INFLUÊNCIA DO GELO MARINHO ANTÁRTICO NA TRAJETÓRIA DE CICLONES SOBRE O OCEANO ATLÂNTICO DO SUL
Ciclones extratropicais, rastreamento, interação oceano-atmosfera.
Os ciclones desempenham um papel importante na circulação geral da atmosfera,
possibilitando os transportes meridionais de calor, umidade e momento excedentes das baixas
latitudes para altas latitudes. A TSM exerce um papel importantíssimo no balanço de calor e energia
entre o oceano e a atmosfera, mesmo pequenas alterações nos valores de TSM podem ocasionar
grandes variações nos fluxos na interface oceano-atmosfera e esses, por sua vez, tem papel
preponderante na manutenção do clima do planeta. No oceano Atlântico Sul as áreas mais
favoráveis para a formação de ciclones são próximo à costa leste da América do Sul (30°S a 45°S) e
Península Antártica. Um dos fatores que favorecem a formação da ciclogênese na costa leste da
América do Sul é o contraste de temperatura entre o oceano Atlântico Sul com a camada de ar
superficial. Enquanto que a ciclogênese próxima à Península Antártica pode estar associada a
instabilidades baroclínicas pré-existentes em níveis mais altos da atmosfera. O objetivo deste
trabalho é investigar como a variação da cobertura de gelo marinho na Península Antártica afeta as
trocas de calor latente e sensível e quais efeitos podem acarretar no comportamento dos ciclones
extratropicais que atuam sobre a América do sul e oceanos adjacentes. Para tal, foi aplicado o
algoritmo TRACK para rastreamento dos ciclones e os fluxos entre o oceano e a atmosfera serão
calculados e modulados por meio do módulo oceano-atmosfera do sistema acoplado COAWST.