ANÁLISE DA PRESENÇA DE DUNAS EMBRIONÁRIAS NA RECUPERAÇÃO E PROTEÇÃO DA ORLA E DA LINHA DE COSTA EM PRAIAS EXPOSTAS SUJEITAS À EVENTOS METEOROLÓGICOS EXTREMOS
orla, erosão praial, VANT, gerenciamento costeiro.
A erosão praial compreende um processo natural da dinâmica de sedimentos na zona costeira afetando a orla de praias, principalmente as expostas. No sul do Brasil ondulações dos quadrantes sul e sudeste associadas com eventos meteorológicos extremos (ressacas), promovem significativos impactos na zona costeira. As ressacas movimentam um grande volume de sedimentos, resultando em erosão nas dunas frontais, principalmente em praias onde a vegetação não se encontra preservada. No Município de Navegantes (SC) a degradação da faixa de dunas em determinadas porções da praia tem provocado problemas ambientais e econômicos. A remoção do cordão de dunas na Praia do Gravatá obrigou o enrocamento de um trecho de aproximadamente 2,5 Km. A reconstrução de praias e dunas normalmente é realizada através de alimentação artificial (engordamento). Uma alternativa consiste na formação de dunas embrionárias através do uso de materiais de origem vegetal (troncos) que chegam até as praias. A disposição desses materiais em frente as dunas formam uma barreira física que retém parte dos sedimentos que chegam pela ação dos ventos, proporcionando condições para o estabelecimento da vegetação nativa, e fixação das dunas. Em 2009 um projeto experimental de recuperação de dunas embrionárias na porção sul da Praia de Navegantes demonstrou um incremento de 181,99% da faixa arenosa e 36,47% da faixa vegetada. Um grande volume de sedimentos foi fixado no local, sendo determinante para a manutenção da linha de costa e da orla. Propomos estudar a aplicabilidade dessa em comparação com uma área degradada de modo a demostrar sua eficácia e aplicabilidade na recuperação de áreas degradadas.