordestinos. A presença de fêmeas ovígeras ocorreu em janeiro, março e dezembro. A correlação de Pearson indicou influência da temperatura ambiental na presença de ovígeras (p=0,6238). A precipitação mensal em 2020 não influenciou nos valores de pH da água das galerias dos caranguejos (p=-0,1909). A influência das chuvas mensais foi inversamente mais significativa na salinidade da água das galerias (p= -0,7339) do que os valores totais em mm das 24 horas anteriores às coletas (p=-0,2904). Análises estatísticas indicaram que o ano de 2020 pode ser considerado modelo climatológico de estudo em relação à temperatura do ar, indicando que o período de defeso no município de Palhoça, de ambos os sexos, seja entre os meses de outubro a março.

  • EUNESIO CAVALCANTI DA ROCHA
  • Programa Bandeira Azul e as praias de Florianópolis: um olhar para as potencialidades da ilha

  • Orientador : ADRIANO VITOR
  • Data: 30/08/2022
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  • Na atualidade, as questões ambientais e a gestão ligada à zona costeira têm encontrado grande espaço nas discussões ligadas aos recursos naturais, com a perspectiva de incentivar o uso sustentável dos recursos provenientes desse ambiente. É notório que atividades empreendidas na indústria do turismo (como parques aquáticos, mergulho, passeios de barco) e o setor imobiliário, entre outras atividades, causam impactos ao ambiente costeiro, sendo desejável avaliá-los e propor ações de mitigação deles, pela implantação de políticas de conservação/proteção desse ambiente. Entendendo que essas mesmas atividades podem funcionar como um excelente meio de disseminação do processo de educação ambiental, verificamos que há iniciativas de sua promoção no ambiente costeiro. Nessa linha, a Foundation for Environmental Education (FFE), desenvolveu um programa de certificação internacional chamado Bandeira Azul, aplicável às praias, marinas e operadores de embarcações de turismo. Conforme as diretrizes do programa, as autoridades locais e os gestores de praia são desafiados a alcançar altos padrões de qualidade em quatro temas: qualidade da água, gestão ambiental, educação ambiental e segurança. No Brasil, o Bandeira Azul é representado pelo Instituto Ambientes em Rede (IAR), membro da FEE desde 2005. O presente trabalho apresenta resultados de uma pesquisa que contou com visitas às praias, entrevistas com usuários e levantamento de dados em sites oficiais, com o objetivo de propor uma metodologia, e indicar um ranking das praias da Ilha de Santa Catarina (Florianópolis), baseado nos critérios do programa Bandeira Azul. Os resultados desta pesquisa poderão ser utilizados, principalmente por gestores, mas também turistas e moradores.

  • ROSELI DE OLIVEIRA
  • SISTEMA DE DETECÇÃO DE FRENTES FRIAS ASSOCIADAS A EVENTOS METEOROLÓGICOS DE MÉDIO E ALTO IMPACTO NO CENTRO SUL DA AMÉRICA DO SUL

  • Orientador : MARIO FRANCISCO LEAL DE QUADRO
  • Data: 15/06/2022
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  • Os Sistemas Frontais (SFs) atuantes no sul e centro-sul da América do Sul (AS) se caracterizam como causadores de eventos de médio e alto impacto. Este trabalho objetiva avaliar os efeitos da passagem de frentes frias (FF) por estas regiões por meio de um método automatizado de detecção. Nesta região se delimitaram 10 áreas, sendo 5 litorâneas e 5 continentais. Como procedimento metodológico, desenvolveu-se um algoritmo computacional, denominado de Índice de Detecção de Frentes Frias (IFF), para detecção e caracterização das FFs por meio dos dados da reanálise do CFSR e CFSRv2, a cada 6 horas, da componente meridional do vento a 10 m e da temperatura do ar a 2 m. O IFF normalizado possibilitou avaliar a taxa de detecção e a intensidade de cada FF entre 1991 e 2020. A taxa de detecção adequou-se em 17%, considerado como o percentual mínimo do IFF que representasse a atuação de uma FF. O algoritmo, denominado de método objetivo (MOBJ), foi validado da seguinte maneira: a partir de 51 casos pré-selecionados de FFs que impactaram a região que compreende o Estado de Santa Catarina e arredores (AL4) entre 2015 e 2020, denominado de método observacional (MOBS) e pela comparação com as FFs catalogadas do Boletim Climanálise (MCLN) de 1996 a 2013. Os principais resultados mostram que: (1) o MOBJ se apresenta coerente na representação dos 51 casos e com as FFs do MCLN; (2) a climatologia de FFs apresenta uma frequência média anual em torno de 70 sistemas; na variabilidade sazonal verifica-se uma maior frequência no inverno, onde esses sistemas são mais intensos, com uma média de 20 FFs por ano; os padrões de deslocamento e intensidade mostram a diminuição de FFs conforme estas avançam em direção à latitudes menores e a maior frequência mensal de FFs ocorre entre junho e novembro. E por fim, com o modelo conceitual construído, classificou-se 4 principais trajetórias das FFs denominadas de oceânicas, litorâneas-oceânicas, continentais-litorâneas e as continentais.

  • BRUNO VIEIRA LUIZ
  • ANÁLISE DE EMISSÕES DE GASES DE EFEITO ESTUFA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DO MUNICÍPIO DE FLORIANÓPOLIS A PARTIR DA PROPOSIÇÃO DE CENÁRIOS DE VALORIZAÇÃO DE RESÍDUOS
     
  • Orientador : CASSIO AURELIO SUSKI
  • Data: 15/03/2022
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  • A gestão dos resíduos sólidos urbanos (RSU) tem relação direta com o aquecimento global, pois possibilita a redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE) oriundos da decomposição dos resíduos em sua destinação final, além do reaproveitamento dos materiais, o que permite redução da exploração de matérias primas, evitando gasto de energia e, consequentemente, geração de GEE associada aos processos de produção, minimizando desta forma, direta ou indiretamente, a emissão de gases que contribuem para o aumento do efeito estufa. Este estudo tem por objetivo analisar a emissão de GEE de RSU por meio de ferramentas de Análise de Ciclo de Vida (ACV) nos processos de valorização dos resíduos no município de Florianópolis – SC, propondo alternativas tecnológicas para a gestão dos RSU do município de Florianópolis-SC, utilizando a ACV para quantificar as emissões atuais de GEE. Os cenários contemplam a valorização dos resíduos por meio de compostagem, biodigestores anaeróbios, reciclagem, geração de energia e disposição em aterro sanitário. Foram estabelecidos 5 cenários com percentuais distintos da combinação destas tecnologias. As emissões de GEE de cada cenário foram modeladas por meio do software Waste Reduction Model (WARM). Os resíduos foram categorizados considerando a gravimetria dos RSU no município, estabelecendo um cenário base para comparação com os cenários propostos, quantificando assim a redução de GEE. A partir dos valores obtidos foi realizada a projeção do impacto das emissões na temperatura, de modo a estimar como as tecnologias propostas nos cenários influenciariam esta variável. Os resultados demonstraram os benefícios ambientais com a inclusão de novas alternativas, proporcionando aos gestores uma ferramenta que estabelece qual a configuração ambientalmente mais adequada a ser adotada em termos de redução de GEE. Observou-se que a pior opção neste sentido foi o encaminhamento ao aterro sanitário. Concluiu-se que a ordem de prioridade deve observar a separação em três frações: recicláveis, orgânicos e rejeitos, sendo que a primeira fração demonstrou ser a mais significativa. Quanto aos tratamentos, contatou-se a seguinte ordem: reciclagem, compostagem, digestão anaeróbia, incineração com geração de energia e aterro sanitário. A metodologia de AVC na gestão de RSU se apresentou como uma ferramenta eficiente, quantificando os benefícios ambientais esperados para tratamentos que buscassem a recuperação energética dos resíduos. Por fim, possibilitou a publicação dos resultados, por meio de produto tecnológico, que o município está alcançando em tempo real na página web Prefeitura Municipal de Florianópolis, demonstrando o quanto de GEE está deixando de ser emitido por meio das ações de valorização de resíduos atualmente implementadas no Município.

  • DAYANA KARINA CORREA DA SILVA
  • ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DAS MUDANÇAS NO CLIMA REGIONAL COMO FATOR DE ORDENAMENTO PARA USO E OCUPAÇÃO DO SOLO NO LICENCIAMENTO AMBIENTAL DO PARCELAMENTO DO SOLO DAS CIDADES COSTEIRAS NO CENTRO NORTE DE SANTA CATARINA

  • Orientador : MICHEL NOBRE MUZA
  • Data: 22/02/2022
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  • O presente trabalho realizou uma revisão de literatura com a legislação atual vigente em relação à matéria climática, licenciamento ambiental e planejamento urbano, apresentou a influência do clima no contexto urbano, suas perspectivas com os cenários futuros e de que maneira as ferramentas disponíveis, como banco de dados globais e modelos de superfície, podem ser utilizadas nos processos de licenciamento ambiental de grandes empreendimentos, cuja atividade seja parcelamento do solo urbano. Para isso, buscou-se a relação do uso e ocupação do solo com os dados climáticos, e foram utilizadas ferramentas de sensoriamento remoto e dados climáticos globais disponíveis na plataforma WorldClim, para os cenários futuros dos modelos CanESM5 e MIROC6, além do uso do modelo de superfície CLASS para entender a influencia do clima sobre as cidades costeiras e como devem ser considerado como fator crucial nas decisões em relação ao planejamento urbano, garantindo o desenvolvimento sustentável, com enfoque na implantação de parcelamento de solo urbano. Como produto, a proposta de resolução para avaliação de aspectos e impactos climáticos nos Estudos de Impactos Ambientais (EIA) para parcelamento do solo de grande porte, acima de 100ha, nos processos de licenciamento ambiental.

  • MARIANA MONTEIRO DOS SANTOS GANDRA
  • ANÁLISE DE CICLOGÊNESES EM ALTAS LATITUDES AUSTRAIS E SUA INFLUÊNCIA NA AMÉRICA DO SUL

  • Orientador : MARIO FRANCISCO LEAL DE QUADRO
  • Data: 14/02/2022
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  • Os ciclones extratropicais (CEs) no Hemisfério Sul (HS) são os principais responsáveis pelo balanço meridional de calor e umidade entre as baixas e altas latitudes, por isso eles recebem um papel de destaque no clima deste hemisfério. Geralmente os CEs se deslocam para leste ou sudeste, contudo, o transporte de massas não se dá exclusivamente a partir das baixas para altas latitudes, podendo ocorrer também a partir da direção oposta, devido ao cinturão de baixa pressão ao redor da Antártica. Esta pesquisa apresenta uma análise sobre as trajetórias de ciclones formados em altas latitudes, identificados a partir de um método objetivo e automático de detecção. Esta pesquisa é relacionada ao projeto AnTarctic Modeling Observation System (ATMOS), liderado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). O ATMOS consiste no estudo da interação gelo marinho-oceano-atmosfera-ondas no setor Atlântico do Oceano Austral e sua relação com o clima da América do Sul. A metodologia escolhida foi o rastreamento automático dos ciclones utilizando o software “TRACK” e dados de reanálises dos modelos CFSR/CFSv2 para o período de 1982 e 2019. Foi encontrado que os ciclones extratropicais se deslocam para norte/nordeste principalmente durante os meses de inverno e o maior deslocamento anômalo de toda a série temporal aconteceu durante atuação da fase positiva do El Niño Oscilação Sul. Este ciclone em particular foi associado a ressacas e aumento da altura de ondas entre o litoral do Rio Grande do Sul e de Santos. Fatores como variabilidade do gelo marinho antártico e atuação da fase positiva da Oscilação Antártica. Os resultados encontrados reforçam as teleconexões existentes entre o Pacífico tropical e o Atlântico e entre as altas e médias latitudes. As sub-regiões ciclogenéticas levantadas neste estudo podem ser de relevante influência no clima de ondas que atinge a costa brasileira, mesmo que a trajetória do ciclone tenha seguido o padrão de escoamento de leste/sudeste. Este trabalho desenvolveu dois produtos técnico e tecnológicos (PTT), um sistema computacional que executa o sistema TRACK e um relatório técnico destacando as condições sinóticas de ocorrência do evento extremo na região litorânea do sul do Brasil entre os dias 11 e 14 de junho de 2016.

2021
Descrição
  • ALINE PEREIRA GOMES MASTERS
  • DIAGNÓSTICO DOS CONTROLES DE EMISSÕES DE GASES EM
    ATERROS SANITÁRIOS LICENCIADOS NO ESTADO DE SANTA CATARINA A PARTIR DA ANÁLISE
    DE LICENÇAS AMBIENTAIS

  • Orientador : MARCELO RENNO BRAGA
  • Data: 24/09/2021
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  • A disposição final de resíduos em aterros sanitários gera gases do efeito estufa (GEE), principalmente o gás metano, através da decomposição da matéria orgânica. Para elaborar um diagnóstico da emissão de gases em aterros sanitários no estado de SC, foi necessário realizar o levantamento dos processos de licenciamento ambiental do IMA (Instituto de Meio Ambiente do Estado de Santa Catarina) através do Sinfat (Sistema de Informações Ambientais utilizado no IMA). Foram identificados e analisados os controles e programas ambientais referentes a emissão de GEE das Licenças. Foi observado a falta de padronização de conteúdos mínimos que devem ser descritos em cada tópico da licença ambiental, principalmente nos tópicos de controles e programas ambientais. Sobre o aproveitamento da geração de biogás nos aterros sanitários licenciados em Santa Catarina, dos 28 aterros licenciados, em apenas 2 aterros, existe unidade de produção de gás e biogás com aproveitamento energético. Foi recomendado ao IMA exigir no Termo de referência de EIA (Estudo de Impacto Ambiental), em aterros porte G, o uso do biogás e monitoramento das emissões fugitivas, para aterros novos e ampliações dos aterros existentes. Também foi realizada proposta de atualização de alguns itens da IN-02 (Instrução Normativa) do IMA, para aterros porte P e M, incluindo a solicitação de estudo de viabilidade técnica e econômica para uso do metano, em aterros novos e ampliações dos aterros existentes.

  • KARINA FARINA
  • AVALIAÇÃO TEMPORAL E ESPACIAL DE REMANESCENTES DE MATA
    ATLÂNTICA EM GOVERNADOR CELSO RAMOS SC

  • Orientador : MARCELO RENNO BRAGA
  • Data: 23/09/2021
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  • O município de Governador Celso Ramos está localizado no litoral de Santa Catarina, no sul do Brasil, dentro do bioma Mata Atlântica. A Mata Atlântica, apesar de ser considerada um hotspot mundial, continua sofrendo impactos antrópicos, como desmatamento e fragmentação, sendo essencial a criação de políticas públicas para preservação dessas áreas. O sensoriamento remoto é uma ferramenta de baixo custo, que auxilia tanto na análise espacial, como o mapeamento desses remanescentes, quanto na análise temporal, utilizando índices d e vegetação para estudar a dinâmica sazonal. Assim, o objetivo desse estudo foi avaliar a situação dos
    remanescentes de Mata Atlântica no município de Governador Celso Ramos, além da influência climática nos mesmos, a fim de iniciar base teórica para elabo ração do Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica. Para avaliar a sazonalidade, foram utilizadas imagens do satélite Sentinel 2 no período de abril de
    2016 a março de 2021. Calcularam se os índices de vegetação NDVI e EVI2 para amostr as de restinga e de diferentes tamanhos de remanescentes de Floresta Ombrófila Densa. A partir do teste Kruskal wallis foi possível identificar a existência de sazonalidade (p<0,05), com os índices mais altos no verão e mais baixos no
    inverno, sendo que o EVI2 se mostrou superior para a identificação da sazonalidade. Utilizando o teste de correlação de Spearman, constatou se que há uma correlação dos índices com a temperatura e a precipitação acumulada (p<0,05). Entretanto, os remanescentes pequenos foram o s que obtiveram os resultados mais fracos
    estatisticamente tanto para correlação quanto para sazonalidade, provavelmente devido ao efeito de borda que estão sujeitos, tornando os menos estáveis. Já a avaliação espacial foi realizada a partir da elaboração de um Mapa de Uso e Ocupação do Solo, utilizando uma imagem de agosto/2020 do Sentinel 2. A classificação foi realizada pelo algoritmo Random Forest , utilizando nove classes, e sendo validado por matriz de confusão (Acurácia Geral 93,5%, índice Kappa 0,89 97). Também se realizou a modelagem ambiental Habitat Quality , pela ferramenta InVEST, a qual identificou níveis de degradação e permitiu mapear áreas prioritárias para restauração e conservação do bioma Mata Atlântica. Esses dados possibilitarão a elabora ção e implementação do Plano Municipal de Conservação e Restauração da Mata Atlântica no município de Governador Celso Ramos.

  • VINICIUS PAIVA GONCALVES
  • UTILIZAÇÃO DE SENSORIAMENTO REMOTO PARA MAPEAMENTO DE ÁREAS INVADIDAS POR Pinus sp. EM AMBIENTES DE RESTINGA: Uma abordagem utilizando a série histórica do projeto MapBiomas e o método GEOBIA para classificação de imagens captadas por RPAS (drone).
  • Data: 26/08/2021
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  • Espécies exóticas invasoras (EEI) em ambientes naturais são consideradas uma das
    grandes causas de redução da biodiversidade global. No sul do Brasil, um dos mais
    disseminados é o gênero Pinus, cuja dispersão anemocórica possibilita a
    colonização espontânea de ambientes distantes das matrizes. Além disso, a
    distribuição antrópica, muito impulsionada pela silvicultura, fez com que fontes
    dispersoras chegassem a ecossistemas sensíveis e inaptos ao cultivo, como é o
    caso das restingas da Ilha de Santa Catarina. Algumas iniciativas buscam contribuir
    na reversão dessa tendência, já com excelentes resultados demonstrando que
    persistência é fundamental. Portanto, para controlar o avanço da espécie sobre
    áreas naturais, mais esforços são necessários para colaborar com tais iniciativas.
    Nesse sentido, a aplicação de métodos de sensoriamento remoto que permitam
    acompanhar a evolução nas áreas invadidas, ou mesmo o monitoramento daquelas
    que já foram manejadas, apresenta-se promissora. Em função disso, foi proposta a
    utilização de metodologias compostas por técnicas de sensoriamento remoto, em
    diferentes escalas, com objetivo de realizar a detecção da ocorrência de
    contaminações por Pinus sp. em paisagens naturais, como subsídio ao
    planejamento das ações de controle em escala mais abrangente. Para trabalhos em
    escala local, foi proposta a utilização de RPAS (drones) para identificar as áreas de
    invasão mais recentes, em maior resolução, onde o manejo é mais simples, efetivo e
    menos oneroso. Como resultados demonstrou-se a possibilidade de utilização de
    séries históricas computadas a partir de produtos de sensoriamento remoto
    disponíveis, e a implementação de técnicas de aprendizagem de máquina (machine
    learning) para execução de classificação orientada a objetos (GEOBIA) em produtos
    cartográficos gerados a partir de câmera RGB convencional embarcada em RPAS. O
    trabalho foi executado a partir de softwares de código aberto para que a metodologia
    possa contribuir, sem custos adicionais, com atividades de controle ambiental.

  • BRUNA COSTA
  • OS CENÁRIOS COSTEIROS E A DISTRIBUIÇÃO DO MACROLIXO PRAIAL EM GOVERNADOR CELSO RAMOS/ SC. DO PROBLEMA À UMA FERRAMENTA EDUCACIONAL: COLEÇÃO DIDÁTICO-CIENTÍFICA

  • Orientador : WALTER MARTIN WIDMER
  • Data: 24/08/2021
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  • A zona costeira brasileira é reconhecida como Patrimônio Nacional, devido aos seus ecossistemas, recursos naturais e econômicos, assim como pela sua beleza singular. Todavia, os ecossistemas litorâneos estão sofrendo diversos impactos antropogênicos. Os cenários costeiros são um dos principais propulsores do desenvolvimento turístico. Porém, o macrolixo praial afeta negativamente o ecossistema e a sua beleza cênica. Com a crescente procura por praias conservadas, aliada a escassez desses ambientes, há necessidade de se estudar o lixo no mar, identificando a sua origem mais provável e desenvolver atividades de educação ambiental para preservar a qualidade desses cenários, auxiliando na alocação mais assertiva dos esforços de gestão costeira. Esta pesquisa objetivou (i) caracterizar os cenários costeiros de dez praias arenosas, avaliando sua variação sazonal entre inverno e verão. Como o lixo no mar é um problema universal e pode afetar os cenários, este estudo também (ii) testou hipóteses relativas à variabilidade sazonal e a origem mais provável do macrolixo praial através de uma amostragem com replicação espacial e temporal, cujo monitoramento gerou (iii) uma coleção didático-científica de referência de lixo no mar. Esses trabalhos foram realizados no município de Governador Celso Ramos – Brasil, no litoral central de Santa Catarina. Os cenários costeiros foram avaliados por metodologia já testada em diversas praias do mundo, consistindo na avaliação de 26 parâmetros, naturais e antrópicos. Os melhores cenários costeiros foram encontrados em praias pouco frequentadas e de baixa ocupação urbana, enquanto que os cenários de áreas mais populosas foram classificados como pouco atraentes e a classificação dos cenários não variou sazonalmente. O macrolixo foi monitorado usando método utilizado pelo Programa de Detritos Marinhos do Governo dos Estados Unidos. Verificou-se que a variação sazonal na densidade do macrolixo não foi fator consistente entre as praias estudadas. Itens associados à pesca foram mais presentes no inverno, enquanto itens associados ao usuário da praia foram mais presentes no verão. Como um instrumento de educação ambiental, parte dos itens monitorados foram usados para montar e operacionalizar uma coleção didático-científica de referência de lixo no mar, viabilizando uma ferramenta dinâmica de divulgação científica e de sensibilização ambiental no formato presencial e virtual. Por fim, foi elaborado um sumário executivo para a municipalidade. Esses resultados fornecem uma base científica para o gerenciamento costeiro e poderão auxiliar a municipalidade a melhor direcionar suas ações para a preservação e na sustentabilidade dos cenários costeiros e nas ações de educação ambiental visando o combate ao lixo no mar.

  • JOAO PAULO GAYA
  • UTILIZAÇÃO DE VEÍCULO AÉREO NÃO TRIPULADO NO MONITORAMENTO DA
    DINÂMICA SEDIMENTAR DE PRAIAS: ESTUDO DE CASO PRAIA DE

    NAVEGANTES (SC)

  • Orientador : THIAGO PEREIRA ALVES
  • Data: 06/08/2021
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  • Veículos aéreos não tripulados (VANT), conhecidos por drones, têm sido utilizados
    em diversos setores, como segurança pública, fiscalização ambiental, agricultura e no
    monitoramento ambiental. Neste trabalho, o monitoramento da dinâmica sedimentar
    de duas porções distintas da Praia de Navegantes (SC), foi realizado entre os meses
    de abril e julho de 2019 com a utilização de um VANT tipo quadrirotor, equipado com
    uma câmera com sensor de 20 megapixels de 1 polegada. Foram realizados seis
    sobrevoos em cada um dos locais estudados. A aerofotogrametria desses locais foi
    realizada a uma altura pré-definida de 100 metros, tendo sido registrada por meio de
    memorial de processamento com a sobreposição lateral de 65% e frontal de 75% entre
    as imagens obtidas. As imagens de cada levantamento foram tratadas no software
    Agisoft PhotoScan. Foram geradas ortofotos georreferenciadas, imagens 3D com
    geração de curvas de nível com intervalos de 0,25 m, o que possibilitou calcular os
    volumes de sedimentos erodidos ou acrescidos. Os resultados demonstraram que
    ambos os locais estudados estão suscetíveis tanto aos processos de acreção quanto
    de erosão provocados pelas ressacas. A média de sedimentos estimada na região
    Norte foi de 6.032,02 m3 dentro da área de 46.297 m2 utilizada para o estudo, com
    uma acreção média de 227,52 m3, enquanto na região Sul a média de sedimentos
    estimada foi de 76.032,95 m3 dentro da área de 73.408 m2, com uma erosão média
    de 2.239,68 m3. Em termos proporcionais, o volume de sedimentos na região Sul é
    7,92 vezes superior à região Norte. A região Norte apresenta sérios problemas de
    erosão praial com redução drástica da faixa de restinga. Contrastando com a região
    Sul, que possui uma faixa de restinga bem desenvolvida, resultado de um processo
    de recuperação ambiental iniciado há 10 anos. A utilização do drone demonstrou
    grande eficácia no monitoramento do processo de dinâmica sedimentar em ambientes
    costeiros e a metodologia utilizada foi desenvolvida de modo que possa ser aplicada
    e operacionalizada pelas administrações municipais e estaduais.

  • VIVIANE TRANKER
  • O FITOPLÂNCTON NO ENTORNO DA RESERVA BIOLÓGICA MARINHA
    DO ARVOREDO E ÁREAS ADJACENTES, SANTA CATARINA.

  • Orientador : MATHIAS ALBERTO SCHRAMM
  • Data: 30/03/2021
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  • A Reserva Marinha do Arvoredo e seu entorno, encontra-se em uma porção rasa,
    costeira do litoral de Santa Catarina. O Entorno da reserva é uma área de extrema
    importância ecológica devido ao efeito de transbordamento de adultos ou de
    dispersão de larvas de diferentes organismos, que contribui com a produção
    pesqueira regional. Desta forma, a transferência de energia baseia-se diretamente
    na produtividade primária do fitoplâncton. O presente estudo objetivou investigar a
    distribuição e composição da comunidade fitoplanctônica no entorno da Reserva
    Biológica Marinha do Arvoredo (REBIO Arvoredo) no verão e inverno dos anos de
    2014, 2015 e 2016. O estudo pretende responder sobre a distribuição e composição
    em situações distintas: estações costeiras e mais afastadas da costa. Para tanto
    amostras da água foram coletadas ao longo de 06 pontos amostrais, em superfície,
    camada intermediária e fundo, com auxilio de garrafa Van Dorn, acondicionada em
    garrafas de 250 ml e fixado com solução de formaldeído 4%. Dados secundários dos
    parâmetros físicos- químicos da água foram cedidos pelo projeto MAArE para
    correlacionar com a distribuição do fitoplâncton. A densidade celular estimada em
    cél/L através do método tradicional de Utermöhl. Foi calculada a frequência de
    ocorrência entre os táxons. Os padrões ecológicos do fitoplâncton foram explorados
    a partir dos índices de diversidade e equitabilidade, análise de similaridade de
    cluster e análise de redundância cônica (RDA). A composição da comunidade incluiu
    um total de 156 táxons distintos, abrangendo diferentes Classes: Diatomáceas
    (52%), Dinoflagelados (42%), Cianobactérias (2%), Euglenofíceas, Silicoflagelados,
    Ebria e nanoplâncton<20μm (1%). A estrutura fitoplânctonica apresentou
    características típicas de uma região subtropical. Diatomáceas (Thalassiosira spp.)
    foram dominantes na maioria das amostras, mas destaca-se a importância de
    dinoflagelados (dinoflagelado atecado) em toda coluna da água no inverno de 2016
    e na superfície dos verões de 2014 e 2015. Já o nanoplâncton foi importante no
    verão de 2015. As maiores densidades foram registradas no verão, em superfície e
    nas estações costeiras. Altas densidade de Haslea sp., nanoplâncton e
    Thalassiosira spp. contribuíram para os baixos índices de diversidade e
    equitabilidade nas estações costeiras. A comunidade fitoplanctônica tem alta

    variabilidade sazonal e interanual devido ao dinamismo das condições meteo-
    oceangráficas regionais.

  • MONALISA STEIL
  • Estudo do impacto da ZCAS oceânica sobre a baixa troposfera e o ambiente marinho do
    Oceano Atlântico Sul

  • Orientador : MARIO FRANCISCO LEAL DE QUADRO
  • Data: 30/03/2021
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  • Este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de analisar a interação entre a atmosfera e o
    oceano antes, durante e depois do período de atividade da Zona de Convergência do Atlântico
    Sul (ZCAS) oceânica. Nesse sentido, um episódio foi escolhido para objeto de estudo, onde
    foram estudadas as variações físicas deste ambiente através de análise observacional e
    também de dois experimentos de modelagem numérica com o oceano passivo (apenas do
    modelo atmosférico e TSM prescrita) e com oceano ativo (acoplamento entre modelos
    oceânico e atmosférico). Estudar as variações de temperatura da superfície do mar da ZCAS e
    adjacências é indispensável para compreender os impactos deste sistema no ambiente
    marinho. Os resultados constataram que a TSM abaixo das ZCAS esteve, em média, com uma
    temperatura anômala de 2 oC durante e após a atuação da ZCAS. Este padrão indica que a
    presença da nebulosidade e chuvas contribuem para o resfriamento (aquecimento) da água do
    mar na região da ZCAS oceânica (na vizinhança ZCAS oceânica). As simulações numéricas
    detectam o padrão de nebulosidade associado ao sistema, subestimando o padrão de radiação
    de onda longa emergente e precipitação na região oceânica. Além disso, o modelo acoplado
    tende a apresentar uma TSM mais resfriada (aquecida) no pós ZCAS (pré ZCAS) e ventos na
    baixa troposfera com maior intensidade, amplificando a confluência de ventos ao longo da
    região oceânica da ZCAS, assim como a presença de um vórtice de mesoescala centrado
    entre 30S-35S e 40W-45W. O mapeamento mensal da TSM no período de ZCAS é
    importantante para gestores de embarcações pesqueiras no Oceano Atlântico Subtropical,
    porque a ocorrência de ZCAS oceânica tem apontado anomalias de TSM não somente sobre a
    área de atuação do fenômeno, mas existe uma sinalização que o distúrbio segue sua trajetória
    ampliando-se com o transporte das massas de água.

2020
Descrição
  • ARTHUR DANIEL REPOLHO VALENTE SOBRAL
  • Caracterização Espaço-Sazonal da Qualidade da Água na Lagoa de Ibiraquera - SC

  • Orientador : EDUARDO CARGNIN FERREIRA
  • Data: 21/12/2020
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  •  Os ecossistemas costeiros sofrem constante deterioração de suas características naturais devido às fortes alterações antrópicas em regiões litorâneas, ocasionadas especialmente pela urbanização e pelo adensamento populacional. As lagunas costeiras são sistemas importantes que ligam o oceano à porção continental. A Lagoa de Ibiraquera, entre Imbituba e Garopaba, no litoral sul de Santa Catarina, sofre pela urbanização de suas margens e pelos impactos ocasionados pelo aporte populacional na região. Portanto, visou-se caracterizar as águas de referida laguna, entre julho de 2019 a junho de 2020 através, em 14 pontos amostrais, abordando aspectos como a influência de variáveis climáticas e da sazonalidade das estações e a dinâmica de abertura e fechamento da barra que a conecta ao mar. As análises dos parâmetros ph, temperatura, turbidez, D.B.O., condutividade elétrica, salinidade, oxigênio dissolvido, coliformes totais, E. coli, fósforo total, potássio, nitrogênio amoniacal, nitrito, nitrato, sílica, sulfeto, detergentes (las) e fosfato foram realizadas in situ e em laboratórios do IFSC campus Garopaba e do CISAM-Sul; a obtenção de dados de temperatura do ar e da precipitação foi feita remotamente, através do EPAGRI/CIRAM. Empregou-se estatística descritiva, correlação de Pearson, e estatística multivariada para analisar o comportamento dos mesmos. Os resultados obtidos apontaram grandes variações dos parâmetros de qualidade da água; as variáveis meteorológicas não tiveram forte influência sobre o comportamento deles; a dinâmica de abertura e fechamento da barra influenciou bastante as características da água. Concluiu-se que em períodos de barra fechada, a laguna teve maior deterioração de suas águas, especialmente quanto aos parâmetros microbiológicos coliformes totais e E. coli, que apresentaram valores alarmantes. Quanto à sazonalidade, os meses de verão apresentaram maiores valores de coliformes totais, E. coli, nitrito, nitrato, nitrogênio amoniacal e fosfato na Lagoa de Ibiraquera, justificando-se pelo elevado aumento de contingente populacional devido ao turismo na região, e, denotando assim a grande quantidade de lançamento de efluentes clandestinos no corpo hídrico. Se aplicou o índice de Qualidade de Águas Costeiras – IQAC visando sintetizar informações da qualidade da água, que a classificou como ruim. Assim, sugeriu-se um monitoramento que abranja melhor as características do complexo lagunar, bem como mais atenção quanto aos parâmetros microbiológicos que podem oferecer risco a banhistas; também se enfatizou que o entorno da laguna merece mais atenção quanto à regularização estrutural, a fim e evitar maiores prejuízos ao corpo hídrico. A dinâmica de abertura e fechamento da barra deve ser pauta na gestão da Lagoa de Ibiraquera, ponderando-se prós e contras sobre a mesma.

  • EVANDRO OSCAR MAFRA
  •  INFLUÊNCIA DA VARIABILIDADE METEO-OCEANOGRÁFICA NO OCEANO ATLÂNTICO SUDOESTE SOBRE A PESCA INDUSTRIAL DE ESPINHEL-DE-SUPERFICIE NA CAPTURA TUBARÃO-AZUL, Prionace glauca (Linnaeus, 1758) 

  • Data: 17/12/2020
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  •  

    A pesca com espinhel-de-superfície é uma modalidade pesqueira
    mundialmente utilizada em oceano aberto. O tubarão-azul Prionace glauca
    (Linnaeus, 1758), é uma das espécies de elasmobrânquios pelágicos mais
    capturadas de espinhel-de-superfície no Brasil. Essa espécie é considerada

    uma das mais abundantes dentre os grandes tubarões pelágicos presentes no
    Oceano Atlântico. É uma espécie oceânica, altamente migratória, que
    apresenta distribuição global entre as latitudes de 60°N e 50°S, ocorrendo em
    águas tropicais e temperadas, predominantemente naquelas com temperaturas
    entre 12°C e 20°C. O presente estudo visa avaliar a influência da variabilidade
    meteoceanográfica no Oceano Atlântico Sudoeste na captura do tubarão-azul
    Prionace glauca (Linnaeus, 1758), capturada pela frota industrial da
    modalidade de espinhel-de-superfície. Para a elaboração do estudo foram
    analisados os dados de desembarques da frota de espinhel-de-superfície que
    operam na região do Atlântico Sudoeste. Os dados de captura utilizados
    provêm de bancos de dados abertos de dois programas de monitoramento da
    pesca sendo um da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, e outro do
    Instituto da Pesca de São Paulo. Ainda, foram utilizados dados da Fundação
    Centro Brasileiro de Proteção e Pesquisa das Tartarugas Marinhas - Fundação
    Projeto Tamar. Séries temporais de dados mensais da temperatura da
    superfície do mar (TSM), clorofila-a (Chl-a) foram derivadas de observações de
    satélite para o Atlântico Sudoeste. Examinamos a variabilidade na área
    oceânica entre as latitudes 20° e 38°S e longitude 28° e 60°W. Informações
    sobre TSM e Chl-a derivadas de dados coletados pelo sensor MODIS, do
    satélite AQUA da NASA. Os parâmetros ambientais foram correlacionados com
    a Captura por Unidade de Esforço (CPUE) do tubarão-azul. Entre os anos de
    1998 a 2018 foram estudados foram capturados 9.496.451,82 kg de tubarão-
    azul, as maiores taxas de CPUE foram no outono e inverno. Considerando as
    anomalias de média da TSM, foi observado um aumento de aproximadamente
    0,5 °C. Os valores de clorofila foram baixos na região oceânica variando de
    0,23 mg.m 3 em 2016 a 0,15 mg.m 3 em 2009. O modelo aditivo generalizado
    para área de estudo explicou que 52,3% da variabilidade da CPUE do tubarão-
    azul, está relacionada com as variáveis testadas, somente a clorofila, que
    apresentou quase nula com a CPUE (R 2 =0,0009). As variáveis espaços-
    temporais a “latitude” (R 2 =0,1443) e “profundidade” (R 2 =0,1355) foram as mais
    significativas. O efeito da “TSM” na CPUE do tubarão-azul representou 3,0% no
    rendimento das capturas para toda área de estudo, sendo que ocorre um
    aumento na CPUE entre as TSM 16° e 25°C, com uma diminuição a partir dos
    26°C. Apesar de alguns fatores ambientais terem apresentado relação positiva

    com a CPUE, estes foram menos determinantes do que os fatores espaciais
    temporais e de operação da frota, que altera o funcionamento do petrecho de
    acordo com a espécie-alvo de interesse. O presente trabalho demonstrou a
    complexidade da correlação entre a distribuição do tubarão-azul e os fatores
    ambientais. As zonas ecologicamente mais produtivas (e.g. Convergência
    Subtropical) tendem a ser mais propícias para a pesca. No entanto, correlações
    entre a CPUE e as variáveis ambientais, apesar de positivas, nem sempre
    foram determinantes para as capturas.

     

  • MONICA APARECIDA DIAS WOLF
  • Ocorrência de parabenos nas águas de uma microbacia hidrográfica na cidade de Itajaí-SC

  • Orientador : THIAGO PEREIRA ALVES
  • Data: 17/12/2020
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  • Os rios são utilizados como destino final de efluentes domésticos e industriais.
    Muitas substâncias presentes em diversos produtos utilizados pela população não
    são removidas pelos tratamentos de água convencionais, podendo impactar
    diferentes ecossistemas. Há mais de mil compostos que integram a lista dos
    contaminantes emergentes, como fármacos, agrotóxicos, produtos de limpeza e
    hormônios. Os parabenos são compostos químicos utilizados como conservantes
    principalmente em produtos como cosméticos, fármacos e alimentos. Neste trabalho,
    foram avaliados a presença e a concentração de quatro tipos de parabenos e de
    parâmetros físico-químicos nas águas do rio Itajaí-Mirim, na cidade de Itajaí. Seis
    campanhas de coletas de amostras foram realizadas, entre os meses de maio a
    novembro de 2019, em três pontos específicos, além de amostras de água de
    abastecimento público. As amostras coletadas foram submetidas ao método de
    microextração líquido-líquido (LLME) e análise por cromatografia líquida de alta
    eficiência com detector de arranjo de diodos (HPLC-DAD). Metilparabeno foi
    detectado em 100% das amostras de rio e de água de abastecimento público,
    comprovando sua presença constante no ambiente. As concentrações variaram de
    9,5 μg L -1 a 1.167,6 μg L -1 . Os demais três tipos de parabenos apresentaram
    concentrações 10 vezes inferior quando comparado com metilparabeno. A presença
    de parabenos em água de abastecimento público demonstra que o tratamento
    convencional não remove este contaminante da água. Verificou-se que não há
    influência da pluviosidade sobre a presença e concentração de parabenos no rio. Os
    resultados indicam que há influência antrópica sobre o rio Itajaí-Mirim, com possível
    descarte de efluentes urbanos em suas águas. A presença de parabenos em
    recursos hídricos pode promover efeitos negativos na saúde da população.
    Recomenda-se, portanto, o aperfeiçoamento das técnicas de tratamento das águas
    de abastecimento e dos efluentes, tornando-as mais eficazes na remoção de
    parabenos.

  • GISELY DE SA RIBAS
  • CARACTERIZAÇÃO DE LODO DE ESGOTO DRAGADO DE LAGOAS DE TRATAMENTO DE EFLUENTES EM JOINVILLE/SC E ALTERNATIVAS DE DISPOSIÇÃO FINAL.

  • Orientador : THIAGO PEREIRA ALVES
  • Data: 20/11/2020
  • Mostrar Resumo
  • A dragagem é uma técnica amplamente utilizada em diversas atividades que necessitam remobilizar sedimentos das mais diferentes origens. Os principais impactos ambientais da operação são com relação à disposição final dos sedimentos. Estes necessitam disposição final ambientalmente adequada para evitar que, sem tratamento, gerem contaminações. O estudo sobre a disposição dos sedimentos dragado de lagoas anaeróbias (lodo de esgoto) tem importância estratégica quanto ao reaproveitamento desta classe de resíduos sólidos. O lodo de esgoto constitui um grave problema ambiental atual devido à grande produção, fruto das atividades antrópicas, além de poder concentrar substâncias como metais pesados e organismos patogênicos, possui macro e micronutrientes com potencial de fertilização. A metodologia da pesquisa baseia-se na caracterização físico-química e microbiológica do lodo de esgoto desaguado em unidades “geobags” proveniente de quatro lagoas anaeróbias da estação de tratamento de esgoto. A caracterização do lodo de esgoto demonstrou que todas as variáveis se mostraram dentro dos parâmetros preconizados pela legislação vigente, classificando-o como Classe A. Isto demonstra a possibilitando de disposição e reaproveitamento deste material, de forma ambientalmente adequada. O biossólido apresentou grande potencial de uso como insumo agrícola, respeitando as características das culturas. Neste sentido, como benefício, haverá redução da emissão de gases promotores de efeito estufa no sentido de transporte, disposição e decomposição da matéria orgânica, com incremento de aumento na produtividade das plantas, potencializando o resgate de Carbono atmosférico.

     

    80 páginas.
  • CRISTIANE ROSA
  • Diagnóstico do lixo marinho em períodos de baixa e
    alta vazão do rio Itajaí-açu e ação de educação ambiental na
    praia de Navegantes/SC

  • Orientador : WALTER MARTIN WIDMER
  • Data: 10/08/2020
  • Mostrar Resumo
  • O lixo marinho é uma ameaça para os oceanos pois
    constitui uma grande fonte de poluição marinha, resultando em
    diversos impactos ambientais. Desta forma, é necessária a
    realização de estudos que identifiquem a composição,
    abundância e o comportamento desses detritos diante das
    variáveis meteorológicas, afim de contribuir para que ações de
    prevenção e mitigação sejam realizadas de forma mais efetiva.
    O presente estudo buscou diagnosticar o lixo marinho na faixa
    de areia da Praia de Navegantes/SC quanto a sua composição,
    abundância e quais suas possíveis fontes, assim como
    relacionar sua abundância com a descarga fluvial do Rio Itajaí-
    Açu, buscando ao final do estudo resultados que venham a
    contribuir para os órgãos ambientais locais definirem melhores
    ações de prevenção e mitigação do lixo marinho. A partir
    desses resultados, também foi elaborada uma coleção didático-

    científica de lixo marinho como ferramenta de educação
    ambiental. Foram encontradas grandes quantidades de
    macrolixo formado por itens plásticos, em quantidade
    significativamente maiores no regime de alta vazão. A origem
    mais provável dos itens observados foi dos usuários da praia,
    significativamente maior no regime de alta vazão. Uma
    quantidade expressiva de pellets plásticos (&gt;20/m2) foi
    encontrada na praia, sem distinção entre os regimes de vazão.
    A Coleção didático-científica de lixo marinho foi elaborada
    levando em conta esses resultados e entregue ao órgão gestor
    municipal em formato digital. No documento foram
    apresentadas fotos dos itens encontrados durante as coletas
    nos dois regimes de vazão, bem como material educativo sobre
    a problemática do lixo marinho

  • RAFAEL ALEXANDRE DE OLIVEIRA
  • Contribuições para a elaboração de um plano municipal de
    adaptação dos efeitos das mudanças climáticas – São Francisco do
    Sul/SC.

  • Orientador : WALTER MARTIN WIDMER
  • Data: 05/08/2020
  • Mostrar Resumo
  • O presente trabalho apresenta estratégias, ações de
    adaptação e gerenciamento de riscos às mudanças climáticas,
    aplicado à cidade litorânea e insular de São Francisco Sul,
    localizada no norte de Santa Catarina, especificamente quanto aos
    eventos relacionados à processos erosivos na linha de costa e
    elevação do nível do mar. Foram determinados 4 pontos
    representativos do município, abrangendo região dos balneários
    (Enseada, Ubatuba e Itaguaçu), Prainha, Porto de São Francisco do
    Sul e o Centro Histórico, considerando sua relevância humana,
    socioeconômica e ambiental. A metodologia aplicada consiste na
    realização de vistorias, afim de diagnosticar as condições da área
    em estudo e a aplicação da Análise Preliminar de Perigos,
    classificando eventos quanto à sua severidade e frequência. Os
    resultados indicam que a área em estudo apresenta riscos
    diferenciados, sendo a Prainha e os Balneários mais vulnerável à
    processos erosivos; e o Centro Histórico e Porto mais suscetíveis à
    elevação do nível do mar, sendo necessário gerenciamento de
    riscos e ações de adaptação. Tais riscos interferem no dinamismo
    ambiental e a infraestrutura local, impactando ne economia e na
    qualidade de vida da população. Após avaliação da exposição face

    aos eventos estudados, foram desenvolvidas estratégias e ações de
    minimização. Indicam-se soluções de adaptação baseada em
    ecossistemas, com práticas de gestão, conservação e restauração
    de ecossistemas essenciais, como restingas, possibilitando
    soluções com excelente custo-benefício. A pesquisa demonstra a
    viabilidade da metodologia utilizada, podendo ser aplicada
    posteriormente a outros pontos do território municipal, gerando
    contribuições para um plano municipal de adaptação às mudanças
    climáticas, que eventualmente poderá ser replicado à outras
    cidades litorâneas, contribuindo com a melhoria da qualidade de
    vida da população costeira

  • SERGIO ROBERTO SANCHES
  • SISTEMA DE TRANSMISSÃO DE DADOS METEOROLÓGICOS EM TEMPO REAL PARA CELULARES DE USUÁRIOS DE MARINAS

  • Orientador : CASSIO AURELIO SUSKI
  • Data: 24/04/2020
  • Mostrar Resumo
  • Os praticantes de esportes aquáticos ao ar livre necessitam informações sobre os

    elementos meteorológicos no local onde o praticam, porém, as informações

    disponíveis na maioria das vezes não levam em consideração as especificidades do

    entorno e não contemplam a situação real. O objetivo deste estudo foi desenvolver

    uma estação meteorológica com transmissão de dados em tempo real, para um

    aplicativo de comunicação (WhatsApp) para aparelhos de celular dos praticantes de

    esportes aquáticos. A metodologia dividiu-se em três etapas: elaboração de um

    protótipo de estação meteorológica com sensores de baixo custo; comparação dos

    elementos meteorológicos obtidos no protótipo e na estação IFSC Campus

    Florianópolis e transmissão dos elementos meteorológicos medidos pelo protótipo via

    rede 4G, em tempo real. Todo o processamento dos dados e gravação em mídia

    magnética foi realizado por um microcontrolador do tipo Arduino. Os testes de campo

    e ajustes na fase de desenvolvimento da estação meteorológica foram realizados no

    Campus Florianópolis do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de

    Santa Catarina (IFSC), por meio da comparação entre os dados da estação

    desenvolvida e de uma estação meteorológica portátil da marca Vaisala modelo

    WXT510 e uma segunda coleta de dados de direção do vento foi realizada no

    município de Bombinhas com o objetivo de analisar uma possível influência do entorno

    nas variações da direção do vento. Os registros dos elementos meteorológicos da

    estação desenvolvida e da estação portátil foram obtidos por meio de um datalogger

    em cada estação, a cada minuto, durante um período de 47 dias, com

    acompanhamento semanal. A análise dos dados foi realizada a partir de testes

    estatísticos com a comparação dos dados medidos nas duas estações, obtendo-se

    valores muito próximos e um alto índice de correlação entre os valores medidos. A

    transmissão dos dados se deu com o desenvolvimento de um módulo de comunicação

    acoplado a celular com tecnologia OTG, respondendo uma mensagem enviada pelo

    usuário com as informações sobre os elementos meteorológicos. Na comparação

    entre os elementos meteorológicos medidos obteve-se correlação de Spearman de

    0,972; 0,929; 0,989; 0,944 e 1, respectivamente para a velocidade do vento, direção

    do vento, temperatura do ar, umidade relativa do ar e pressão atmosférica, indicando

    que em todos os elementos meteorológicos medidos as séries temporais são

    fortemente correlacionadas. Na coleta realizada na cidade de Bombinhas obteve-se

    indícios que levam a inferir uma grande influência do entorno na medição da direção

    do vento. Os produtos alcançados com esse estudo foram: um protótipo de estação

    meteorológica com envio de dados para celulares de usuários de marinas; o registro

    de patente do protótipo no Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI) e a

    submissão de artigo para publicação em revista científica.

  • ALINE JULYE PEREIRA
  • DINÂMICA DO FITOPLÂNCTON E AVALIAÇÃO DE CIANOTOXINAS EM TANQUES DE PISCICULTURA E SUA ASSOCIAÇÃO AS VARIÁVEIS AMBIENTAIS

  • Orientador : MATHIAS ALBERTO SCHRAMM
  • Data: 30/03/2020
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  • Um dos maiores problemas encontrados em sistemas de piscicultura é a eutrofização, processo que leva a alteração da qualidade da água. Muitas vezes estes processos combinados com o aumento da temperatura, entre outras variáveis ambientais ocasionam o aumento das florações de cianobactérias tóxicas e a frequente morte de peixes. O presente estudo teve como objetivo avaliar a dinâmica do fitoplâncton com ênfase em cianobactérias e cianotoxinas presentes em tanques de piscicultura, relacionando aos parâmetros meteorológicos e físico-químicos da água. A metodologia foi estabelecida em um plano de amostragem sazonal qualitativa e quantitativa durante o verão e inverno de 2019, totalizando 56 amostras coletadas em quatorze tanques de cultivo de Oreochromis niloticus, em sete propriedades localizadas nas cidades de Blumenau, Gaspar e Massaranduba. As amostras para análise qualitativa foram coletadas na subsuperfície, através de arrasto horizontal com rede de plâncton, preservadas em formol a 4%. As amostras para análise quantitativa foram coletas com balde através de arrastos horizontais e preservadas com Lugol acético. Exemplares de tilápia foram coletados em cada tanque para posterior avaliação da bioacumulação de cianotoxinas. Os ensaios biológicos de identificação e contagem do fitoplâncton e de identificação e quantificação de cianotoxinas em amostras de água e tecidos de Oreochromis niloticus pelo método de Cromatografia Líquida e Espectrometria de Massas (LC-MS/MS)  foram realizadas no Laboratório de Pesquisa e Monitoramento de Algas Nocivas e Ficotoxinas de Itajaí (LANF). Os dados climáticos foram obtidos no Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia de Santa Catarina (CIRAM). Parâmetros físicos-químicos da água foram determinados no Freitag Laboratórios em Timbó. Os resultados das análises do fitoplâncton presentes nos tanques na estação de verão totalizaram em 57 espécies, distribuídas em oito classes taxonômicas e no inverno 59 espécies, distribuídas em nove classes taxonômicas, sendo Chlorophyceae e Bacillariophyceae as classes mais bem representadas em número de espécies no verão e inverno. Três espécies de cianobactérias foram identificadas, pertencentes as ordens Nostocales e Chroococalles. Não foi detectada presença das cianotoxinas Microcistina e suas variáveis (-LA, -LF, -LR, -LW, -LY, -RR, -WR, -YR, dm-LR), Nodularina-R, Anatoxina, h-Anatoxina e Cilidrospermopsina nas análises de Cromatografia Líquida e Espectrometria de Massas  nas amostras de água e tecidos de Oreochromis niloticus nos períodos de verão e inverno.

  • MARCOS CORREA BURIGO
  • ANÁLISE DA BALNEABILIDADE NA REGIÃO SUL DA ILHA DE FLORIANÓPOLIS: INFLUÊNCIA DAS VARIAÇÕES CLIMÁTICAS NA GERAÇÃO DE RISCOS

  • Orientador : MARCELO RENNO BRAGA
  • Data: 27/03/2020
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  • O litoral brasileiro está suscetível a ações antrópicas, devido a grande maioria da  população estar concentrada nesta área. No Brasil usualmente as cidades litorâneas possuem sistemas de esgotos ligados a interceptores oceânicos, os quais normalmente são coletores de dejetos. Esse material usualmente recebe apenas o tratamento primário (peneiramento dos sólidos), despejando no mar detritos que poluem as praias, com consequências danosas para a população usuária dessa área de lazer. O objetivo deste trabalho é estabelecer padrões de interferência das variáveis ambientais e sociais na classificação da balneabilidade do Sul da Ilha de Florianópolis, de forma a compreender como estes afetam a geração de riscos ambientais. Serão analisados 12 pontos amostrais distribuídos em nove praias durante o período de 10 anos de 2007 a 2017. Os dados de balneabilidade serão obtidos através da Fundação do Meio Ambiente (FATMA). Os dados climáticos serão obtidos através de estação meteorológica do Aeroporto Internacional Hercílio Luz. A urbanização será investigada através de dados bibliográficos. Este trabalho visa contribuir para compreensão de como os fenômenos climáticos e processos de urbanização influenciam as condições de Balneabilidade no Sul da Ilha de Santa Catarina.

  • CLEUSA MATIOLA
  • A AVALIAÇÃO DOS ELEMENTOS CLIMÁTICOS, SOCIOECONÔMICOS E SUA RELAÇÃO COM O Aedes aegypti NOS MUNICÍPIOS DE CHAPECÓ/SC E ITAJAÍ/SC

  • Data: 18/03/2020
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  • A dengue tem sido um dos principais problemas de saúde pública. O mosquito Aedes aegypti é o agente transmissor da dengue, febre do zika vírus e febre chikungunya. Em Santa Catarina, ocorrências dessas doenças foram registradas nos últimos anos, assim como o aumento dos focos de A. aegypti. As variações climáticas contribuem para o aumento dos focos, as condições socioeconômicas, também influenciam. O objetivo deste estudo foi avaliar a relação dos elementos climáticos e socioeconômicos com o A. aegypti nos municípios de Chapecó/SC e Itajaí/SC, no período de 2007 a 2017. Para isso, foi realizado: a) análise dos elementos climáticos e o A. aegypti, através de modelagem estatística do número de focos, obtidos da Diretoria de Vigilância Epidemiológica, com a distribuição da precipitação, médias de temperatura mínimas e máximas, fornecidos por Modern Era retrospective-Analysis For Research and Applications (MERRA2); b) distribuição espacial da infestação, a partir da geocodificação dos endereços aonde são encontrados os focos, integrando-os aos setores censitários; e c) análise dos elementos socioeconômicos através de correlações entre os endereços geocodificados dos focos, por setores censitários, com a base de informações do censo demográfico de 2010, obtidos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Os resultados obtidos mostram, que a faixa de temperatura favorável para o desenvolvimento do vetor, para o município de Chapecó está entre temperatura média mínima de 14 °C a 19 °C e temperatura média máxima de 25 °C a 29 °C. Para Itajaí, a faixa favorável está entre temperatura média mínima de 18 °C a 23 °C e temperatura média máxima de 25 °C a 28 °C. Com relação à precipitação, para os dois municípios, sugere-se que até 5 mm, no mês que antecede o registro do foco, influencia no desenvolvimento do vetor. As variações climáticas contribuem para o aumento dos focos, principalmente quando retroagidas. O mapa da distribuição espacial da infestação, além de ser uma excelente ferramenta para estudos que levam em consideração a localização geográfica dos focos, permite visualizar que as regiões com maiores concentrações de focos estão na faixa central do perímetro urbano. Para as análises socioeconômicas, as variáveis estudadas apresentaram resultados adversos, mostrando uma pequena correlação do A. aegypti com pessoas com idade acima de 60 anos. O produto deste estudo foi uma capacitação para técnicos e gestores da Diretoria de Vigilância Epidemiológica e apresentou a metodologia utilizada neste estudo, as dificuldades de trabalho com os endereços dos focos e os resultados obtidos, sendo ferramentas que auxiliam na discussão de estratégias de prevenção, controle e combate ao mosquito.

  • JUCELIO GONCALVES
  • GEOPROCESSAMENTO APLICADO AO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO NA DETERMINAÇÃO DO TEMPO DE CONCENTRAÇÃO DE SUB-BACIAS HIDROGRÁFICAS COSTEIRAS EM PALHOÇA, SC 

  • Orientador : MARIO FRANCISCO LEAL DE QUADRO
  • Data: 28/02/2020
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  • A zona costeira Brasileira concentra grande parte da área urbanizada do Brasil. Esta ocupação tem sido estudada ao longo do tempo devido a uma variedade de fatores que contribuem para ocorrência de eventos que podem trazer prejuízos a comunidade. Nesse sentido, este trabalho busca observar a evolução da taxa de ocupação urbana em uma área do município da Palhoça, compreendendo a sub-bacia da baía da Palhoça, que ao longo das últimas três décadas passou por uma grande expansão e avaliar sua interferência no tempo de concentração das águas superficiais sobre a mesma. Esta característica é um dos fatores que justificar a ocorrência de eventos como inundações e enchentes, além de provocar impactos ambientais. Para o desenvolvimento do trabalho serão coletados dados do regime pluviométrico da região, imagens de satélite em três diferentes datas do período de estudo e mapas temáticos de topografia, hidrografia e tipos de solo. De posse destas informações serão gerados mapas de ocupação do solo que permitirão o cálculo do tempo do tempo de concentração da bacia e a posterior analise do aumento da área urbanizada sobre os eventos citados anteriormente. Esta análise visa contribuir com o planejamento da ocupação urbana da região, permitindo principalmente aos agentes públicos ações de organização deste espaço e implantação de políticas para o bem-estar da comunidade.

  • ADRIAN JAN SCRENSKI
  • PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE UMA TRILHA SUBAQUÁTICA NA PRAIA DA SEPULTURA EM BOMBINHAS-SC

  • Orientador : MARCELO RENNO BRAGA
  • Data: 27/02/2020
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  • Bombinhas tem sua base de sustentação no turismo e é considerada a capital catarinense do mergulho ecológico. A prática do mergulho, assim como outras atividades turísticas sem planejamento e controle, pode trazer diversos impactos negativos ao meio ambiente. Recentemente criou-se no município a Taxa de Preservação Ambiental (TPA) como forma de arrecadação para o fomento de práticas de educação ambiental e conservação da biodiversidade. Com o objetivo de incentivar a prática do turismo sustentável e visando a mitigação de impactos ambientais no mergulho de superfície, o presente trabalho apresenta as etapas contendo o diagnóstico do perfil do usuário e a audiência pública de apresentação e discussão do projeto de implantação de uma trilha subaquática guiada na Praia da Sepultura no município de Bombinhas em Santa Catarina. O projeto visa o turismo costeiro qualificado por meio de práticas de educação ambiental com abordagem nas mudanças climáticas, voltado ao mergulho de superfície. O projeto e o resultado da audiência foram entregues ao poder público municipal, como forma de apresentar as ideias, demandas e sugestões recebidas para a trilha subaquática e para melhoria da gestão das praias e do turismo local.

  • MARCOS PAULO BERRIBILLI
  • CARACTERIZAÇÃO DA MORFODINÂMICA E MAPEAMENTO DAS CORRENTES DE RETORNO DAS PRAIAS DO ATALAIA E CABEÇUDAS, ITAJAÍ - SC

  • Orientador : THIAGO PEREIRA ALVES
  • Data: 13/02/2020
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  • Variações naturais do nível do mar, mudanças climáticas e ações antrópicas fazem do ambiente costeiro um local dinâmico. O entendimento dos processos costeiros que ocorrem nas praias em escala global apresenta-se cada vez mais necessário para analisar as mudanças que ocorrem na morfodinâmica associadas às variações climáticas. O presente trabalho teve como objetivo analisar a variação morfológica e sedimentologia durante as estações do ano no período de agosto de 2017 a agosto de 2018 e mapear as correntes de retorno durante a temporada de verão (2017/2018) com os respectivos acidentes por arrastamento, identificandor os locais com maiores riscos aos banhistas. 8 perfis transversais ao longo das duas praias (4 em Cabeçudas e 4 na Atalaia) foram monitoradas por levantamento topográficos com periocidade mensal, analisando o volume e largura de cada perfil e obtendo a variação sazonal em ambos. As larguras das praias das praias variam entre 32 a 115 m e o volume de 35,63m³/m a 179,62m³/m. A sedimentologia foi analisada demonstrou quea granulometria variou entre 0,22 a 0,39 mm na praia de Cabeçudas inserido na classe de areia fina a média e 0,14 a 0,20 mm na praia do Atalaia com classificação de areia fina. Com os parâmetros analisados constatou que a classificação morfodinâmica da praia de Cabeçudas foi reflectiva e da praia do Atalaia reflectiva. O mapeamento das correntes de retorno, utilizando um equipamento de DGPS identificou a incidência de 6 pontos na praia de Cabeçudas com um total de 15 ocorrências e 7 pontos de incidência com o total de 35 acidentes por arrastamento na praia do Atalaia. Conclui-se que a praia do Atalaia mais preservada e menos urbanizada se encontra mais estável com acréscimo de sedimento e, enquanto a praia de Cabeçudas com maior urbanização encontra-se mais instável e com variação entre acréscimo e perda de sedimentos. A praia do Atalaia apresenta um maior perigo aos banhistas com maiores locais de incidência de correntes e maior índice de acidentes por arrastamento.

2019
Descrição
  • RONNIE ALEXANDRE MOREIRA VAQUERO
  • MORTALIDADE DA POPULAÇÃO DO BERBIGÃO Anomalocardia brasiliana NA RESERVA EXTRATIVISTA MARINHA DO PIRAJUBAÉ: EFEITO DE EVENTOS CLIMÁTICOS? 

  • Orientador : EDUARDO CARGNIN FERREIRA
  • Data: 29/11/2019
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  • No início do ano de 2015, ocorreu um evento de mortalidade em massa do berbigão Anomalocardia brasiliana, na Reserva Extrativista Marinha do Pirajubaé (RESEX), situada em Florianópolis, SC. Este bivalve possui grande importância para a comunidade local, servindo como fonte de proteína animal, bem como importante fonte de renda para os catadores. Para investigar se a causa do evento teve relação com fatores climáticos e/ou ambientais, foram reunidos dados diários, a partir de diversos bancos de dados, de variáveis que poderiam influenciar na dinâmica populacional do berbigão, sendo estas a temperatura máxima do ar, precipitação, radiação solar global e maré baixa. Os dados obtidos possuem uma periodicidade diária, dentro de um intervalo de 4 meses (novembro dezembro, janeiro e fevereiro), sendo novembro, dezembro de 2014 e janeiro de 2015 os meses que antecederam a mortalidade massiva dos berbigões na RESEX. Os dados dos 4 meses estudados foram obtidos para os 6 anos antes do evento (com exceção de radiação solar global, que soma 4 anos antes do evento) e 2 anos depois. Os dados diários foram utilizados na construção de gráficos que apresentam as médias mensais das variáveis, para cada ano, bem como gráficos que apresentam os valores diários para cada mês e ano analisados. Posteriormente, os dados foram submetidos a análise de variância (ANOVA) e teste de Tukey. Os gráficos não apontam a ocorrência de nenhum evento extremo ou a presença de um valor significativamente diferente dos demais para o período avaliado (2011 a 2017). Corroborando essa análise, a ANOVA e o teste de Tukey apontaram que não houve interferência dos dados analisados na mortalidade dos berbigões, já que não apontaram diferenças significativas entre os meses da mortalidade em massa em relação aos demais. Desta forma, sugere-se que outros parâmetros, como a qualidade da água e fatores bióticos, sejam monitorados na RESEX do Pirajubaé, caso hajam novos eventos de mortalidade massiva dos berbigões. 

  • GLAUCO JOSE NUNES DE FREITAS
  • PROPOSTA DE INDICADORES CLIMÁTICOS PARA PREVISÃO DA SAFRA DE ARROZ IRRIGADO NO MUNICÍPIO DE URUGUAIANA/RS

  • Orientador : MARIO FRANCISCO LEAL DE QUADRO
  • Data: 25/09/2019
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  • Atualmente um dos grandes desafios do setor agrícola é de enfrentar as variações extremas do clima que já estão ocorrendo e irão afetar os recursos naturais, colocando em risco a segurança alimentar. Uma forma de enfrentar as mudanças climáticas globais se faz através da coleta e interpretação de uma grande variedade de dados. Neste sentido, o objetivo deste trabalho é de identificar os principais indicadores climáticos que causam impactos na produtividade do arroz irrigado no município de Uruguaiana, de forma que estas informações possam ser analisadas com meses de antecedência visando melhorar o desempenho da produtividade na lavoura de arroz no município em questão. Para isso, foram utilizados dados climatológicos no período 1984 a 2017 e os dados mensais de produtividade do arroz irrigado, do mesmo período do estudo, pertencentes do Instituto Rio Grandense do Arroz (IRGA). Para se obter uma relação mais clara entre o clima e o rendimento do arroz se torna necessário a retirada da tendência tecnológica. A fim de quantificar as causas e os efeitos das variáveis agroclimáticas com o rendimento foi aplicada a técnica estatística de regressão linear múltipla. Por esta regressão linear múltipla se constatou que uma das principais forças motrizes da variabilidade climática nos altos e baixos rendimentos do arroz irrigado é a temperatura do mar das regiões do Niño, no Oceano Pacifico Equatorial. No período vegetativo (Setembro a Dezembro) as variáveis que mais impactam o período do cultivo são, por ordem de magnitude de valor dos coeficientes de regressão, Niño3.4, Niño1+2, precipitação e nebulosidade. Entre o final do período vegetativo e o início do reprodutivo (Janeiro e Fevereiro) as variáveis mais impactantes são a nebulosidade e a radiação global. Essa correlação de dados agroclimáticos na previsão de rendimentos do arroz irrigado apresentou resultados satisfatórios com 81% de R2 (pred). Além disso, a análise estatística se mostrou eficiente para a identificação dos limiares de eventos extremos de curta e de longa duração nos baixos e altos rendimentos do arroz. Portanto, o projeto do “Equalizador Climático” permitiu, em uma única ferramenta, sistematizar as informações agroclimáticas em termos probabilísticos e fazer projeções futuras associadas à rentabilidade na atividade agrícola.

  • LAURA FATIMA CORREA
  • DIAGNÓSTICO DA PISCICULTURA COM ÊNFASE NO CLIMA E AMBIENTE MASSARANDUBA-SC 

  • Orientador : LAURA PIOLI KREMER
  • Data: 26/07/2019
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  • A água é um recurso natural limitado, um bem de domínio público com valor econômico, em que sua gestão deve proporcionar o uso múltiplo e a bacia hidrográfica é a unidade territorial de gerenciamento dos recursos hídricos, conforme os fundamentos da Política Nacional de Recursos Hídricos (Lei 9.433 de 1997). Considerando-se que as diferentes atividades presentes numa bacia hidrográfica levam a diferentes alterações no canal fluvial, o objetivo da proposta de trabalho de dissertação é avaliar o comportamento de alguns parâmetros de qualidade da água sob a visão de diferentes usos e ocupação do solo. No Brasil, a classificação dos corpos de água superficial em relação a sua qualidade é estabelecida pela resolução nº 357 do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA), servindo como suporte indispensável aos programas de gestão dos recursos hídricos (BRASIL, 2005). 

  • JULIANA LOCH
  • INFLUÊNCIA DA PRECIPITAÇÃO NA TURBIDEZ DAS ÁGUAS DOS RIOS CUBATÃO DO SUL E VARGEM DO BRAÇO/SC E A AVALIAÇÃO DO CONSUMO DE COAGULANTES NO TRATAMENTO DA ÁGUA

  • Orientador : DEBORA MONTEIRO BRENTANO
  • Data: 13/06/2019
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  • O acesso à água potável está cada dia mais comprometido pelo aumento do consumo e da poluição, colocando em cheque as políticas de abastecimento e a disponibilidade de forma igualitária. No litoral de Santa Catarina, a região da Grande Florianópolis - área objeto de estudo, registra uma tendência de aumento gradativo do consumo, seguindo o aumento populacional. Somente a cidade de Florianópolis teve um aumento populacional de aproximadamente de 15% nos últimos 10 anos, o que representa um aumento no consumo de cerca de 10 milhões de litros de água por dia.  Atualmente são potabilizadas uma média de 259 milhões de litros de água por dia na Estação de Tratamento de Água (ETA) José Pedro Horstmann. As águas dos rios Cubatão do Sul e Vargem do Braço são responsáveis pelo abastecimento de aproximadamente 700 mil pessoas, nos municípios de Florianópolis, São José, Palhoça, Biguaçu e Santo Amaro da Imperatriz. Este trabalho verificou a influência da variação da precipitação na turbidez na mistura das águas dos rios Cubatão do Sul e Vargem do Braço, com indicação de uso no planejamento e gerenciamento da ETA José Pedro Horstmann. Observou-se que a precipitação explica apenas 10% da variação da turbidez, o que indica que existem outras variáveis que tem influência neste parâmetro e consequentemente na qualidade da água bruta desses rios. Foi também corelacionada a turbidez com o consumo de coagulantes utilizados no tratamento da água e esta, do mesmo modo, não explica o consumo de coagulantes, indicando que existem outros fatores que influenciam na dosagem do produto. Interviu-se junto aos operadores da ETA para informar sobre a importância do correto procedimento de dosagem do Sulfato de Alumínio para a companhia de abastecimento e também para a saúde da população.

  • LUIZA DE OLIVEIRA SILVA
  • MUDANÇAS CLIMÁTICAS E SERVIÇOS ECOSSISTÊMICOS: CONTRIBUIÇÕES PARA A GESTÃO DO PARQUE NATURAL MUNICIPAL SERRA DE SÃO MIGUEL

  • Orientador : WALTER MARTIN WIDMER
  • Data: 17/05/2019
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  • O trabalho investiga a possibilidade de gestão do Parque Natural Municipal Serra de São Miguel, localizado em Biguaçu/SC, sob a ótica dos Serviços Ecossistêmicos e das Mudanças do Clima, objetivando gerar subsídios científicos e técnicos para a materialização destas abordagens no Plano de Manejo – com incentivo à Gestão de Base Ecossistêmica. Foi utilizada a Matriz de Ecossistemas e Serviços para o levantamento de informações ecossistêmicas sobre o Parque, sendo possível conhecer os principais sistemas ambientais, bens e serviços nele existentes, os benefícios e atores sociais beneficiados, bem como os possíveis impactos antrópicos ou associados às mudanças do clima que podem acometê-los. Com estas informações, foram pensadas respostas gerenciais a serem utilizadas na gestão da Unidade de Conservação, sobretudo em um contexto de clima em mudança. As principais orientações foram convertidas em um Documento Técnico, elaborado com base em um roteiro metodológico do ICMBio, a ser entregue ao órgão gestor do Parque, que desde o início esteve ciente do processo de pesquisa e aguarda pelo aporte de informações. Os resultados mostraram a existência de seis sistemas ambientais dentro do Parque, os quais fornecem serviços ecossistêmicos de suporte, provisão, regulação e cultural. Para protegê-los de impactos antrópicos ou climáticos são necessárias medidas de fiscalização ambiental, controle do uso direto ou indireto dos recursos naturais, realização de pesquisas e de programas de monitoramento de sistemas florestais e hídricos, além da interação com a região do entorno. Destaca-se o potencial da Unidade de Conservação para a realização de programas de educação ambiental e de turismo ecológico que proporcionem a compreensão de que os serviços ecossistêmicos sustentam a vida humana na Terra e que a mudança no sistema climático é inequívoca, impactando negativamente os sistemas naturais ou construídos. Dada a abrangência da temática e aos impactos das mudanças do clima sobre a Zona Costeira, recomenda-se que para além da gestão do Parque a administração pública busque estratégias de mitigação e de adaptação para uma cidade mais resiliente, implementando soluções baseadas na natureza. Desta forma, Biguaçu se alinha aos compromissos firmados pelo Brasil em nível internacional e, dialogando com a comunidade científica, contribui em nível local com a minimização de problemas socioambientais de escala global

  • GABRIEL SERRATO DE MENDONCA SILVA
  • Mapeamento multi plataforma de floração de algas. Diferentes técnicas de sensoriamento remoto aplicadas no monitoramento da qualidade da água em áreas costeiras.

  • Data: 01/04/2019
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  • O fenômeno das florações de algas nocivas (HABs) é conhecido mundialmente devido aos

    impactos diretos na saúde dos ecossistemas aquáticos, nos recursos pesqueiros e aquícolas, nas

    atividades recreacionais e na saúde humana. O monitoramento das HABs é uma atividade que

    atualmente é desenvolvida através da coleta/análise a partir de métodos laboratoriais, por meio de

    sensores in situ autônomos ou sensores satelitais. O presente estudo pretende avaliar o uso de

    diferentes plataformas de sensoriamento remoto aplicadas no monitoramento de florações de algas

    nocivas em regiões costeiras destinadas à maricultura. Para atingir este objetivo serão utilizados

    dados in situ obtidos a partir de coletas de água e análise laboratorial através do método de

    cromatografia líquida de alta performance (HPLC), e dados de sensoriamento remoto obtidos a

    partir de 4 fontes. Estimativas oriundas dos sensores orbitais Moderate-Resolution Imaging

    Spectroradiometer (MODIS) a bordo dos satélites (Aqua e Terra) e Visible Infrared Imaging

    Radiometer Suite (VIIRS) a bordo dos satélites (SNPP e JPSS1), estimativas geradas a partir das

    imagens multiespectrais de alta resolução espacial (< 3m) da empresa Planet e, estimativas geradas

    a partir de sensor multiespectral a bordo do drone VEROK-RTK. As estimativas de concentração de

    clorofila-a produzidas pelos sensores remotos serão validadas com os dados in situ visando avaliar

    os erros associados ao uso das diferentes técnicas. Pretende-se com este trabalho avaliar os erros

    associados a cada uma das metodologias de sensoriamento remoto com o intuito de mapear áreas

    aquícolas, permitindo a produção de laudos técnicos capazes de informar a ocorrência ou não de

    florações de algas tóxicas. Este trabalho pretende fornecer informações que possam auxiliar em

    políticas públicas associadas à redução dos riscos de contaminação do ecossistema, dos recursos

    marinhos e da sociedade ocasionados pelas HABs.

  • MICHELLE MARUSKA MADER
  • ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DO DIENITRO NAS EMISSÕES DE GASES E CONSUMO DE COMBUSTÍVEL EM ÔNIBUS DE TRANSPORTE COLETIVO DA GRANDE FLORIANÓPOLIS 


  • Orientador : CASSIO AURELIO SUSKI
  • Data: 22/03/2019
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  • Na sociedade urbana o transporte de pessoas e de mercadorias sempre esteve associado à geração de alguma forma de poluição, seja atmosférica, sonora ou visual. Mesmo na época do transporte com tração animal, os poucos centros urbanos que existiam, tinham problemas com os dejetos dos animais nas vias, que causavam mau cheiro e sujeira. A gestão do meio ambiente urbano representa um grande desafio: preservar os recursos ambientais e também assegurar condições de vida digna à população atual e para as futuras gerações. Na era do transporte motorizado e carbonizado, os veículos são a principal fonte de emissão de poluentes atmosféricos, principalmente, em grandes centros urbanos e importantes precursores do ozônio. A queima de combustíveis fósseis gera impactos ambientais de alcance global com o aumento do efeito estufa, regional com chuvas ácidas e locais com o aumento da concentração na atmosfera de poluentes de efeito tóxico. A quantificação relativa das fontes móveis de emissão dos principais poluentes é fundamental para a formulação das políticas públicas ambientais e de gestão de transporte e trânsito que busquem resultados mais efetivos no controle das emissões, focando nos maiores agentes poluidores. Um importante avanço na minimização das emissões veiculares foi à introdução no mercado brasileiro de combustíveis mais limpos. Essa dissertação de Mestrado Profissional em Clima e Ambiente tem como objetivo analisar a influência do Dienitro (aditivo de origem vegetal) nas emissões de gases e consumo de combustível em ônibus de transporte coletivo da grande Florianópolis. Realizou-se medições das emissões dos gases poluentes monóxido de carbono (CO), dióxido de carbono (CO2), óxido nítrico (NO), dióxido de nitrogênio (NO2) e óxido de nitrogênio (NOx) através de um analisador de gases, em parte da frota de ônibus de uma empresa que opera no transporte coletivo de Biguaçu. Em cada veículo realizaram-se 20 medições sem o aditivo e 20 medições com aditivo, possibilitando o cálculo da taxa média de emissão de gases da frota com e sem o aditivo. Como resultado houve uma redução nas emissões dos poluentes atmosféricos CO, NO, NO2 e NOx em todos os veículos aditivados. O CO2 se manteve em 67% dos veículos, em 16,5% apresentou uma pequena redução e em 16,5% apresentou pequeno aumento de 0,8%. A aditivação, com o Dienitro, de motores de ônibus à Diesel gerou um insignificante aumento de custo para a frota, porém, por outro lado, gerou uma redução significativa na emissão de gases poluentes, principalmente, monóxido de carbono (CO) e óxido de nitrogênio (NOx), se mostrando eficiente na redução das emissões de gases e redução de consumo de diesel em transportes coletivos urbanos. Como produto deste trabalho criou-se um selo de qualidade de combustível, exclusivo para ônibus que utilizam aditivos ecológicos. 

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