ANÁLISE DE ÍNDICES DE RISCO DE INCÊNDIO ASSOCIADOS ÀS CONDIÇÕES CLIMÁTICAS NO ESTADO DE SANTA CATARINA
Incêndio florestal; Índice de risco de incêndio; Fórmula de Monte Alegre; Fator de Risco de Ängstrom.
Os incêndios florestais têm causado enormes prejuízos ambientais e econômicos ao longo dos anos. Neste contexto, tem-se buscado encontrar relações do clima com o controle para a ocorrência dos incêndios. A atribuição de um índice de risco de incêndio baseado nas condições meteorológicas é uma maneira de trazer ferramentas para os órgãos responsáveis pela prevenção e combate aos incêndios florestais. Neste trabalho foi desenvolvida computacionalmente uma aplicação para o Estado de Santa Catarina de análise e produto tecnológico com base em 3 (três) índices de risco de incêndio: Fórmula de Monte Alegre (FMA), Fórmula de Monte Alegre Alterada (FMA+) e o Fator de Risco de Ängstrom (FRA). O período de estudo e validação foi 2010 a 2022, utilizando as variáveis: precipitação, umidade relativa do ar, velocidade do vento e temperatura do ar, com valores obtidos no Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), contemplando 23 estações meteorológicas. Esses dados foram comparados com os registros de incêndios obtidos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) para o mesmo período. Os resultados mostram diversos aspectos mesorregionais da de altas temperaturas e baixa umidade relativa contribuindo para os registros de incêndio, bem como o fato da precipitação significativa ocorrer de forma isolada em poucos dias durante o ano. Considerando que o propósito de empregar índices de risco de incêndio é para a prevenção e ação imediata quando ocorrem tais eventos, é relevante notar que tais eventos são raros, ocorrendo em aproximadamente 7% dos dias considerados. Diante disto, é apropriado focar na observação dos índices FMA e FMA+. No entanto, em situações em que os dados das estações meteorológicas não estiverem disponíveis, como a velocidade do vento, ainda é viável calcular o índice FMA. Na ausência de informações sobre a precipitação, é possível recorrer ao uso do Fator de Risco de Ängstrom. Os resultados demonstram coerentes variações interanuais da ocorrência de incêndios e suas relações com as condições atmosféricas que viabilizam a operacionalidade dos índices de detecção sobre o Estado de Santa Catarina.