AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DE MUDAS DE BUTIA CATARINENSIS TRANSPLANTADAS EM EXTREMOS SAZONAIS NO MUNICÍPIO DE IMBITUBA/SC.
Restinga; Recuperação Ambiental; Transplante; Variáveis Meteorológicas.
O Butia catarinensis é uma espécie endêmica do litoral sul do Brasil, desenvolve-se na restinga e possui grande importância socioambiental, tem sido usada pelas populações locais do litoral de Santa Catarina para uso e sustento familiar, no entanto, encontra-se ameaçada de extinção. O transplante é uma estratégia para conservar uma espécie vegetal. O aperfeiçoamento da técnica do transplante pode trazer resultados expressivos na recuperação da espécie, além de ajudar a reposição de áreas degradadas. Neste contexto, este estudo tem como objetivo avaliar a influência das variáveis meteorológicas na fase inicial do desenvolvimento de mudas de Butia catarinensis transplantadas no município de Imbituba/SC. Foram transplantadas 60 mudas de Butia catarinensis, sendo 30 no início do inverno e as demais no início do verão e mensurados mensalmente o crescimento em diâmetro e altura da estipe. Paralelamente foram mensuradas as variáveis meteorológicas de temperatura do ar, precipitação acumulada, umidade relativa do ar e radiação solar global. Numa avaliação mais ampla, observou-se que os diâmetros médios das plantas transplantadas no inverno apresentaram um melhor desenvolvimento, enquanto que na altura não houve esta diferença. A variável meteorológica que melhor correlacionou com o desenvolvimento das espécies foi à umidade relativa, ocorrendo uma associação inversa, indicando que os períodos de limitação de crescimento coincidem com os períodos com uma maior umidade relativa, consequentemente com a menor disponibilidade de luz. Estas análises mostraram que o melhor momento para efetuar o transplante das mudas de butiás é no inverno.